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Num estudo pioneiro, investigadores norte-americanos estabeleceram uma ligação directa entre o aumento da temperatura média do ar e uma maior ocorrência de cálculos renais.
Os cálculos renais, frequentemente causados por desidratação, são cristalizações de sais da urina que podem tornar-se muito dolorosos quando o seu tamanho aumenta.
No artigo publicado na revista PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences), Tom Brikowski, principal autor do estudo, explica ter comparado a taxa de cálculos renais com as previsões de temperaturas da ONU e, assim, ter desenvolvido modelos matemáticos para medir o seu impacto na população.
Um deles mostra um aumento de casos na metade sul dos Estados Unidos, incluindo a chamada "cintura dos cálculos renais" do sudeste: Alabama, Arcansas, Florida, Geórgia, Louisiana, Mississípi, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Tennessee.
Se o aquecimento global aumentar ao ritmo previsto em 2007 pela ONU, os Estados Unidos deverão registar um aumento de 30% dos casos de cálculos renais nas regiões mais secas, sugere o estudo. "Quando as pessoas passam de um clima temperado a climas mais quentes, observa-se um aumento rápido dos riscos de cálculos. Isso aconteceu, por exemplo, entre militares destacados mo Médio Oriente", explicou Margaret Pearle, professora de Urologia na Universidade do Sudoeste do Texas e um dos autores do artigo.
O estudo adverte para o facto de ser de esperar alterações semelhantes noutras regiões do mundo.
Fontes: Lusa e Imprensa Internacional