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Cabo Verde deve apostar nas renováveis para "libertar-se" da dependência energética

xicca

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O Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, defendeu hoje, no Alentejo, centro sul de Portugal, que o seu país deve "aproveitar" o "muito vento e sol" que tem e apostar nas energias renováveis para "libertar-se" da dependência energética do petróleo.

"Cabo Verde deve apostar na modernidade, no que há de bom, para poder libertar-se da dependência energética", disse Pedro Pires, frisando que, "na luta pela autonomia e pela segurança energéticas, vale a pena aproveitar todas as potencialidades do país em vez de depender do petróleo".

Apesar de defender a "ideia da diversificação", Pedro Pires salientou que Cabo Verde tem "muito sol e muito vento" e, por isso, "deve e vai apostar nas energias renováveis", sobretudo na eólica e na solar, mas também pode equacionar a energia das ondas do mar.

"Ainda não há projectos concretos, mas já há a intenção de desenvolver bastante as energias alternativas em Cabo Verde", disse Pedro Pires, admitindo que, "numa perspectiva de cinco a 10 anos, a energia solar terá um grande peso na produção energética" daquele país africano.

O Chefe de Estado cabo-verdiano falava aos jornalistas durante uma visita à maior central solar do mundo, em construção na Amareleja, no concelho alentejano de Moura (Beja).

Pedro Pires justificou a visita à Amareleja, que considerou uma "oportunidade de conhecer o Alentejo profundo", com a "curiosidade" de ver no terreno a maior central solar do mundo, que já tinha ouvido falar na imprensa, mas que "não tinha ideia de que era enorme".

Com uma capacidade instalada de 46,41 megawatts (MW), a Central Solar Fotovoltaica de Amareleja, num investimento de 237,6 milhões de euros, começou a produzir energia de forma parcial em meados de Março e deverá começar a funcionar em pleno até final deste ano.

A central, com 2.520 seguidores solares azimutais, equipados com 104 painéis solares cada um, será a maior do mundo, em potência total instalada e capacidade de produção, 6,41 MW mais do que o actual maior complexo do género, situado em Brandis, na Alemanha, com 24 MW já instalados de um total de 40 MW previstos.

A maior central solar do mundo e a Barragem de Alqueva, que viu de passagem durante a viagem até à Amareleja, são dois projectos "extraordinários", disse Pedro Pires, desejando que "sejam, de facto, alavancas do desenvolvimento e da modernização do Alentejo".

À chegada à Amareleja, o Chefe de Estado cabo-verdiano foi recebido pelas vozes do Grupo Coral da Sociedade Filarmónica da aldeia, que, durante a visita, cantou duas modas de Cante Alentejano.

"É uma música muito bonita e com muita força", disse Pedro Pires.



Lusa
23.07.08
 
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