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Ambiente: "Os Verdes" denunciam poluição em ribeira de Gaia
Porto, 23 de Julho (Lusa) - O Partido Ecologista "Os Verdes" exigiu hoje que a Câmara de Gaia requalifique a Ribeira de Francelos, em Gulpilhares, alegando que as suas águas surgiram nos últimos dias com manchas escuras de origem desconhecida
José Loureiro, activista local de "Os Verdes", disse à Lusa que ainda terça-feira viu a Ribeira de Francelos "cheia de uma espuma branca".
"Hoje apareceu com uma espuma de cor acastanhada. É impressionante", sustentou Celso Ferreira, dirigente nacional do mesmo partido, atribuindo o facto a "descargas ilegais".
Questionado pela Lusa, o vereador do Ambiente da Câmara de Gaia afirmou desconhecer o que aconteceu.
"É impossível termos uma monitorização permanente dessa e das outras ribeiras", disse também Mário Fontemanha.
O responsável admite, contudo, que o caso denunciado pelos "Os Verdes" seja mais um exemplo da "falta de civismo e de cultura de certos proprietários".
O partido ecologista denunciou hoje esta situação, bem como o "incumprimento do PDM de Vila Nova de Gaia em relação ao Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) de Caminha/Espinho".
José Loureiro é de opinião que a câmara nada mais fez pelas ribeiras locais desde que Poças Martins deixou de ser o vereador do Ambiente.
"Os trabalhos ficaram parados", sublinhou o dirigente, lembrando que foi com Poças Martins que a Ribeira do Espírito Santo foi requalificada, dispondo inclusive de um "centro de educação ambiental".
"Os Verdes defendem que as margens e as águas da Ribeira de Francelos, que desagua na praia local, sejam alvo de uma intervenção similar", disse.
Celso Ferreira sustenta também que a autarquia tinha uma proposta para intervir neste curso de água, que contudo "ficou efectivamente na gaveta, num sinal do que deveria ser feito e não foi".
Mário Fontemanha, porém, nega que a autarquia tenha abandonado o projecto de reabilitação das suas ribeiras. "Isso é uma falácia", sublinha.
"O projecto está a ser executado" e a Câmara candidatou-o ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), convicta de que ele pode ser co-financiado por fundos europeus.
O vereador revela que em Setembro deve avançar a reabilitação da Ribeira de Valverde, que atravessa as freguesias de Vilar do Paraíso e de Valadares, antes de se lançar no mar. A intervenção vai custar "um milhão de euros", sublinhou Mário Fontemanha.
Outro problema denunciado pelo partido prende-se com os bares de praia. Dizem "Os Verdes" que alguns deles têm dimensões "muito acima do normal" e foram construídos em "zonas dunares".
É o caso do que existe na praia de Francelos, segundo José Loureiro, assegurando que o POOC prevê para ali "três apoios de praia, mas mais pequenos do que aquele que lá existe".
Mário Fontemanha sustentou que "a Câmara de Gaia não tem rigorosamente nada a ver com aquilo, infelizmente".
O vereador esclarece quem manda ali é o Ministério do Ambiente, através da CCDRN (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte), a quem cabe atribuir as concessões mediante concurso público.
"Só por ignorância pura é que se pode dizer que a culpa é da câmara", insiste, remetendo para a CCDRN a responsabilidade tanto pela localização como pela dimensão das estruturas existentes sobre as praias.
Apesar disso, o responsável informa que "a autarquia gasta anualmente cerca de 700 mil euros para ter as suas praias limpas e os passadiços como deve ser".
AYM.
Lusa/fim
Porto, 23 de Julho (Lusa) - O Partido Ecologista "Os Verdes" exigiu hoje que a Câmara de Gaia requalifique a Ribeira de Francelos, em Gulpilhares, alegando que as suas águas surgiram nos últimos dias com manchas escuras de origem desconhecida
José Loureiro, activista local de "Os Verdes", disse à Lusa que ainda terça-feira viu a Ribeira de Francelos "cheia de uma espuma branca".
"Hoje apareceu com uma espuma de cor acastanhada. É impressionante", sustentou Celso Ferreira, dirigente nacional do mesmo partido, atribuindo o facto a "descargas ilegais".
Questionado pela Lusa, o vereador do Ambiente da Câmara de Gaia afirmou desconhecer o que aconteceu.
"É impossível termos uma monitorização permanente dessa e das outras ribeiras", disse também Mário Fontemanha.
O responsável admite, contudo, que o caso denunciado pelos "Os Verdes" seja mais um exemplo da "falta de civismo e de cultura de certos proprietários".
O partido ecologista denunciou hoje esta situação, bem como o "incumprimento do PDM de Vila Nova de Gaia em relação ao Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) de Caminha/Espinho".
José Loureiro é de opinião que a câmara nada mais fez pelas ribeiras locais desde que Poças Martins deixou de ser o vereador do Ambiente.
"Os trabalhos ficaram parados", sublinhou o dirigente, lembrando que foi com Poças Martins que a Ribeira do Espírito Santo foi requalificada, dispondo inclusive de um "centro de educação ambiental".
"Os Verdes defendem que as margens e as águas da Ribeira de Francelos, que desagua na praia local, sejam alvo de uma intervenção similar", disse.
Celso Ferreira sustenta também que a autarquia tinha uma proposta para intervir neste curso de água, que contudo "ficou efectivamente na gaveta, num sinal do que deveria ser feito e não foi".
Mário Fontemanha, porém, nega que a autarquia tenha abandonado o projecto de reabilitação das suas ribeiras. "Isso é uma falácia", sublinha.
"O projecto está a ser executado" e a Câmara candidatou-o ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), convicta de que ele pode ser co-financiado por fundos europeus.
O vereador revela que em Setembro deve avançar a reabilitação da Ribeira de Valverde, que atravessa as freguesias de Vilar do Paraíso e de Valadares, antes de se lançar no mar. A intervenção vai custar "um milhão de euros", sublinhou Mário Fontemanha.
Outro problema denunciado pelo partido prende-se com os bares de praia. Dizem "Os Verdes" que alguns deles têm dimensões "muito acima do normal" e foram construídos em "zonas dunares".
É o caso do que existe na praia de Francelos, segundo José Loureiro, assegurando que o POOC prevê para ali "três apoios de praia, mas mais pequenos do que aquele que lá existe".
Mário Fontemanha sustentou que "a Câmara de Gaia não tem rigorosamente nada a ver com aquilo, infelizmente".
O vereador esclarece quem manda ali é o Ministério do Ambiente, através da CCDRN (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte), a quem cabe atribuir as concessões mediante concurso público.
"Só por ignorância pura é que se pode dizer que a culpa é da câmara", insiste, remetendo para a CCDRN a responsabilidade tanto pela localização como pela dimensão das estruturas existentes sobre as praias.
Apesar disso, o responsável informa que "a autarquia gasta anualmente cerca de 700 mil euros para ter as suas praias limpas e os passadiços como deve ser".
AYM.
Lusa/fim