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A Reencarnação!

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Reencarnação



Reencarnação é uma idéia central de diversos sistemas filosóficos e religiosos, segundo a qual uma porção do Ser é capaz de subsistir à morte do corpo. Chamada consciência, espírito ou alma, essa porção seria capaz de ligar-se sucessivamente a diversos corpos para a consecução de um fim específico, como o auto-aperfeiçoamento ou a anulação do carma.


Características

A reencarnação é um dos pontos fundamentais do Espiritismo, codificado por Allan Kardec, do Hinduísmo, do Jainismo, da Teosofia, do Rosacrucianismo, da filosofia socrato-platônica e de vertentes místicas do Cristianismo como, por exemplo, o Cristianismo esotérico. É uma crença popular entre muitos cristãos de outras linhas, embora a maioria das denominações cristãs não a admita.

Há referência a conceitos que lembram a reencarnação na maior parte das religiões, incluindo religiões do Egito Antigo, religiões indígenas, entre outras. A crença na reencarnação também é parte da cultura popular ocidental, e sua representação é frequente em filmes de Hollywood. É comum no Ocidente a idéia de que o Budismo também pregue a reencarnação, supostamente porque o Budismo tenha se originado como uma seita do Hinduísmo. No entanto essa noção tem sido contestada por fontes budistas; para mais detalhes veja renascimento.

Origens

A crença na reencarnação tem suas origens nos primórdios da humanidade, nas culturas primitivas. De acordo com alguns estudiosos, a idéia se desenvolveu de duas crenças comuns que afirmam que:

* Os seres humanos têm alma, que pode ser separada de seu corpo, temporariamente no sono, e permanentemente na morte;
* As almas podem ser transferidas de um organismo para outro.

Alternativamente, alguns consideram a reencarnação como um fenômeno (e não simplesmente uma crença) que vem ocorrendo ao longo da história, e que tem sido descoberto e redescoberto tanto por sociedades primitivas quanto avançadas. Destaca-se o trabalho do Dr. Ian Stevenson, da Universidade de Virgínia, Estados Unidos, que recolheu dados sobre mais de 2.000 casos em todo o mundo que evidenciariam a reencarnação. No Sri Lanka, os resultados foram bem expressivos.

Segundo os dados levantados pelo Dr. Stevenson, os relatos de vidas passadas surgem geralmente aos dois anos de idade, desaparecendo com o desenvolvimento do cérebro. Uma constante aparece na proximidade familiar, embora haja casos sem nenhum relacionamento étnico ou cultural. Mortes na infância, de forma violenta, aparentam ser mais relatadas. A repressão para proteger a criança ou a ignorância do assunto faz com que sinais que indiquem um caso suspeito normalmente sejam esquecidos ou escondidos.

Influências comportamentais (fragmentos de algum idioma, fobias, depressões etc) podem surgir, porém a associação peremptória desses fenômenos com encarnacões passadas continua a carecer de fundamentação científica consistente.

Dentre os trabalhos desenvolvidos por Dr. Stevenson sobre a reencarnação, destaca-se a obra Vinte casos sugestivos de reencarnação.

Reencarnação vs Metempsicose

A transmigração das almas ou metempsicose é uma teoria diferente da reencarnação, seguida por alguns adeptos de ensinamentos místicos orientais, que propõe que o homem pode reencarnar de modo não-progressivo em animais, plantas ou minerais. Esta teoria não é aceita pelos adeptos da reencarnação, em ensinamentos religiosos ou esotéricos, e é considerada incompatível com o conceito de evolução por vidas sucessivas. Por outro lado, a metempsicose é vista como tendo sido originada numa interpretação errônea do conceito associado ao termo "Sthanu", apresentado no Kathopanishad (Capítulo 5, Verso 9).

Reencarnação e Cristianismo

Diversos estudiosos espíritas e espiritualistas defendem que, durante os seis primeiros séculos de nossa era, a reencarnação era um conceito admitido por muitos cristãos. De acordo com eles, numerosos Padres da Igreja ensinaram essa doutrina e apenas após o Segundo Concílio de Constantinopla, em 553 d.C., é que a reencarnação foi proscrita na prática da igreja, apesar de tal decisão não ter constado dos anais do Concílio. Afirmam ainda que Orígenes (185-253 d.C.), que influenciou bastante a teologia cristã, defendeu a idéia da reencarnação,[1] além dos escritos de Gregório de Nisa (um Bispo da igreja Cristã no séc. IV) entre outros, e passagens do Novo Testamento, como Mateus 16:13-14 e 19:28 ("regeneração", grego 'pale-genesia' literalmente, renascimento) entre outras, são vistas por adeptos da reencarnação como evidência de que ela era doutrina aceita no Cristianismo primitivo.

Os teólogos católicos e evangélicos modernos e contemporâneos se opõem a esta teoria, argumentando que não há citações de outros Padres da Igreja e que as próprias afirmações de Orígenes e de Gregório de Nisa, que são aduzidas pelos estudiosos espíritas e de outras crenças espiritualistas para sustentar tal teoria, não são por aqueles citadas senão para as refutarem. Na verdade, nenhum historiador da igreja católica - fosse ele crente ou não -, nem mesmo Allan Kardec postularam isso. Por seu lado, da análise da actas conciliares do Concílio de Constantinopla pode-se constatar que os teólogos nele reúnidos nem sequer citaram a doutrina da reencarnação - fosse para a afirmar ou para a rejeitar. Contra a reencarnação ainda cita-se Hebreus 9:27, o episódio dos dois ladrões na cruz, em Lucas 23:39-44 e parábola do rico e Lázaro, em Lucas 16:19-31.

Um grande número de grupos Cristãos Católicos e Evangélicos denuncia qualquer crença na reencarnação como herética, depreendendo essa conclusão da própria Bíblia e dos Padres da Igreja defensores da Ortodoxia. O Cristianismo Esotérico, no entanto, admite e endossa abertamente a reencarnação - que é, inclusive, um dos pilares de sua doutrina.

Reencarnação e Ciência

A crença na sobrevivência da consciência após a morte é comum e tem-se mantido por toda a história da humanidade. Quase todas as civilizações na história tem tido um sistema de crença relativo à vida após a morte. Este ponto de vista pressupõe que a consciência é mais do que uma simples função do cérebro. No entanto, apesar de pesquisas científicas conduzidas por décadas, não há evidências científicas conclusivas sobre a questão.



Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
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