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Ecoturismo “fundamental” para a sustentabilidade das áreas protegidas

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ICNB considera ecoturismo “fundamental” para a sustentabilidade das áreas protegidas


O presidente do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), Tito Rosa, defendeu hoje no Algarve que o ecoturismo é “fundamental” para a sustentabilidade económica das áreas protegidas, envolvendo as comunidades locais e promotores.

“A vida e a economia” das áreas protegidas deve ser desenvolvida “não pelo Instituto, mas pelas pessoas que lá vivem e pelas empresas que ali podem actuar”, comentou Tito Rosa, no Seminário Internacional "O Ecoturismo na Conservação da Natureza", no âmbito da 3ª Feira Nacional de Parques Naturais e Ambiente, que decorre em Olhão até domingo.

O ICNB quer estabelecer parcerias com entidades que "promovam o investimento e a conservação das áreas protegidas, porque o investimento público não pode fazer tudo".

Para Tito Rosa, não é necessário um "grande investimento", do tipo "resort turístico", sublinhando que "o grande investimento é o somatório dos pequenos investimentos que se coadunam com estas áreas".

O Governo está a trabalhar "em força" na criação, ainda este ano, de "instrumentos legislativos" sobre turismo da Natureza que, explicou, irão permitir "estabilizar os conceitos" e definir "requisitos mínimos para que determinados investimentos ou empresas possam reivindicar que são ecoturismo".

Ecoturismo com perspectivas de crescimento superiores ao mercado convencional

O turismo de Natureza tem sido crescentemente procurado pelos visitantes, que são, sublinhou, "cada vez mais exigentes", e os próprios operadores têm hoje "uma perspectiva de diferenciação" com o ecoturismo.

Durante o encontro, foi assinada a "Declaração de Olhão sobre Turismo de Natureza", que reconhece que o ecoturismo, actualmente praticado a nível mundial por cinco por cento dos viajantes, apresenta perspectivas de crescimento superiores ao mercado turístico convencional (cerca de 20 por cento).

"O turismo de Natureza deve continuar a promover formas de turismo que estimulem a viagem responsável nas áreas protegidas, a protecção do Ambiente e da biodiversidade e a promoção do bem-estar das comunidades locais", refere a Declaração, subscrita pelo ICNB, pelo Instituto de Turismo de Portugal e pela Câmara de Olhão.

No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer para ultrapassar uma série de dificuldades, como a fragilidade das estruturas económicas dos projectos e no acesso ao mercado ou o uso "abusivo" do conceito.

"O turismo de Natureza no Algarve encontra-se ainda marcadamente subaproveitado, em especial nas áreas protegidas e nas zonas interiores, pelo que uma abordagem inovadora deve incluir a mobilização activa e socialmente justa das comunidades locais", aponta a Declaração.

Olhão defende áreas protegidas como factor de valorização

O documento aponta ainda algumas recomendações: reconhecer o "importante papel" que o ecoturismo pode ter no desenvolvimento sustentável do Algarve; maximizar as boas práticas de gestão do turismo de Natureza na região na conservação dos valores naturais e culturais; apoiar a viabilização económica e a boa gestão das empresas algarvias deste sector através de planos de marketing, educação e formação.

Exemplos de acções recomendadas são a simplificação da burocracia, o combate ao impacte do turismo nas alterações climáticas, a criação de mecanismos de certificação e linhas de financiamento, o apoio a programas de investigação e monitorização da costa algarvia, entre outros.

"É importante criar condições para que os turistas encontrem melhor qualidade e melhor Ambiente, usufruindo das condições naturais", sublinhou o presidente da Câmara de Olhão, Francisco Leal, para quem "as áreas protegidas têm necessariamente de ser um factor de valorização e não um entrave ao desenvolvimento económico".

Sobre a Declaração hoje assinada, o autarca defendeu a necessidade de "transformar as recomendações em acções concretas, conduzindo a mudanças positivas".




Lusa
 
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