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Rússia: Morreu o escritor Alexandre Soljenitsyne

Satpa

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Rússia: Morreu o escritor Alexandre Soljenitsyne
03 de Agosto de 2008, 22:55

Moscovo, 03 Ago (Lusa) - O escritor russo Alexandre Soljenitsyne, 89 anos, prémio Nobel da Literatura (1970), morreu hoje no seu domicílio em Moscovo, anunciou a agência Itar-Tass, citando o seu filho Stepan.

Alexandre Soljenitsyne faleceu às 23:00 de domingo locais (19:45 TMG) de "insuficiência cardíaca aguda", declarou o filho do escritor.

Soljenitsyne é mais conhecido por ter revelado ao mundo a realidade do sistema soviético em livros como "Arquipélago Gulag", "Um Dia na Vida de Ivan Denissovitch", ou "O Primeiro Círculo".

Galardoado com o Nobel da Literatura em 1970, foi privado da cidadania russa em 1974 e expulso do país.

Viveu depois na Alemanha, Suíça e Estados Unidos, até poder regressar à Rússia em 1994, após a implosão da União Soviética.


JHM.

Lusa/fim
 

Satpa

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Soljenitsyne contribuiu como ninguém para a queda do comunismo -

Rússia: Soljenitsyne contribuiu como ninguém para a queda do comunismo -
Zita Seabra
04 de Agosto de 2008, 08:54

Lisboa, 04 Ago (Lusa) - A ex-dirigente comunista Zita Seabra disse hoje que escritor russo Alexandre Soljenitsyne, falecido domingo, "contribuiu como ninguém para a queda do comunismo ao denunciar a existência dos gulag".

Alexandre Soljenitsyne, 89 anos, prémio Nobel da Literatura (1970), morreu domingo hoje no seu domicílio em Moscovo, de "insuficiência cardíaca aguda", declarou o filho do escritor.

"Perdemos um grande escritor. Era simultaneamente um grande escritor, um grande intelectual e um grande político" disse à agência Lusa a ex-dirigente comunista e actual deputada do PSD.

Soljenitsyne "contribuiu como ninguém para a queda do comunismo. Foi um dos grandes contributos exactamente por a denúncia (dos gulag) ter sido feita na primeira pessoa".

Na opinião da também responsável pela editora Alêtheia, os livros de "dissidente russo (...) têm a força por serem autobiográficos".

"Ele esteve no gulag. Os livros de Soljenitsyne têm a força que têm por serem escritos na primeira pessoa. Ele esteve lá", reforçou Zita Seabra, lembrando que um dos seus principais livros ("Arquipélago Gulag"), relata a sua vivência enquanto prisioneiro de um campo de concentração do comunismo.

Nessa obra, que a deputada do PSD considera ser para si a principal, o dissidente russo "relata o seu sofrimento, a vida que teve e a de todos os presos que viveram ou morreram nesses campos de concentração".

Zita Seabra disse ainda que a "história fez justiça a Soljenitsyne, porque depois do sofrimento e de lhe terem tirado a nacionalidade russa, pôde morrer em solo russo".

"Viu cair o muro de Berlim e viu acabar o imenso pesadelo que ele denunciou", justificou ainda.

Além do "Arquipélago Gulag", a editora realça ainda como uma das principais obras do "escritor impressionante" "Um Dia na Vida de Ivan Denissovitch".


SB

Lusa/Fim
 

Grunge

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Renovador do PCP Carlos Brito recusa «avaliação positiva» a Soljenitsyne

O renovador comunista Carlos Brito recusou esta segunda-feira uma «avaliação positiva» ao falecido escritor russo Alexandre Soljenitsyne devido às suas posições sobre ditaduras fascistas, mas enalteceu a denúncia que fez dos campos de concentração soviéticos.

«Sempre que uma pessoa morre, e uma pessoa com uma projecção pública tão grande, nós lamentamos. Mas eu achei-o sempre uma figura muito controversa. Por um lado era um autor importante, mas por outro sempre achei que fazia afirmações que eu, de todo, não apreciava», defendeu Carlos Brito citado pela Agência Lusa.

«Lembro-me de afirmações em relação a Pinochet, em relação ao Chile, completamente desajustadas e completamente erróneas. Com uma avaliação injusta acerca do caso concreto do Chile. Também fez afirmações semelhantes sobre o Franco e sobre a Espanha», especificou Carlos Brito, um histórico do PCP que se afastou do partido em 2002.

Em 1976, após a morte do ditador espanhol Franco, Soljenitsyne deu uma entrevista à televisão espanhola na qual manifestou apoio ao regime franquista e lançou críticas aos «círculos progressistas», ou seja «a oposição democrática» de liberais, sociais-democratas ou comunistas.

O autor russo deu apoio semelhante ao ditador chileno Augusto Pinochet.

«Apesar de tudo, a importância dele como autor e como escritor não me fazia tomar em grande peso essas afirmações que ele tomava em relação aos regimes fascistas que vigoravam na altura no Mundo», ressalvou Carlos Brito.

Sobre o papel de Soljenitsyne na denúncia dos campos de trabalhos forçados na antiga União Soviética, Carlos Brito reconhece a importância do autor russo.

«Nesse aspecto não recuso, mas no balanço de tudo, em relação ao seu papel, a minha avaliação não é positiva. Embora tenha esse lado positivo [a denúncia dos campos de concentração na Sibéria], no balanço de tudo a minha avaliação não é positiva», afirmou.

