Petróleo: Preço a subir com receios de interrupção abastecimento devido a conflito entre Rússia e Geórgia.
O preço do petróleo estava hoje a subir no mercado de Nova Iorque perante receios de que o conflito entre a Rússia e a Geórgia possa interromper o abastecimento proveniente do Mar Cáspio.
O preço está a subir depois de cinco dias de confrontos na Ossétia do Sul, com receios de que o conflito possa colocar em causa o abastecimento do Azerbeijão para o Mediterrâneo através dos oleodutos que atravessam a Geórgia.
A Geórgia tem um papel-chave para o Ocidente como corredor energético entre o Mar Cáspio e os mercados mundiais, uma vez que pelo seu território passam importantes oleodutos e gasodutos que evitam o território russo.
O Baku-Tbilissi-Ceyan (BTC), que transporta crude do Azerbeijão para o porto turco de Ceyan, no Mediterrâneo, é para já o único oleoduto afectado na região devido a um ataque bombista reclamado por um grupo separatista do Curdistão.
O BTC transporta "light crude" do Azerbeijão cujo preço é fixado com base nos contratos de Brent.
A BP, proprietária do oleoduto com 1.768 quilómetros, que passa a 100 quilómetros a sul da capital da Ossétia do Sul, afirmou hoje que o incêndio já está extinto, faltando agora apurar a extensão dos danos.
Os produtores de petróleo estão a desviar o transporte do petróleo do Mar Cáspio do BTC para o oleoduto que liga Baku a Supsa, na costa georgiana do Mar Negro, para o oleoduto entre Baku e o porto russo Novorossisk, na costa russa do Mar Negro, e por comboio através da Geórgia até aos portos russos no Mar Negro.
Existem por isso receios de que o adensar do conflito possa pôr em causa esse transporte através da Geórgia.
O preço do petróleo estava a subir 1,5 por cento para 116,90 dólares no mercado electrónico de Nova Iorque.
Em Londres, o barril de petróleo para entrega em Setembro estava a ganhar 1,8 por cento para 115,32 dólares o barril.
A investigadora do Instituto de Defesa Nacional (IDN), Maria Francisca Saraiva, afirmou à Lusa que o conflito pode ser entendido como "um sinal de que a Rússia pretende (re)assumir-se na zona do Mar Cáspio e Ásia Central como a potência que gere a segurança regional".
Mas defende, igualmente, que ele passa também pelo problema da segurança energética.
"O pipeline BTC (Azerbeijão, Geórgia, Turquia) transporta o petróleo proveniente do Mar Cáspio para a Turquia (e Israel) através da Geórgia sem passar por território russo, território iraniano ou países amigos de Moscovo", afirmou.
Na sua opinião, o BTC, "fortemente apoiado pelas administrações Clinton e Bush, passa numa zona bastante próxima das duas zonas pró-russas (Ossétia do Sul e Abkásia), receando-se que ataques ao pipeline possam interromper o aprovisionamento do Ocidente".
"Moscovo tem uma razão acrescida para consolidar na Ossétia do Sul a sua influência política", acrescentou.
Como os Estados Unidos e a NATO "já se comprometeram a ajudar a garantir a segurança do pipeline", a segurança e segurança energética são aspectos "intimamente relacionados", defendeu.
Lusa
O preço do petróleo estava hoje a subir no mercado de Nova Iorque perante receios de que o conflito entre a Rússia e a Geórgia possa interromper o abastecimento proveniente do Mar Cáspio.
O preço está a subir depois de cinco dias de confrontos na Ossétia do Sul, com receios de que o conflito possa colocar em causa o abastecimento do Azerbeijão para o Mediterrâneo através dos oleodutos que atravessam a Geórgia.
A Geórgia tem um papel-chave para o Ocidente como corredor energético entre o Mar Cáspio e os mercados mundiais, uma vez que pelo seu território passam importantes oleodutos e gasodutos que evitam o território russo.
O Baku-Tbilissi-Ceyan (BTC), que transporta crude do Azerbeijão para o porto turco de Ceyan, no Mediterrâneo, é para já o único oleoduto afectado na região devido a um ataque bombista reclamado por um grupo separatista do Curdistão.
O BTC transporta "light crude" do Azerbeijão cujo preço é fixado com base nos contratos de Brent.
A BP, proprietária do oleoduto com 1.768 quilómetros, que passa a 100 quilómetros a sul da capital da Ossétia do Sul, afirmou hoje que o incêndio já está extinto, faltando agora apurar a extensão dos danos.
Os produtores de petróleo estão a desviar o transporte do petróleo do Mar Cáspio do BTC para o oleoduto que liga Baku a Supsa, na costa georgiana do Mar Negro, para o oleoduto entre Baku e o porto russo Novorossisk, na costa russa do Mar Negro, e por comboio através da Geórgia até aos portos russos no Mar Negro.
Existem por isso receios de que o adensar do conflito possa pôr em causa esse transporte através da Geórgia.
O preço do petróleo estava a subir 1,5 por cento para 116,90 dólares no mercado electrónico de Nova Iorque.
Em Londres, o barril de petróleo para entrega em Setembro estava a ganhar 1,8 por cento para 115,32 dólares o barril.
A investigadora do Instituto de Defesa Nacional (IDN), Maria Francisca Saraiva, afirmou à Lusa que o conflito pode ser entendido como "um sinal de que a Rússia pretende (re)assumir-se na zona do Mar Cáspio e Ásia Central como a potência que gere a segurança regional".
Mas defende, igualmente, que ele passa também pelo problema da segurança energética.
"O pipeline BTC (Azerbeijão, Geórgia, Turquia) transporta o petróleo proveniente do Mar Cáspio para a Turquia (e Israel) através da Geórgia sem passar por território russo, território iraniano ou países amigos de Moscovo", afirmou.
Na sua opinião, o BTC, "fortemente apoiado pelas administrações Clinton e Bush, passa numa zona bastante próxima das duas zonas pró-russas (Ossétia do Sul e Abkásia), receando-se que ataques ao pipeline possam interromper o aprovisionamento do Ocidente".
"Moscovo tem uma razão acrescida para consolidar na Ossétia do Sul a sua influência política", acrescentou.
Como os Estados Unidos e a NATO "já se comprometeram a ajudar a garantir a segurança do pipeline", a segurança e segurança energética são aspectos "intimamente relacionados", defendeu.
Lusa