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O bombeiro que “salvou” um nascimento complicado

Satpa

GF Ouro
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O bombeiro que “salvou” um nascimento complicado

Por volta das seis da manhã do dia 28 de Julho, Eduardo Almeida, bombeiro profissional em Ponta Delgada, foi chamado para uma emergência que jamais irá esquecer: assistiu uma grávida que deu à luz a caminho do hospital, dentro da ambulância.

Ao contrário da maioria dos seus colegas, Eduardo Almeida nunca tinha prestado assistência num parto e tinha até, por isso, “o desejo secreto” de, um dia, ser chamado para uma destas situações. O que o bombeiro não desejava era encontrar as complicações com que se deparou naquela manhã.

Ao chegar a São Vicente Ferreira, os bombeiros encontraram uma grávida em trabalho de parto, que só deveria acontecer uma semana depois. Já a caminho do hospital, Eduardo Almeida preparou-se para a eventualidade de o bebé ter que nascer antes de chegar ao destino. De facto, a criança estava já em posição para nascer quando o bombeiro se apercebeu de que algo não estava bem: o cordão umbilical estava enrolado à volta do pescoço, estrangulando o bebé, que estava com a cabeça “roxa”.

Tendo a certeza de que a criança não resistiria até chegar ao hospital, Eduardo Almeida sentiu-se confiante e agiu, mas afirma que nem teve “tempo de pensar” que, tratando-se de uma intervenção médica, o manual aconselha a esperar pela chegada ao hospital.

Sem ter a reacção normal após o nascimento, o bebé revelou ter problemas respiratórios e quando os pais perguntaram se estava tudo bem, o bombeiro, no meio de alguma “agonia”, porque “não era suposto estar a realizar a intervenção”, respondeu que sim, mas “pouco convencido”. Já com a ambulância parada e com o auxílio do seu colega, que ajudou Eduardo a limpar o bebé e a fechar os cordões umbilicais, o bebé foi entregue, com perfeita saúde, nos braços da mãe.

Este episódio valeu a Eduardo Almeida um louvor por parte do secretário regional da Habitação e Equipamentos, que deixa o bombeiro “orgulhoso por ter actuado não só de acordo com a formação” que teve, mas “por ter envolvido uma decisão, que poderia ter sido outra e que não seria criticada”, mas que podia ter custado a vida de um ser humano.

Por ter a “consciência” de ter salvo o “miúdo”, Eduardo Almeida sente uma “ligação” com ele e com a família, que já visitou, e de quem já recebeu uma fotografia, via telemóvel, com a evolução da criança.

Eduardo afirma que a formação ministrada aos bombeiros de Ponta Delgada é “suficiente” e que “esta situação revelou isso mesmo”, porque, se não se sentisse “ seguro”, não teria agido. De facto, em nota informativa, o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores referiu que o “elevado profissionalismo do bombeiro Eduardo Almeida demonstra a sólida formação ministrada” por esta instituição.

De bombeiro voluntário a profissional

Activo por natureza, Eduardo Almeida juntou-se à corporação de bombeiros voluntários de Ponta Delgada em 94, tornando-se profissional 6 anos depois.

Tendo como incentivo o exemplo de muitos que hoje em dia são seus colgas no quartel de bombeiros, que transportaram o pai, em recuperação de doença, por diversas vezes, Eduardo decidiu dedicar também parte do seu tempo a ajudar os outros.

Eduardo Almeida sente que o trabalho dos bombeiros não é, muitas vezes, reconhecido pelas pessoas, lembrando principalmente o trabalho dos voluntários, que gastam as suas horas de tempo livre no quartel sem qualquer contrapartida, e apesar de esta ser a filosofia do serviço humanitário, as pessoas gostam de ver o seu trabalho reconhecido.


João Cordeiro
AO online

:espi28::espi28:
 

.:J@ss:.

GF Bronze
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ainda bem que existe bombeiros assim..

Cumprimentos e parabens amigo pelo seu trabalho e parabens a familia da bebe
 
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