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Combatentes querem trazer mortos de África

Satpa

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Combatentes querem trazer mortos de África

Movimento Cívico iniciou recolha de assinaturas pedindo a trasladação dos 3026 militares do Ultramar


O Movimento Cívico de Antigos Combatentes está a promover um abaixo-assinado, por todo o país, pedindo a trasladação dos mortos da guerra do Ultramar. Só dessa forma, consideram, se fechará o ciclo da descolonização.

A recolha de assinaturas teve início no passado dia 10 de Junho e é, no entender de José Nascimento Rodrigues, do Movimento Cívico de Combatentes, "uma nova luta sem armas". Para além do apoio de mais de duas dezenas de associações de antigos combatentes que, no terreno, estão a recolher as assinaturas, o Movimento Cívico - criado em 2006 - espera contar, em breve, com a participação da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) que, conta o responsável, "se mostrou sensível ao problema".

As pretensões do Movimento Cívico foram dadas a conhecer, ontem, no decorrer do quinto encontro de pára-quedistas em Fátima, iniciativa que contou com a participação de cerca de dois milhares de pessoas, entre actuais e antigos 'boinas verdes' e respectivos familiares.

José Nascimento Rodrigues explicou que "o sonho" de devolver às famílias os corpos dos "3.026 militares que pereceram em combate" e que estão "abandonados em cemitérios e campas em estado degradado" ganhou uma nova dimensão com a recente trasladação dos três últimos pára-quedistas, falecidos em 1973, na Guiné.

"As dificuldades terão que ser ultrapassadas porque sentimos que, no país, toda a gente está sensível para que este problema seja resolvido", afirmou, frisando que a vontade terá, agora, que partir do Governo português e dos governos dos países africanos de expressão portuguesa - Angola, Guiné e Moçambique. "Tem que haver muitas negociações e uma dose de boa-vontade para se conseguirem as autorizações necessárias para trazer esses corpos para cá", considerou.

Mas está optimista em relação aos resultados. "No espaço de quatro ou cinco anos, isso será possível", defende, acrescentando que o desejo do Movimento Cívico que representa é de que, "a 10 de Junho de 2012, essa situação possa estar resolvida".

As assinaturas, que poderão ascender a mais de 100 mil, serão entregues na Assembleia da República ainda este ano ou no início de 2009, explicou.

O encontro de pára-quedistas em Fátima contou, este ano, com a organização de Joaquim Fialho e Luís Andrade. Para além do convívio, actuais e antigos 'boinas verdes' partilharam uma preocupação: a extinção que parece pairar sobre a carreira dos pára-quedistas que chegaram a ser considerados "das melhores tropas de elite do mundo".

Joaquim Fialho explicou que uma das preocupações é que venha a encerrar o quartel exclusivo de pára-quedistas, em Tancos, onde foram formados mais de 50 mil. Mas há outros lamentos. "Até o risco de voo, dado pela OTAN - que permitia que o pára-quedista ganhasse mais - foi retirado", lembrou, considerando que isso vai afastar os jovens da carreira.

Abel Rodrigues, presidente da Associação de Pára-quedistas 'Terras de Santa Maria', de S. João da Madeira, explicou que as mudanças que, nas últimas três décadas, têm acompanhado a tropa de pára-quedistas deixaram-na numa "situação confusa". A principal mudança que contesta foi a passagem desses militares, da Força Aérea para o Exército. "É com apreensão que acompanho estas alterações que colocam em causa o espírito pára-quedista, sobretudo a boina verde que nos dignificou", afirma, sublinhando que os actuais e ex-pára-quedistas se sentem "pouco apoiados".


HELENA SILVA
JN
 

sagal

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Eu e a minha senhora, já assinamos a petição que será apresentada na Assembleia da República.
Já vieram três, terão de vir todos aqueles que por lá ficaram.
 
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