O médico egípcio Ayman al-Zawahiri, lugar-tenente de Usama bin Laden, pede uma guerra santa em território paquistanês numa gravação de áudio conhecida esta segunda-feira. A voz atribuída ao “número dois” da al Qaeda acusa o Presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, de desestabilizar o país ao defender os interesses dos Estados Unidos.
A gravação de áudio atribuída ao braço direito de Bin Laden foi entregue por um homem não identificado num gabinete da estação televisiva paquistanesa ARY One. Segundo o Intelcenter, organização norte-americana especializada na análise de páginas islamistas na Internet, a gravação é “a primeira mensagem oficial na qual [Ayman al-Zawahiri] se exprime em Inglês”.
Na mensagem, o médico egípcio apela à população para que apoie a jihad (guerra santa) no Paquistão. E condena a colaboração das autoridades paquistanesas com a Administração norte-americana.
“Quero falar-vos hoje sobre a condição miserável para a qual o Paquistão se deteriorou”, começa por dizer a voz audível na gravação.
“Que não restem dúvidas nas vossas mentes: as forças políticas dominantes no Paquistão estão a competir para agradar aos cruzados da era moderna na Casa Branca e estão a trabalhar para desestabilizar esta nação com capacidade nuclear sob a égide da América”, afirma Zawahiri.
Musharraf na mira de Zawahiri
Ayman Al-Zawahiri acusa Pervez Musharraf de utilizar o cientista paquistanês Abdul Qadeer Khan como “bode expiatório” para ir ao encontro dos interesses dos Estados Unidos.
Abdul Qadeer Khan, “pai” da bomba atómica paquistanesa, encontra-se em prisão domiciliária desde 2004, quando confessou ter feito chegar informações secretas sobre o programa nuclear paquistanês à Líbia, ao Irão e à Coreia do Norte.
O “número dois” da organização terrorista de Bin Laden condena ainda o Presidente paquistanês por ter ordenado um assalto do exército à Mesquita Vermelha de Islamabad em Julho do ano passado.
Paradeiro desconhecido
O paradeiro das principais figuras da rede terrorista al-Qaeda, Usama bin Laden e Ayman al-Zawahiri, continua a constituir um mistério. Os serviços secretos norte-americanos acreditam que ambos podem estar escondidos algures na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão.
A data da gravação é desconhecida. Contudo, trata-se da primeira mensagem atribuída a Zawahiri depois de informações que apontavam para a sua morte durante um ataque de mísseis levado a cabo pelas forças norte-americanas, em Julho, contra objectivos na região tribal do Waziristão do Sul.
A CBS News noticiou no início do mês que o “número dois” da al Qaeda teria morrido ou sofrido ferimentos no decurso de uma operação das forças dos Estados Unidos. A estação televisiva norte-americana baseou-se numa carta em que o líder taliban Baitullah Mehsud pedia o envio de um médico para tratar Ayman al-Zawahiri.
A informação foi mais tarde negada pela própria guerrilha taliban e pelos serviços secretos paquistaneses.
RTP
A gravação de áudio atribuída ao braço direito de Bin Laden foi entregue por um homem não identificado num gabinete da estação televisiva paquistanesa ARY One. Segundo o Intelcenter, organização norte-americana especializada na análise de páginas islamistas na Internet, a gravação é “a primeira mensagem oficial na qual [Ayman al-Zawahiri] se exprime em Inglês”.
Na mensagem, o médico egípcio apela à população para que apoie a jihad (guerra santa) no Paquistão. E condena a colaboração das autoridades paquistanesas com a Administração norte-americana.
“Quero falar-vos hoje sobre a condição miserável para a qual o Paquistão se deteriorou”, começa por dizer a voz audível na gravação.
“Que não restem dúvidas nas vossas mentes: as forças políticas dominantes no Paquistão estão a competir para agradar aos cruzados da era moderna na Casa Branca e estão a trabalhar para desestabilizar esta nação com capacidade nuclear sob a égide da América”, afirma Zawahiri.
Musharraf na mira de Zawahiri
Ayman Al-Zawahiri acusa Pervez Musharraf de utilizar o cientista paquistanês Abdul Qadeer Khan como “bode expiatório” para ir ao encontro dos interesses dos Estados Unidos.
Abdul Qadeer Khan, “pai” da bomba atómica paquistanesa, encontra-se em prisão domiciliária desde 2004, quando confessou ter feito chegar informações secretas sobre o programa nuclear paquistanês à Líbia, ao Irão e à Coreia do Norte.
O “número dois” da organização terrorista de Bin Laden condena ainda o Presidente paquistanês por ter ordenado um assalto do exército à Mesquita Vermelha de Islamabad em Julho do ano passado.
Paradeiro desconhecido
O paradeiro das principais figuras da rede terrorista al-Qaeda, Usama bin Laden e Ayman al-Zawahiri, continua a constituir um mistério. Os serviços secretos norte-americanos acreditam que ambos podem estar escondidos algures na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão.
A data da gravação é desconhecida. Contudo, trata-se da primeira mensagem atribuída a Zawahiri depois de informações que apontavam para a sua morte durante um ataque de mísseis levado a cabo pelas forças norte-americanas, em Julho, contra objectivos na região tribal do Waziristão do Sul.
A CBS News noticiou no início do mês que o “número dois” da al Qaeda teria morrido ou sofrido ferimentos no decurso de uma operação das forças dos Estados Unidos. A estação televisiva norte-americana baseou-se numa carta em que o líder taliban Baitullah Mehsud pedia o envio de um médico para tratar Ayman al-Zawahiri.
A informação foi mais tarde negada pela própria guerrilha taliban e pelos serviços secretos paquistaneses.
RTP