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Guiné-Bissau: Demitido Governo que prometia acabar com a corrupção e o tráfico de droga
05 de Agosto de 2008, 21:41
Lisboa, 05 Ago (Lusa) - Quase 16 meses depois de empossado (Abril de 2007), foi hoje demitido na Guiné-Bissau o governo de Martinho N´Dafa Cabi, que emergiu de uma crise política prometendo acabar com a corrupção e o tráfico de droga.
"Estamos no limiar daquilo que é um Estado normal. Portanto, se queremos conquistar a credibilidade de Estado temos de lutar sem tréguas contra a corrupção e isso vai ser uma das nossas maiores tarefas. Na Guiné-Bissau nunca ninguém foi preso por delitos económicos, mas isso vai mudar", afirmou o jovem primeiro-ministro (48 anos de idade, na altura) em entrevista à Lusa após a nomeação.
"Actualmente, o nosso Estado só funciona em Bissau. No resto do país não há nada. É uma zona frágil, por isso é que entra aqui droga (...). Se fizermos funcionar o Estado em todos os lados da Guiné-Bissau passamos a controlar vários aspectos, fundamentalmente a questão do narcotráfico, que é extremamente perigosa para o nosso país", disse ainda.
Em decreto presidencial divulgado hoje em Bissau, o presidente João Bernardino ("Nino") Vieira demitiu o Governo de Martinho N´Dafa Cabi no seguimento da dissolução do parlamento e nomeou Carlos Correia para o cargo de novo primeiro-ministro.
A nomeação de N'Dafa Cabi surgiu na sequência da assinatura de um Pacto de Estabilidade Governativa entre o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o Partido da Renovação Social (PRS) e o Partido Unido Social Democrata, as três principais forças políticas do país, para criar um Governo de Consenso Nacional.
Cabi, um de três nomes propostos a "Nino" Vieira, era então terceiro vice-presidente do PAIGC.
De etnia balanta e natural do Norte do país, engenheiro licenciado em Cuba, o primeiro-ministro já tinha sido secretário de Estado do Governo de Unidade Nacional, criado após o conflito militar de 1998/99 na Guiné-Bissau.
Ocupou ainda os cargos de director-geral do Comércio, dos Recursos Naturais, foi ministro da Energia e Recursos Naturais (2004) tendo depois transitado para a pasta da Defesa, que deixou a 27 de Outubro 2005, depois da exoneração do governo de Carlos Gomes Júnior.
PDF/MSE/MB.
Lusa/Fim
05 de Agosto de 2008, 21:41
Lisboa, 05 Ago (Lusa) - Quase 16 meses depois de empossado (Abril de 2007), foi hoje demitido na Guiné-Bissau o governo de Martinho N´Dafa Cabi, que emergiu de uma crise política prometendo acabar com a corrupção e o tráfico de droga.
"Estamos no limiar daquilo que é um Estado normal. Portanto, se queremos conquistar a credibilidade de Estado temos de lutar sem tréguas contra a corrupção e isso vai ser uma das nossas maiores tarefas. Na Guiné-Bissau nunca ninguém foi preso por delitos económicos, mas isso vai mudar", afirmou o jovem primeiro-ministro (48 anos de idade, na altura) em entrevista à Lusa após a nomeação.
"Actualmente, o nosso Estado só funciona em Bissau. No resto do país não há nada. É uma zona frágil, por isso é que entra aqui droga (...). Se fizermos funcionar o Estado em todos os lados da Guiné-Bissau passamos a controlar vários aspectos, fundamentalmente a questão do narcotráfico, que é extremamente perigosa para o nosso país", disse ainda.
Em decreto presidencial divulgado hoje em Bissau, o presidente João Bernardino ("Nino") Vieira demitiu o Governo de Martinho N´Dafa Cabi no seguimento da dissolução do parlamento e nomeou Carlos Correia para o cargo de novo primeiro-ministro.
A nomeação de N'Dafa Cabi surgiu na sequência da assinatura de um Pacto de Estabilidade Governativa entre o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o Partido da Renovação Social (PRS) e o Partido Unido Social Democrata, as três principais forças políticas do país, para criar um Governo de Consenso Nacional.
Cabi, um de três nomes propostos a "Nino" Vieira, era então terceiro vice-presidente do PAIGC.
De etnia balanta e natural do Norte do país, engenheiro licenciado em Cuba, o primeiro-ministro já tinha sido secretário de Estado do Governo de Unidade Nacional, criado após o conflito militar de 1998/99 na Guiné-Bissau.
Ocupou ainda os cargos de director-geral do Comércio, dos Recursos Naturais, foi ministro da Energia e Recursos Naturais (2004) tendo depois transitado para a pasta da Defesa, que deixou a 27 de Outubro 2005, depois da exoneração do governo de Carlos Gomes Júnior.
PDF/MSE/MB.
Lusa/Fim