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Presidente da Sociedade Internacional da Sida diz que falta "vontade política"

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Presidente da Sociedade Internacional da Sida diz que falta "vontade política"

O novo presidente da Sociedade Internacional da Sida, o argentino Júlio Montaner, afirmou hoje que falta "vontade política" para controlar a pandemia global.

"Com uma terapia antiretroviral gratuita, políticas de prevenção e um rastreio agressivo, podia-se controlar a epidemia em pouco tempo. Se tal não é feito é porque falta vontade política", afirmou Júlio Montaner, em entrevista à agência EFE.

Júlio Montaner foi um dos participantes da XVII Conferência Internacional sobre Sida, que terminou hoje na cidade do México.

Sobre a reunião, que juntou durante seis dias cerca de 24 mil delegados, entre especialistas, cientistas e activistas, de mais de 190 países, o recém-empossado presidente da Sociedade Internacional da Sida fez um balanço muito positivo.

"Mais de 50 por cento dos delegados participaram pela primeira vez numa conferência internacional sobre Sida, ou seja, recrutámos uma geração completamente nova para a luta contra a doença", referiu, considerando esse facto "extremamente importante no momento em que se dá conta que se trata de uma epidemia que se vai prolongar a longo prazo".

Além disso, acrescentou, a conferência serviu também para alertar a América latina sobre esta epidemia e para "discutir de forma intensa" os aspectos sociais e legislativos da Sida.

"Havendo testes rápidos, que se podem fazer num minuto, em qualquer lugar, que não necessitam de tecnologia muito complicada, as campanhas de rastreio podiam ser muito maiores", sublinhou Júlio Montaner.

Entretanto, já depois do fim da conferência internacional, a organização não-governamental Oxfan emitiu um comunicado, onde lamenta que o encontro tenha terminado sem a apresentação de uma plano concreto para garantir o acesso universal ao tratamento às pessoas com HIV.

Os responsáveis governamentais e das Nações Unidas que assistiram à conferência "falam de 2015 como um horizonte suficientemente bom e parecem sentir-se bem ao deixar escapar o objectivo de 2010", refere a Oxfan em comunicado.

Na nota, a organização recorda que em 2005 o grupo de países do G8 apontou um prazo de cinco anos para garantir o acesso universal ao tratamento para os doentes com Sida.

"Trata-se de uma situação de emergência. Não podemos perder tempo. As pessoas mais vulneráveis no mundo, esperam que os seus Governos cumpram essa promessa em 2010", sublinhou a cantora escocesa Annie Lennox, embaixadora da Oxfam.

Segundo dados das Nações Unidas, em 2007 existiam em todo o mundo 33,2 milhões de pessoas infectadas com o vírus da Sida, das quais 30 milhões sem acesso a medicamentos.

Os países mais afectados são os da Africa Sub-Sariana, onde a Sida é a principal causa de mortalidade e que reúne dois terços dos infectados.

Na África do Sul, Botsuana e Zimbabué, cerca de 20 por cento da população está infectada.

As Nações Unidas estimam que tenham morrido 2,1 milhões de pessoas devido à Sida e se tenham registado 2,5 novas infecções.

A próxima conferência internacional sobre a Sida, que se reúne de dois em dois anos, irá realizar-se de 18 a 23 de Julho de 2010 em Viena, na Áustria.





Fonte:Lusa
 
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