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Maior produtor nacional de biodiesel acusa Galp de boicotar metas do Governo

xicca

GF Ouro
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O presidente da Iberol, o maior produtor nacional de biodiesel, acusou hoje a Galp de estar a boicotar a introdução destes biocombustíveis em Portugal e as metas do Governo, noticia a rádio TSF.

Em declarações à rádio, João Rodrigues acusou que os projectos de fábricas de biocombustíveis anunciados pela Galp apenas servem para desviar as atenções.

A meta do Governo é que em 2010 o gasóleo e a gasolina tenham uma mistura de dez por cento de biocombustíveis. Para atingir esta meta, o ministro da Agricultura admite que é necessário recorrer à importação de cereais e oleaginosas.

Mas esta meta nunca será atingida, prevê João Rodrigues, porque a Galp não quer. ”Quem manda neste país é a Galp”, disse João Rodrigues à TSF. ”Eles [Galp] compram-me o biodiesel ao preço que comprariam gasóleo, mas é uma chatice porque têm que ter depósitos e têm que fazer misturas”.

A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, considera que o Governo deve repensar a meta dos dez por cento e defende uma moratória para a introdução dos biocombustíveis em Portugal.

A TSF pediu esclarecimentos à Galp e ao Ministério da Economia mas não obteve resposta.



Público
31.07.08
 

xicca

GF Ouro
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Galp repudia declarações do presidente da Iberol



A Galp Energia repudiou as declarações de João Rodrigues, presidente da Iberol, que acusou hoje a Galp de estar a boicotar a introdução de biocombustíveis em Portugal. Segundo João Rodrigues, as metas decretadas pelo Governo nunca se vão concretizar, porque não há interesse da petrolífera nacional.


«Quem manda neste país é a Galp», disse o presidente da Iberol à TSF, acrescentando que «eles [Galp] compram-me o biodiesel ao preço que comprariam gasóleo, mas é uma chatice porque têm que ter depósitos e têm que fazer misturas. A Galp de maneira nenhuma quer utilizar isto». João Rodrigues afirmou ainda que os projectos de fábricas de biocombustíveis anunciados pela petrolífera servem apenas para desviar as atenções.


A Galp considera as declarações ofensivas, «por faltarem aos mais elementares princípios da verdade e do rigor que devem pautar o comportamento de qualquer cidadão». A petrolífera afirma, em comunicado, que «sempre cumpriu, cumpre e cumprirá as suas obrigações, continuando a promover a introdução de biodiesel no mercado nacional, de acordo com a legislação aprovada e com regras de mercado transparentes, eficientes e competitivas e incorporando biocombustíveis em todo o gasóleo que comercializa».


A petrolífera afirma ainda que não concorreu ao actual sistema de subsídios, nem solicitou qualquer subsídio para a execução da sua estratégia, pelo que «as afirmações de João Rodrigues, em que acusa a Galp Energia de ter influenciado o concurso, não fazem qualquer sentido, uma vez que o resultado do mesmo é completamente alheio à GalpEnergia, pois esta limita-se a cumprir os contratos que as partes estabeleceram livremente».


Meta nacional ameaçada


Nos primeiros quatro meses do ano, a Galp Energia não adquiriu quaisquer quantidades à Iberol, uma vez que esta empresa não forneceu o produto, devido ao atraso na atribuição da isenção.


Desde Maio, a Iberol retomou o fornecimento, pelo que a Galp Energia continua a adquirir o produto, mediante entregas regulares, de modo a cumprir o limite máximo de 5 por cento de incorporação no gasóleo comercializado, de acordo com a Norma Europeia EN 590 em vigor.


De qualquer modo, o presidente da Iberol acusa a Galp de estar a boicotar a introdução de biocombustíveis em Portugal. Para João Rodrigues, as metas decretadas pelo Governo nunca se vão concretizar, porque não há interesse da petrolífera nacional.


O Governo estipulou que, em 2010, o gasóleo e a gasolina deveriam conter uma mistura de dez por cento de biocombustíveis e anunciou até incentivos para os produtores nacionais. Mas João Rodrigues garante que isso nunca vai acontecer «porque a Galp não quer».



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