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Austríaco que manteve filha presa pode ser acusado de escravidão

xicca

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O austríaco Josef Fritzl, que manteve a filha Elisabeth em cárcere privado por 24 anos e teve sete filhos com ela, pode ser acusado de escravidão, disse hoje Gerhard Sedlacek, porta-voz da promotoria da cidade de St. Pöelten. Sedlacek também afirmou que as autoridades esperam ter uma série de acusações formais prontas até o fim de setembro e que o julgamento provavelmente começa em dezembro.


Os investigadores dizem que Fritzl, 73, confessou ter aprisionado a filha quando ela tinha 18 anos; ter abusado sexualmente dela; e ser o pai de sete filhos dela, incluindo um bebê cujo corpo ele teria jogado em um forno de calefação após ter morrido. Os policiais dizem que testes de DNA confirmaram que ele é o pai biológico das crianças sobreviventes.

Fritzl pode ser acusado de assassinato --e condenado a uma pena de prisão perpétua- caso haja evidências de que o bebê que ele teria incinerado poderia ter sobrevivido após o parto se tivesse recebido atendimento médico adequado.

Sedlacek afirmou que os investigadores encerraram os interrogatórios de Elisabeth e agora estão aguardando o relatório de um médico para determinar o motivo da morte do bebê. A promotoria também espera pela opinião de um especialista sobre o estado psicológico de Fritzl, segundo Sedlacek.

Se for considerado culpado do crime de escravidão, Fritzl pode ser condenado a 20 anos de prisão.


Caso

Em um porão de sua casa, na região austríaca de Amstetten, a 130 quilômetros de Viena, Fritzl teve sete filhos com Elisabeth, dos quais um morreu, três foram levados à casa dele para serem educados como seus próprios netos e outros três permaneceram o tempo todo no cativeiro, até serem libertados no final de abril. A filha mais velha da relação incestuosa, Kersten, 19, havia sido hospitalizada com uma grave doença não-diagnosticada em 19 de abril, o que acabou revelando o caso.

Fritzl começou a construir o porão secreto onde manteve a filha presa em 1978, provavelmente na mesma época em que começou a abusar dela. A construção tinha um total de oito portas que ele tinha que atravessar para entrar. Fritzl afirmou que mantinha a filha presa para "afastá-la das drogas e outros perigos". A mãe de Elisabeth não sabia sobre a prisão secreta. Fritzl havia dito a ela que a filha tinha fugido.

Segundo os médicos e psicólogos que atendem às vítimas, a vida dos filhos e de outros familiares de Fritzl está voltando aos poucos ao normal, embora eles continuem vivendo no complexo da clínica psiquiátrica de Amstetten sob estritas medidas de segurança.



Folha Online
04.08.08
 
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