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Caminhos de Santiago

Satpa

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Caminhos de Santiago

Patrimônio Mundial da UNESCO

Rotas de Santiago de Compostela
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Mapa dos Caminhos de Santiago

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A Basílica de Santiago de Compostela é o ponto final dos Caminhos de Santiago

Os Caminhos de Santiago são os percursos percorridos pelos peregrinos que afluem a Santiago de Compostela desde o Século IX. Estes são chamados de Peregrinos, do latim "Per Agros", "aquele que atravessa os campos". Têm como seu símbolo uma concha, normalmente uma vieira designada localmente por "venera", costume que já vinha do tempo em que os povos ancestrais peregrinavam a Finisterra.

Os caminhos espalham-se por toda a Europa e vão todos desaguar aos caminhos franceses que posteriormente se ligam aos espanhóis, com excepção das várias vias do Caminho Português, que têm origem a sul, e do Caminho Inglês que vinha do norte.

O Caminho de Santiago entrou na história há doze séculos, quando foram encontrados os restos mortais do apóstolo, São Tiago, ou Santiago, na que hoje é a cidade de Santiago de Compostela.

Esta rota une diversas zonas da Europa a Compostela e foi seguida por milhões de pessoas das mais variadas procedências. O itinerário mais famoso é o Caminho Francês, que se dirige a Santiago atravessando o nordeste de Espanha, mas existem outros percursos não menos importantes vindos de Portugal, do sul de Espanha que atravessava a cidade portuguesa de Chaves, e do oeste e norte da Europa por via marítima.

O chamado Caminho Francês, que absorve a maioria dos caminhos vindos do continente europeu se juntam para entrar na Península Ibérica, entra na Espanha por Roncesvalles, no sopé dos Pirenéus, e de lá segue em cerca de 800 km até chegar a Santiago de Compostela.

O Caminho de Santiago atingiu o máximo esplendor nos séculos XI e XII, e depois após a contra-reforma no ínicio do século XVII por Portugal. Nas últimas décadas voltou a ganhar protagonismo, sendo convertido num itinerário espiritual e cultural de primeira ordem. Foi declarado Primeiro Itinerário Cultural Europeu (1987) e Património da Humanidade na Espanha (1993) e França (1998).

Caminhos existentes

Existem várias rotas, já delineadas desde a Idade Média:

Caminho Francês
Caminho Aragonês
Caminho da Via da Prata
Caminho Primitivo
Caminho do Norte
Caminho Português, com várias alternativas.
Caminho da Ria de Arousa
Caminho Inglês
Caminho de Finisterra
Apenas os Caminhos Inglês, Francês e Português chegam a Santiago de Compostela. Os outros vão-se juntando a estes três durante o percurso. O Caminho de Finisterra une Santiago de Compostela e o Cabo Finisterra.

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Marco para auxiliar os peregrinos

Bibliografia

Humberto Baquero Moreno, As Peregrinações a Santiago e as Relações Entre o Norte de Portugal e a Galiza, I Congresso dos Caminhos Portugueses a Santiago de Compostela, Edições Távola Redonda, 1992.
Humberto Baquero Moreno, Vias portuguesas de Peregrinação a Santiago de Compostela na Idade Média, Revista da Faculdade de Letras, Porto, 1986.
Lourenço José de Almada, a Caminho de Santiago, Roteiro do Peregrino, Lello Editores, Porto, jan. 2000.


Origem: Wikipédia
 

Satpa

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Santiago de Compostela

Santiago de Compostela


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Localização de Santiago de Compostela

Santiago de Compostela
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Localização

Santiago de Compostela

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Localização de Santiago de Compostela na Espanha
42° 52' 00" N 8° 33' 00" O42° 52' 00" N 8° 33' 00" O

Comun. Autónoma Galiza

Província Corunha

Dados

Fundação Siglo IX
Alcaide (2007) Socorro García Conde, (Pontenova-Lugo, 1968) Bloque Nacionalista Galego BNG
Área 223 km²
População 93 712 hab. (INE 2007)
Densidade 420,23 hab./km²
Altitude 260 metros
Gentílico Santiagués/a, Compostelano/a, Pichelero/a
Código postal 15700
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Município da Espanha

Santiago de Compostela é a capital da Galiza (Espanha), localiza-se na Corunha, de área 223 km² com população de 93712 habitantes (2007) e densidade populacional de 416,70 hab/km².

É uma cidade mundialmente famosa pela sua catedral de fachada barroca onde acorrem os peregrinos que perfazem os Caminhos de Santiago de maneira a depararem-se com o manto de Sant'Iago, um dos apóstolos de Cristo, cujo corpo se diz que foi trasladado para aquele lugar.

História

No território que atualmente ocupa a catedral existia um povoado romano, que se tende a identificar como a mansão romana de Aseconia, que existiu entre a segunda metade do século I e o século V. O povoado desapareceu mas permaneceu uma necrópole que esteve em uso, provavelmente, até o século VII.

O nascimento de Santiago, como se conhece agora, está ligada à descoberta (presumível) dos restos do Apóstolo Santiago entre 820 e 835, à elevação do nível religioso dos restos, à Universidade e, mais recente, à capitalidade da Galiza.

Segundo a tradição medieval, como aparece pela primeira vez na Concórdia de Antealtares (1077), o eremita Paio alertado por luzes noturnas, que se produziam no bosque de Libredão, avisou o bispo de Iria Flavia, Teodomiro, que descobriu os restos de Santiago Maior e de dois dos seus discípulos, no lugar que posteriormente se levantaria Compostela, topônimo que poderia vir de Campus Stellae, isto é "campo de estrelas", ou mais provavelmente de Composita Tella, "terras bem ajeitadas", eufemismo de cemitério; ou mesmo "[Ja]Com[e A]postol").

