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Corrupção: PS diz que "não recebe lições de combate à corrupção" de João Cravinho

brunocardoso

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Corrupção: PS diz que "não recebe lições de combate à corrupção" de João Cravinho

27 de Julho de 2008, 17:17

Lisboa, 27 Jul (Lusa) - O PS respondeu às críticas de João Cravinho, garantindo que "não recebe lições de combate à corrupção" do ex-deputado socialista que hoje disse que a grande corrupção "de Estado e política" está a aumentar em Portugal.

Numa declaração à Agência Lusa, o líder parlamentar do PS, Alberto Martins, assegurou que a sua bancada "não recebe lições de combate à corrupção do engenheiro João Cravinho" e promete continuar esse "combate sem tibiezas e sem desautorizar o esforço que está a ser feito".

Em entrevista à Rádio Renascença, RTP2 e Público, João Cravinho, que esteve na origem do pacote de medidas anti-corrupção apresentado na Assembleia da República, rejeitado pelo PS, disse que a grande corrupção "de Estado e política" tem vindo a aumentar, "independentemente dos partidos".

Para o antigo deputado, "há 'factos anómalos' na lei contra a corrupção".

Na resposta, Alberto Martins advertiu ainda o combate à corrupção "pratica-se e não vive de proclamações".

"Quem faz deste combate, repressivo e preventivo, uma bandeira, não o deixa a meio", frisou Alberto Martins.

João Cravinho deixou o Parlamento no ano passado, para desempenhar um cargo na direcção do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) e viu as suas propostas serem rejeitas pela bancada do PS.

O líder parlamentar dos socialistas prometeu que o PS continuará o combate contra a corrupção "sem tibiezas e sem desautorizar o esforço que está a ser feito para a sua consolidação e melhoria".

O Conselho para a Prevenção da Corrupção (CPC), aprovado pelo PS no Parlamento, é, para o ex-ministro de António Guterres, "uma entidade de forte pendor governamental" em que alguns membros "vão ser juízes em causa própria".

Segundo a proposta do PS, o CPC será composto por três inspectores-gerais, das Finanças, Obras Públicas e Administração Local, os dois mais altos responsáveis do Tribunal de Contas (presidente e director-geral), um magistrado do Ministério Público, um advogado e uma personalidade de reconhecido mérito escolhida pelos anteriores.

Esta composição - diz Cravinho - põe em causa a independência do Tribunal de Contas já que "o seu presidente preside a uma comissão de pendor governamental".

Por outro, afirma também, a própria composição impede o CPC de realizar o seu trabalho já que alguns dos seus membros (inspectores-gerais das Finanças, Obras Públicas e Administração Local) são responsáveis por inspecções que também deveriam ser alvo de fiscalização por parte do Conselho para a Prevenção da Corrupção.

NS.

Fonte:Lusa/fim
 
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