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Zona Histórica só tem cinco bombeiros - Porto

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Zona Histórica só tem cinco bombeiros

Sindicato nacional alerta para a falta de efectivosno posto de S. Bento que assegura protecção do centro

VANESSA SENA SOUSA

De acordo com o Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais, há falta de bombeiros na Zona Histórica do Porto. O posto de S. Bento tem cinco efectivos a trabalhar. Autarquia e Sapadores consideram que são suficientes.

O Centro Histórico do Porto, considerado Património Mundial da Humanidade, é uma zona que faz parte da paisagem urbana da cidade e que atrai inúmeros turistas. Abrangendo diversas freguesias como as da Sé, Vitória e Miragaia, toda a área está sob a protecção do batalhão dos Bombeiros Sapadores do Porto. A Baixa portuense está, especialmente, a cargo, numa primeira instância, de um posto situado em S. Bento.

Segundo fonte dos Sapadores, o posto depende, neste momento, de cinco efectivos que asseguram a protecção de toda a área que faz parte do Centro Histórico. A informação foi confirmada pelo vice-presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais e presidente do Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais. "Há já bastante tempo que temos vindo a alertar para esta situação", disse Sérgio Carvalho, considerando que cinco homens são "claramente insuficientes".

O segundo comandante dos Sapadores, major Pais Rodrigues, garante, sem especificar o número, que os bombeiros do posto de S. Bento "são suficientes para uma primeira intervenção" e que "todo o apoio restante provém do batalhão principal".

O posto chegou a ter 12 efectivos. No entanto, o número geral de bombeiros dos Sapadores tem vindo a diminuir, o que obriga a uma redução do número de pessoal nos diversos postos que garantem a segurança da cidade. "Mais de 300 homens em quatro turnos foram reduzidos para 200 homens em cinco turnos", explicou o responsável. "Desde 2003, cerca de 65 se reformaram e a Autarquia só incorporou 30, um dos quais desistiu; 29 homens que completaram a formação já não são estagiários e continuam a receber como se fossem, mesmo trabalhando como um bombeiro profissional", acusou, ainda.

O presidente da associação contrapõe o que é dito pela Câmara no que toca à capacidade de resposta dos bombeiros, usando o exemplo do incêndio na Reitoria da Universidade do Porto, em Maio deste ano. "A Autarquia dá como exemplo a rapidez no combate ao incêndio, mas ela deve-se à localização da reitoria e ao facto de os acessos serem mais amplos do que os da Zona Histórica", destacou Sérgio Carvalho. "Os condicionalismos em centros históricos e zonas de edifícios antigos, como no Porto, são sempre maiores e os riscos acrescidos, já para não falar no património".

O responsável avança que um número reduzido de bombeiros põe, também, em perigo a vida dos próprios, porque não há homens suficientes para criar uma segunda linha de defesa em casos de incêndios mais fortes. "Há mais viaturas do que homens disponíveis para as conduzir. O auto-escada, adequado para as ruas estreitas, está no quartel e não pode ser utilizado por causa disso", rematou Sérgio Carvalho.

O vereador Sampaio Pimentel considera que o posto é capaz de responder à altura, já que "tem exactamente o mesmo número de homens que tinha aquando do incêndio na Reitoria". Garante que a situação dos 29 bombeiros "vai ser resolvida", mas que não é preciso ser regularizada, pois apenas fizeram o juramento da bandeira em Maio, o que não implica que já estivessem a trabalhar para a Autarquia. No primeiro trimestre de 2009, recordou, será concluído um plano especial de emergência para a Zona Histórica.


JN
 
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