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Férias solidárias na Guiné-Bissau

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A «vontade de ajudar» conduziu três “futuros médicos” a Bafatá, Guiné-Bissau, para um “Ve
A localidade de Bafatá, na Guiné-Bissau, é o destino que acolhe, a partir de hoje, uma equipa de três jovens estudantes. Joana Figueiredo, Inês Chora e Ivo Dias concluíram recentemente o 5º Ano de Medicina na Universidade de Coimbra e preparam-se agora para enfrentar uma nova aventura neste país do continente africano.
Os futuros “doutores” vão passar o mês de Agosto a realizar estudos sobre a nutrição em crianças com menos de dez anos. Avaliar o relacionamento dos factores alimentares com os parâmetros cardíacos dos mais novos é também um dos objectivos dos jovens. Os dados recolhidos em campo serão utilizados por Joana e Ivo na elaboração das teses de mestrado, a defender no próximo ano lectivo.
A ideia de um “Verão Solidário” surgiu já no início deste ano quando Joana, Inês e Ivo começaram a planear o período de férias. A preferência por África foi, desde logo, comum e o primeiro passo para a concretização do plano não tardou. Em Fevereiro, os alunos de Medicina escreveram uma carta a várias organizações de saúde com iniciativas em curso no continente, propondo o desenvolvimento de projectos em regime de voluntariado.
A Associação Saúde em Português, que se encontra em Bafatá no âmbito da promoção dos cuidados de saúde primários, respondeu afirmativamente à intenção dos de Joana, Inês e Ivo. Todos os custos das viagens serão suportados pelos próprios jovens, à excepção do alojamento, oferecido pela Saúde em Português.
Não é a primeira vez que Joana e Ivo apostam neste tipo de desafios; ambos já estiveram em São Tomé e Príncipe, também num projecto de voluntariado. Inês é a única estreante, não querendo «levar grandes expectativas para não se surpreender nem se desiludir».
Os estudantes estão conscientes das diferenças culturais que a Guiné apresenta em comparação a Portugal. Ivo Dias assegura que neste tipo de circunstâncias «em que não se conhece bem o terreno» é fundamental que haja uma «adaptação à sociedade».
Os voluntários vão medir o peso, a altura e a tensão arterial das crianças para depois determinarem a possível influência da alimentação na saúde cardiovascular dos pequenos. Inês acredita que esta experiência pode constituir um «bom estágio» para os alunos de Medicina.
O projecto passa ainda pela divulgação de estratégias a ter em conta, com vista a um aumento da qualidade de vida, num país em que a má nutrição é uma das principais causas para as elevadas taxas de mortalidade infantil. Aliar hábitos alimentares correctos a práticas de higiene diária representa outra das intenções dos jovens. Ivo explica que vão procurar chamar a atenção das populações para a «importância do consumo de frutas e vegetais»; o estudante admite que «nunca se pode melhorar tudo», mas assegura que vão «transmitir o que é essencial para conseguir alguns avanços».
 
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