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Bombeiros encontram bocas de incêncido secas

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Bombeiros encontram bocas de incêncido secas

Falta de manutenção da rede de pontos e bocas de incêndio trava reabastecimento de água


NELSON MORAIS

Anteontem, o fogo num campo de feno, junto ao Bairro da Rosa, em Coimbra, voltou a deixar a nu problemas na rede de bocas e pontos de incêndio do concelho. Quando foi preciso reabastacer os autotanques dos bombeiros, não havia água.

O comandante dos Bombeiros Sapadores de Coimbra (BSC), José Almeida, confirmou, ontem, que não foi possível reabastecer um carro de combate a incêndios a partir de um ponto de incêndio (equipamento com maior pressão do que as bocas de incêndios).

Já o Diário de Coimbra noticiava, também ontem, que só uma das bocas de incêndio da zona do Bairro da Rosa tinha água, no sábado à tarde. Valeu aos bombeiros, acrescenta a notícia, a rápida intervenção de uma avioneta proveniente do aeródromo municipal, de Cernache, que apagou prontamente o fogo que lavrava perto dos prédios de habitação social do Bairro da Rosa.

Seja como for, o comandante dos BSC reconhece que há problemas, na rede de pontos e bocas de incêndios, que dificultam, por vezes, o reabastecimento dos tanques de água dos carros dos bombeiros. E esses problemas devem-se à indisponibilidade da Águas de Coimbra para fazer vistorias regulares da rede, destaca, reconhecendo que, antes se esta empresa municipal substituir os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Coimbra (SMASC), a situação era melhor.

"Há uns anos, tínhamos uma equipa mista, de bombeiros e funcionários dos SMASC, que ia para o terreno e reparava as avarias que encontrava. Mas deixou de ser viável. Agora, com a empresa municipal, as coisas estão mais difíceis", compara José Almeida. O comandante dos BSC refere dificuldades da Águas de Coimbra relacionadas, alegadamente, com a disponibilidade do pessoal.

Por outro lado, o responsável diz que os Sapadores, além de não terem a obrigação de se substituir à empresa municipal, debatem-se igualmente com falta de profissionais para fiscalizar a rede de água. Ainda assim, garante que, quando podem, os bombeiros escolhem alguns pontos e bocas de incêndio, de forma aleatória, e fazem vistorias. "A Baixa e a Alta são as zonas da cidade que nos preocupam mais", aponta.

Segundo José Almeida, os pontos e bocas de incêndio revelam diferentes tipos de problemas, não obstante a consequência ser a mesma: falta de água. Situações frequentes são as avarias relacionadas, por vezes, com actos de vandalismo cometidos sobre aqueles equipamentos públicos.

Também é comum a empresa Águas de Coimbra cortar, nas condutas subterrâneas, a ligação de água aos pontos de incêndio, para evitar a subtracção ilegal de água por populares, explicou. Referiu ainda situações em que há obras na rede ou no próprio pavimento das estradas que não acautelam o funcionamento posterior de pontos e bocas de incêndio.

Joaquim de Sousa, administrador da Águas de Coimbra, desde há cerca de um ano, admite que haja problemas, mas garante que a empresa municipal já está a preparar um plano de manutenção dos hidrantes (pontos e bocas de incêndio), que começará a ser implementado ainda este ano.

Contactado pelo Jornal de Notícias, o administrador começou por dizer que não tinha conhecimento de problemas registados no sábado à tarde, mas observou que a empresa tem "uma equipa de piquete 24 horas por dia, 365 dias por ano". Os bombeiros poderiam tê-la chamado ao local para resolver a falta de água, disse.

De acordo com Joaquim de Sousa, já está feito o levantamento dos milhares de pontos e bocas de incêndio existentes na rede de água do concelho. De seguida, os técnicos da empresa vão diagnosticar problemas e constrangimentos que condicionam a sua utilização pelos Sapadores, fazer testes e reparar as eventuais avarias, prometeu o administrador.


JN
 
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