«A literatura [de Soljenitsyne] tem aspectos positivos, como autor, como criador, como original, com uma obra importante. A denúncia também é importante. Mas por outro lado, as posições públicas que assumia levam a que não tenha, sobre a figura, uma avaliação positiva», concretizou.






Fonte:Lusa
 

Satpa

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Alexandre Soljenitsin em câmara ardente em Moscovo

Alexandre Soljenitsin em câmara ardente em Moscovo

Os restos mortais do Nobel da Literatura de 1970, o russo Alexandre Soljenitsin, encontram-se hoje em câmara ardente na Academia de Ciências, em Moscovo, para uma última homenagem antes do funeral, quarta-feira.

O caixão onde repousa o corpo do Nobel da Literatura foi colocado, aberto, sobre um catafalco, frente ao qual uma multidão de anónimos e personalidades deverão desfilar durante todo o dia.

A mulher do escritor, Natália, e os filhos, encontravam-se presentes nas cerimónia civil, às 11:00 locais (08:00 em Lisboa).

O corpo segue quarta-feira para o cemitério do mosteiro de Donskoi, em Moscovo.

Cerca de 200 pessoas aguardam a vez para se aproximarem do féretro, junto do qual se encontra uma fotografia, a preto e branco, de Alexandre Soljenistin.

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin deverá prestar homenagem ao escritor durante o dia, segundo a televisão pública russa.

Alexandre Soljenitsin, 89 anos, morreu domingo no seu domicílio em Moscovo, às 23:00 locais (20:45 em Lisboa) de «insuficiência cardíaca aguda», declarou o filho do escritor.


Diário Digital / Lusa
 

Luis Portug@l

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Renovador do PCP Carlos Brito recusa «avaliação positiva» a Soljenitsyne

O renovador comunista Carlos Brito recusou esta segunda-feira uma «avaliação positiva» ao falecido escritor russo Alexandre Soljenitsyne devido às suas posições sobre ditaduras fascistas, mas enalteceu a denúncia que fez dos campos de concentração soviéticos.

«Sempre que uma pessoa morre, e uma pessoa com uma projecção pública tão grande, nós lamentamos. Mas eu achei-o sempre uma figura muito controversa. Por um lado era um autor importante, mas por outro sempre achei que fazia afirmações que eu, de todo, não apreciava», defendeu Carlos Brito citado pela Agência Lusa.

«Lembro-me de afirmações em relação a Pinochet, em relação ao Chile, completamente desajustadas e completamente erróneas. Com uma avaliação injusta acerca do caso concreto do Chile. Também fez afirmações semelhantes sobre o Franco e sobre a Espanha», especificou Carlos Brito, um histórico do PCP que se afastou do partido em 2002.

Em 1976, após a morte do ditador espanhol Franco, Soljenitsyne deu uma entrevista à televisão espanhola na qual manifestou apoio ao regime franquista e lançou críticas aos «círculos progressistas», ou seja «a oposição democrática» de liberais, sociais-democratas ou comunistas.

O autor russo deu apoio semelhante ao ditador chileno Augusto Pinochet.

«Apesar de tudo, a importância dele como autor e como escritor não me fazia tomar em grande peso essas afirmações que ele tomava em relação aos regimes fascistas que vigoravam na altura no Mundo», ressalvou Carlos Brito.

Sobre o papel de Soljenitsyne na denúncia dos campos de trabalhos forçados na antiga União Soviética, Carlos Brito reconhece a importância do autor russo.

«Nesse aspecto não recuso, mas no balanço de tudo, em relação ao seu papel, a minha avaliação não é positiva. Embora tenha esse lado positivo [a denúncia dos campos de concentração na Sibéria], no balanço de tudo a minha avaliação não é positiva», afirmou.

«A literatura [de Soljenitsyne] tem aspectos positivos, como autor, como criador, como original, com uma obra importante. A denúncia também é importante. Mas por outro lado, as posições públicas que assumia levam a que não tenha, sobre a figura, uma avaliação positiva», concretizou.






Fonte:Lusa


Quem é este Carlos Brito

Não é mais um que passou a vida desfasado da realidade
 

Satpa

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CDS promove colóquio para recordar Alexandre Soljenitsin

CDS promove colóquio para recordar Alexandre Soljenitsin

O CDS-PP anunciou hoje que vai promover um colóquio em Outubro para «recordar o papel histórico» do escritor russo Alexandre Soljenitsin, que morreu domingo em Moscovo com 89 anos.

Para além da organização de um colóquio, ainda sem data e local definidos, o líder do CDS-PP adiantou que irá apresentar um voto de pesar pela morte do escritor russo na reabertura do Parlamento.

«Por várias gerações, entre as quais a minha, a leitura do `Arquipelago do Gulag´ representou o maior abismo totalitário que a humanidade já conheceu», afirmou. Soljenitsin escreveu sobre a realidade do sistema soviético em livros como Arquipélago Gulag, Um Dia na Vida de Ivan Denissovitch, ou O Primeiro Círculo.

Galardoado com o Nobel da Literatura em 1970, foi privado da cidadania russa em 1974 e expulso do país. Viveu depois na Alemanha, Suíça e Estados Unidos, até poder regressar à Rússia em 1994, após a implosão da União Soviética. Para Portas, «a coragem e integridade de Soljenitsin mede-se não apenas pelos anos de prisão, isolamento e exílio e exílio, como pelo facto de ter denunciado o mal absoluto que foi o estalinismo».


Diário Digital / Lusa
 
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