Comunicação marcada para as 20h poderá referir-se à situação geral do país.
A decisão é inédita no mandato de Cavaco Silva: o Presidente da República vai hoje falar ao país, pelas 20h, através de uma comunicação oficial feita a partir de Belém a ser transmitida pelas televisões.
O motivo da comunicação não foi ontem assumido, mas um assessor do Presidente garantiu ao PÚBLICO que só uma razão verdadeiramente importante levaria o Presidente a interromper as suas férias e, sobretudo, a usar a televisão para falar ao país.
A última comunicação televisionada foi o discurso de Ano Novo, em que criticou os excessivos ordenados dos gestores e manifestou preocupações com a situação económica do país.
De acordo com as conversas tidas pelo PÚBLICO, a comunicação de hoje poderá referir-se à situação geral do país, mas deverá ter um motivo concreto de importância nacional. Cavaco seguirá depois para o Campo Pequeno, onde intervirá cerca das 21h10 na gala Star Tracking - A Odisseia do Talento, destinada a reunir centenas de talentos portugueses de todas as gerações e áreas.
Um dos assuntos que poderá estar na origem desta comunicação é o recente veto do Tribunal Constitucional (TC) ao Estatuto dos Açores. Apesar de o veto não dizer directamente respeito ao Presidente e caber agora à Assembleia da República rever o diploma, o que é facto é que este ano há eleições regionais e Cavaco Silva já as marcou para 19 de Outubro. Há quem possa ver no veto do TC como um elemento perturbador na campanha eleitoral, pelo que o Presidente pode querer esvaziar um eventual clima de crise.
Mas a origem da comunicação de hoje pode também estar relacionada com a intenção de Cavaco Silva em vetar alguma das leis que esperam promulgação em Belém. Neste domínio, as alterações à lei do divórcio têm merecido a contestação de algumas organizações da sociedade civil ligadas à defesa da família, existindo mesmo uma petição online que apela ao Presidente para que vete a lei. Outro diploma importante que aguarda promulgação em Belém é o novo regime laboral da função pública, este directamente ligado à reforma da administração do Estado.
Público
A decisão é inédita no mandato de Cavaco Silva: o Presidente da República vai hoje falar ao país, pelas 20h, através de uma comunicação oficial feita a partir de Belém a ser transmitida pelas televisões.
O motivo da comunicação não foi ontem assumido, mas um assessor do Presidente garantiu ao PÚBLICO que só uma razão verdadeiramente importante levaria o Presidente a interromper as suas férias e, sobretudo, a usar a televisão para falar ao país.
A última comunicação televisionada foi o discurso de Ano Novo, em que criticou os excessivos ordenados dos gestores e manifestou preocupações com a situação económica do país.
De acordo com as conversas tidas pelo PÚBLICO, a comunicação de hoje poderá referir-se à situação geral do país, mas deverá ter um motivo concreto de importância nacional. Cavaco seguirá depois para o Campo Pequeno, onde intervirá cerca das 21h10 na gala Star Tracking - A Odisseia do Talento, destinada a reunir centenas de talentos portugueses de todas as gerações e áreas.
Um dos assuntos que poderá estar na origem desta comunicação é o recente veto do Tribunal Constitucional (TC) ao Estatuto dos Açores. Apesar de o veto não dizer directamente respeito ao Presidente e caber agora à Assembleia da República rever o diploma, o que é facto é que este ano há eleições regionais e Cavaco Silva já as marcou para 19 de Outubro. Há quem possa ver no veto do TC como um elemento perturbador na campanha eleitoral, pelo que o Presidente pode querer esvaziar um eventual clima de crise.
Mas a origem da comunicação de hoje pode também estar relacionada com a intenção de Cavaco Silva em vetar alguma das leis que esperam promulgação em Belém. Neste domínio, as alterações à lei do divórcio têm merecido a contestação de algumas organizações da sociedade civil ligadas à defesa da família, existindo mesmo uma petição online que apela ao Presidente para que vete a lei. Outro diploma importante que aguarda promulgação em Belém é o novo regime laboral da função pública, este directamente ligado à reforma da administração do Estado.
Público