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Quatro jovens romenos, com idades compreendidas entre os 17 e os 25 anos, foram detidos pela PSP, por terem sequestrado uma prostituta, com o objectivo de controlarem o negócio numa parte da cidade de Lisboa.
Embora se trate de indivíduos ainda muito jovens, as autoridades associam a prática dos suspeitos a comportamentos mafiosos, típicos de organizações que actuam em países de Leste. Todos eles estão já envolvidos em processos por furto.
O grupo começou a actuar há já algum tempo nas ruas que rodeiam o Instituto Superior Técnico, uma mais importantes zonas de prostituição de rua de Lisboa.
Os alvos eram mulheres também de origem romena que operam como prostitutas nas imediações do Técnico. "Elas aparecem por aqui mais à noite, aí a partir das 22 horas", apontou ao JN uma mulher portuguesa que também se prostitui na zona.
As romenas começaram a ser notadas já há algum tempo, assim como as movimentação de homens da mesma origem, no sentido de tentarem controlar o negócio, apontou a mesma testemunha. "Nós, na maioria, trabalhamos por conta própria, mas elas estão muito controladas. Nenhuma de nós, as portuguesas, cobra menos de 35 euros, mas elas chegam a cobrar só dez e 15 euros", acrescenta.
Na noite de dia 19, um Fiat Tipo, com quatro ocupantes começou a ser notado nas imediações do Técnico. O veículo ia parando junto das prostitutas romenas e os homens ameaçavam-nas verbalmente, ao mesmo tempo que ostentavam uma arma de fogo. "Queriam que elas lhes entregassem 25 por cento do que ganhassem, ou iriam ter sérios problemas", apontou uma fonte policial ao JN.
A PSP foi alertada e uma patrulha deslocou-se ao local, mas não encontrou qualquer sinal do carro suspeito. A verdade, no entanto, é que uma prostituta romena acabou por ser raptada, aparentemente pelos quatro indivíduos, como forma de pressionar as outras mulheres romenas.
A Esquadra de Investigação Criminal (EIC) da 5ª Divisão tomou conta do caso e, graças aos testemunhos das outras prostitutas, acabou por chegar à conclusão de que os suspeitos viviam em Famões. Quando foram identificados, tornou-se evidente o seu envolvimento noutros processos e que tinham dado uma morada na zona de Famões como residência.
Mas a referência revelou-se falsa e, na madrugada de quarta-feira, a PSP acabou por localizar os suspeitos em Casal de Cambra, depois de realizar várias investigações. Uma equipa da EIC deslocou-se à Rua de São Tomé e Príncipe e localizou na via pública dois dos quatro homens.
A jovem prostituta estava sequestrada numa casa e foi localizada quando os agentes espreitaram por uma persiana partida. A vítima que estava num quarto, amarrada na cama, e os outros dois raptores ameaçavam-na empunhando uma faca.
Os agentes entraram de rompante e acabaram por deter os dois homens e libertar a mulher. Na casa foi encontrada uma pistola falsa, que poderá ter sido a usada nas imediações do Técnico para intimidar as mulheres.
«JN»
Embora se trate de indivíduos ainda muito jovens, as autoridades associam a prática dos suspeitos a comportamentos mafiosos, típicos de organizações que actuam em países de Leste. Todos eles estão já envolvidos em processos por furto.
O grupo começou a actuar há já algum tempo nas ruas que rodeiam o Instituto Superior Técnico, uma mais importantes zonas de prostituição de rua de Lisboa.
Os alvos eram mulheres também de origem romena que operam como prostitutas nas imediações do Técnico. "Elas aparecem por aqui mais à noite, aí a partir das 22 horas", apontou ao JN uma mulher portuguesa que também se prostitui na zona.
As romenas começaram a ser notadas já há algum tempo, assim como as movimentação de homens da mesma origem, no sentido de tentarem controlar o negócio, apontou a mesma testemunha. "Nós, na maioria, trabalhamos por conta própria, mas elas estão muito controladas. Nenhuma de nós, as portuguesas, cobra menos de 35 euros, mas elas chegam a cobrar só dez e 15 euros", acrescenta.
Na noite de dia 19, um Fiat Tipo, com quatro ocupantes começou a ser notado nas imediações do Técnico. O veículo ia parando junto das prostitutas romenas e os homens ameaçavam-nas verbalmente, ao mesmo tempo que ostentavam uma arma de fogo. "Queriam que elas lhes entregassem 25 por cento do que ganhassem, ou iriam ter sérios problemas", apontou uma fonte policial ao JN.
A PSP foi alertada e uma patrulha deslocou-se ao local, mas não encontrou qualquer sinal do carro suspeito. A verdade, no entanto, é que uma prostituta romena acabou por ser raptada, aparentemente pelos quatro indivíduos, como forma de pressionar as outras mulheres romenas.
A Esquadra de Investigação Criminal (EIC) da 5ª Divisão tomou conta do caso e, graças aos testemunhos das outras prostitutas, acabou por chegar à conclusão de que os suspeitos viviam em Famões. Quando foram identificados, tornou-se evidente o seu envolvimento noutros processos e que tinham dado uma morada na zona de Famões como residência.
Mas a referência revelou-se falsa e, na madrugada de quarta-feira, a PSP acabou por localizar os suspeitos em Casal de Cambra, depois de realizar várias investigações. Uma equipa da EIC deslocou-se à Rua de São Tomé e Príncipe e localizou na via pública dois dos quatro homens.
A jovem prostituta estava sequestrada numa casa e foi localizada quando os agentes espreitaram por uma persiana partida. A vítima que estava num quarto, amarrada na cama, e os outros dois raptores ameaçavam-na empunhando uma faca.
Os agentes entraram de rompante e acabaram por deter os dois homens e libertar a mulher. Na casa foi encontrada uma pistola falsa, que poderá ter sido a usada nas imediações do Técnico para intimidar as mulheres.
«JN»