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As Teclas - Conceito Histórico

Nine Tails

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Piano é um instrumento musical de corda percutida. Também é definido modernamente como instrumento de percussão porque o som é produzido quando os batentes, cobertos por um material macio e designados martelos, e sendo ativados através de um teclado, tocam nas cordas esticadas e presas numa estrutura rígida de madeira ou metal. As cordas vibram e produzem o som. Como instrumento de cordas percutidas por mecanismo activado por um teclado, o piano é semelhante ao clavicórdio e ao cravo. Os três instrumentos diferem no entanto no mecanismo de produção de som. Num cravo as cordas são beliscadas. Num clavicórdio as cordas são batidas por martelos que permanecem em contacto com a corda. No piano o martelo ressalta de imediato após tocar nas cordas e deixa a corda vibrar livremente.

O piano é amplamente utilizado na música ocidental, no Jazz, para a performance solo e para acompanhamento. É também muito popular como um auxílio para compor. Embora não seja portátil e tenha um preço caro, o piano é um instrumento versátil, uma das características que o tornou um dos instrumentos musicais mais conhecido pelo mundo.

Invenção italiana de Bartolomeo Cristofori, de Florença.Sabe-se que inventou um cravo que toca suavemente (piano) e fortemente por volta de 1698. Os pianos mais antigos que ainda existem datam da década de 1720. A invenção do piano beneficiou de muitos anos de existência do cravo, para o qual se conhecia bem a acústica e os materiais. O próprio Cristofori era fabricante de cravos.

O grande êxito de Cristofori foi ter conseguido resolver, pela primeira vez, o problema mecânico fundamental do piano: os martelos devem tocar nas cordas mas retirar-se imediatamente (senão o som seria abafado), sem balançar e possibilitando repetições rápidas de pressão sobre a mesma tecla.

Orgão

O órgão é um instrumento musical classificado pela organologia como aerofone de teclas pela passagem de ar comprimido em tubos de diferentes tamanhos. É, portanto, um instrumento de sopro com a diferença de o ar não ser injectado pelo sopro humano, mas sob a forma de ar comprimido que, acumulado pelo fole, é reencaminhado para o respectivo tubo do registo e da nota que se quer fazer soar.

O órgão foi o primeiro instrumento de tecla. Mas, fruto do seu constante aperfeiçoamento técnico ao longo dos séculos, pertence à classe dos produtos mais complexos e perfeitos conseguidos pelo Homem. Não há dúvida de que se trata do mais complexo e também do mais completo de todos os instrumentos musicais. As suas dimensões são muito variáveis, indo desde um pequeno órgão de móvel até órgãos do tamanho de casas de várias assoalhadas.

O órgão, como instrumento de forte índole sacra, ocupa um lugar de destaque na liturgia cristã, quer na Igreja Católica, que nas Igrejas Reformadas. A Igreja Católica reafirmou no Concílio Vaticano II a excelência do órgão na tradição musical e nos actos de culto divino, assim se expressando: «Tenha-se em grande apreço na Igreja latina o órgão de tubos, instrumento musical tradicional e cujo som é capaz de dar às cerimónias do culto um esplendor extraordinário e elevar poderosamente o espírito para Deus.» (Constituição Apostólica Sacrosanctum Concilium artigo nº 120).

Etimologicamente, o termo órgão significa "o instrumento" por excelência, como conjunto/ composto/ organização dos sons, pelo que ao longo da história da música mereceu o epíteto de 'rei dos instrumentos', como também Mozart lhe chamava. Embora se tenha difundido a designação "órgão de tubos" para o distinguir dos seus imitadores eléctricos, esta designação é incorrecta pois constitui-se como redundância. (Seria o mesmo que dizer "piano de cordas"...) O tratamento dado pela organologia aos instrumentos respeita as suas características originárias e toda e qualquer imitação electrónica de um instrumento musical não pode ser elevada ao estatuto de instrumento musical.

Existem muitas variantes electrónicas do órgão. O órgão Hammond desenvolvido nos anos 30 pretendia inicialmente imitar o som do órgão de tubos, mas quando conseguiu desenvolver um timbre próprio, tornou-se objecto de culto durante muitos anos. O modelo B3 é um importante instrumento no jazz, sendo mesmo o instrumento central no soul-jazz.

Entre 1940 e 1970 foram desenvolvidos vários modelos de órgãos electrónicos destinados ao entretenimento caseiro. Tornando possível a uma só pessoa produzir caseiramente o som de um grupo de vários instrumentos, estes órgãos começaram a incluir padrões automáticos como ostinatos rítmicos, acompanhamentos diversos baseados nos acordes e leitores de fitas magnéticas.

Vocacionados à imitação dos timbres de outros instrumentos como o trompete e a marimba, esses órgãos afastaram-se para sempre do seu desígnio inicial de imitador do órgão de tubos para se tornarem sintetizadores de quaisquer outros instrumentos, sons ou ritmos, através de imitação do padrão das ondas sonoras destes.

Nos anos 60 e 70 um tipo de órgão electrónico portátil chamado “combo” tornou-se muito popular especialmente entre as bandas rock e pop dessa altura como os The Doors e os Iron Butterfly. Os mais populares eram fabricados pela Farfisa e pela Vox.

Pelo que as inovações tecnológicas que o órgãos sofreu a partir do momento que incorporou componentes electrónicas, desviaram o órgão da sua linha clássica, pois este deixou de ser um instrumento acústico e criaram uma diferenciação entre o chamado órgão electrónico e o orgão propriamente dito: o órgão de tubos.

Ainda assim, hoje em dia continuam a produzir-se para igrejas órgãos electrónicos imitadores do órgão de tubos. Estes órgãos por vezes chamados "electrónicos litúrgicos" pretendem ser réplicas electrónicas do seu antecessor acústico e mecânico que é órgão de tubos, mas têm falhado esse desígnio nas várias componentes: mecânica, acústica e estética.
 
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