A descoberta propiciou que Afonso II das Astúrias, necessitado de coesão interna e apoio externo para o seu reino, fizera uma peregrinação que anunciou no interior do seu reino e no exterior, a um novo lugar de peregrinação da cristandade num momento em que a importância de Roma decaíra e Jerusalém não era acessível por estar em poder dos muçulmanos.

Pouco a pouco foi-se desenvolvendo a cidade, primeiro estabeleceu-se uma comunidade eclesiástica permanente a cargo dos restos atopados formada pelo bispo de Iria e os monges de San Paio de Antealtares, espontaneamente assentou-se uma população heterogênea, ainda que fundamentalmente estava formada por emigrantes procedentes das aldeias próximas, que foi aumentando à medida que se desenvolvia a peregrinação por razões religiosas por todo o ocidente peninsular, reforçado pelo privilégio concedido por Ordonho II no ano 915 pelo que se estabelecia que quem quer que permanecer quarenta dias sem ser reclamado como servo passava a ser considerado como um homem livre com direito a residir em Compostela.

A cidade foi destruída por Al-Mansur em 10 de Agosto do ano 997, que tão só respeitou a sepultura do apóstolo. Após a volta dos habitantes começou a reconstrução, o bispo Cresconio, a meados do século XI, dotou a cidade dum cinto de fossas e uma muralha como medida defensiva.

No ano 1075 deu-se início à construção da catedral românica refletindo, de imediato, no aumento da peregrinação à Compostela, definindo-a como um lugar de referência religiosa na Europa. Com esse aumento, sua importância, que se vê recompensada também politicamente, tornando-a, na época do Arcebispo Xelmírez, à categoria de metropolitana compostelana (1120).

Entre os séculos XII e XIII foi-se artilhando a rede de ruas dentro do recinto amuralhado. A chegada da Peste Negra à cidade seguido de uma forte recessão demográfica, a partir de 1380 recuperou a população e no século XV tinha entre 4.000 e 5.000 habitantes.

A fundação da Universidade no século XVI dá-lhe um novo impulso à atração de Santiago, em particular na Galiza, a qual continuará tendo ainda apesar da descida relativa da importância da cidade.

O estabelecimento da autonomia da Galiza fixado pela capital galega, obtendo como consequência um novo pulo no fim do século XX que contrastou amplamente a descida relativa da importância como cidade universitária ao criarem-se as universidades de Vigo e Corunha.


Demografia

Variação demográfica de Santiago de Compostela entre 1900 e 1981
1900 1930 1950 1981
24 120 38 270 55 553 82 404

Variação demográfica de Santiago de Compostela entre 1991 e 2004
1991 1996 2001 2004
87 807 93 672 90 188 92 298


Festas e celebrações

Festas da Ascenção
Festas do Apóstolo

Museus

Centro Galego de Arte Contemporânea, museu à base de exposições temporais de obras atuais.

Museu do Povo Galego, sobre a etnografia e história de Galiza, no convento de São Domingos de Bonaval.

Arquitectura religiosa

San Martiño Pinario, igreja e mosteiro.
Seminário Maior, em San Martiño Pinario
Convento de São Francisco do Val de Deus
Convento de San Paio de Antealtares
Santa Maria Salomé, igreja românica (s.XII) na Rua Nova.
Catedral de Santiago de Compostela, o emblema religioso de Galiza e o Caminho de Santiago, com múltiplos pontos de interesse, entre os que destacam no seu interior o Pórtico da Glória do Mestre Mateus e no exterior as fachadas de Pratarias e Obradoiro (conjunto barroco que completa a fachada principal diante do pórtico da Glória em frente ao Paço de Raxoi).

Arquitectura civil

Paço de Raxoi, neoclássico (século XVIII), sede do Concelho e da Presidência da Junta da Galiza, situado na praça do Obradoiro, frente a frente com a catedral.
Hospedaria dos Reis Católicos, antigo edifício que passou por diversas ocupações como hospital e centro de peregrinos e hoje é Parador Nacional.
Mercado.
Cidade da Cultura (Em construção)
Universidade. Edifício na atualidade ocupado pela Faculdade de História e Geografia.
Colégio de Fonseca. Atualidade sede da reitoria da Universidade de Santiago e da sua Biblioteca Geral, na bela e agradável Praça de Fonseca.
Parque da Ferradura.
Porta do Caminho, entrada da época medieval.
Rua do Franco. Típico lugar de passeio e toma de vinhos.
Rua do Vilar. Com múltiplos e chamativos suportais.
Praça da Quintana, dividida em Quintana de Vivos e Quintana de Mortos, limitada entre catedral, casa da Parra, Convento de São Paio de Antealtares e a casa da Conga.

Esculturas. Em Santiago há uma grande quantidade de esculturas no interior e no exterior de edificações ou em parques, de épocas passadas até a atualidade.

Arquitectura militar

Castelo da Rocha Forte



Origem: Wikipédia
 

orban89

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Novo recorde de peregrinos em Santiago de Compostela​


 

Prantona51

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Visita a não perder!...
O meu testemunho (que por acaso não sou muito crente) : um momento intenso de vivência e paz interior, que se prolonga, em memória, por muitos dias após a visita. Diversas excursões de dois dias garantem momentos inesquecíveis de felicidade.
Para além do mais, não esquecer as dilícias do marisco galego que é habitualmente servido nos restaurantes ou hotéis das redondezas.
 
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