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Soares considera intervenção de Cavaco «inoportuna»

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Fev 4, 2008
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Mário Soares teceu duras críticas à última comunicação feita ao país por Cavaco Silva. Num artigo publicado esta terça-feira no Diário de Notícias, o antigo chefe de Estado descreveu a declaração do actual Presidente sobre o Estatuto político administrativo dos Açores como «inoportuna», tanto «no tempo» como «na forma», por considerar que este é um tema que diz respeito ao Parlamento e que interessaria que fossem abordados «outros problemas que os portugueses sentem na carne».
«Não parece ter sido muito feliz a intervenção, feita com pompa e circunstância, através das televisões, pelo sr. Presidente da República, no último dia de Julho passado, quando a maioria dos portugueses se preparava para ir de férias, procurando esquecer, por um mês, os problemas graves e complexos que os esperam no regresso», começa assim Mário Soares o seu artigo.

Não colocando em causa a relevância do tema abordado, o antigo Presidente da República considera, por outro lado, censuráveis as «expectativas criadas», assim como o «momento e a forma que escolheu para o transmitir aos portugueses». «A questão que o Presidente levantou é de natureza político-constitucional e, na fase em que se encontra, cabe ao Parlamento agora pronunciar-se e não aos portugueses em geral», frisa Soares.

Uma frustração que não deve repetir-se...

Estas razões levam o antigo primeiro-ministro e chefe de Estado a descrever como «inoportuna - no tempo e na forma como a fez - a comunicação do Presidente da República», de forma especial «quando os portugueses comuns estão preocupados - talvez mesmo angustiados - com outras questões, bem mais importantes, para eles». «Tantos outros problemas que os portugueses sentem na carne», sublinha.

Apontando o «custo de vida, a subir de forma exponencial», «a crise energética», «a crise financeira», «o desemprego», «o escândalo da corrupção» e «a paralisia e crise em que está mergulhada a União Europeia», Mário Soares diz que «sobre tudo isto, o sr. Presidente tem-se referido sempre de fugida, muito discretamente, em breves respostas a perguntas circunstanciais que lhe fazem. Mas nunca fez um discurso de fundo».

«Era isso, julgo, que todos esperavam quando foi anunciada uma "importante" comunicação do Presidente aos portugueses. Daí a frustração que se seguiu à comunicação do Presidente, que a maioria não terá sequer compreendido. Uma frustração que não deve repetir-se...», conclui o antigo chefe de Estado.

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