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Meteorologia falha previsões de calor

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Meteorologia falha previsões de calor

CARLA AGUIAR
NATACHA CARDOSO


Clima.
A previsão de chuva intermitente até ao fim-de-semana veio relançar a desconfiança sobre as estimativas do Instituto de Meteorologia, que apontavam para um dos verões mais quentes e secos. Julho e Agosto baixam temperaturas

O ano começou com previsões meteorológicas algo dramáticas, a prometer um dos verões mais quentes e secos dos últimos anos. Ao invés, chuva e temperaturas cerca de um grau abaixo do normal marcaram alguns dias de Julho e ensombram Agosto, que depois de ontem e hoje, volta a ter chuva no fim-de-semana. O que falhou nas previsões?

O meteorologista Costa Alves não hesita em admitir que "as previsões meteorológicas de médio prazo ainda não estão tão evoluídas como gostaríamos". Por isso, sustenta que "talvez devesse ter havido maior prudência na exposição pública de um trabalho de investigação que fez uma previsão sazonal para um prazo mais longo que o habitual".

Em todo o caso, a previsão do Instituto Português de Meteorologia baseou-se no mesmo modelo do centro europeu de previsão de temperatura de médio prazo em que, por exemplo, o Reino Unido se baseou para prever um ano mais frio. Já a meterologista Ilda Simões, do Instituto de Meteorologia, lembra que aquela previsão, apresentada para Portugal, "tinha apenas uma probabilidade de certeza de 60%". Ilda Simões acrescentou que "quando se fala em médias não é só para um mês e é para o País inteiro, o que é sempre ingrato".

Mas o que se pode, desde já dizer, é que enquanto Junho teve temperaturas elevadas para a época, Julho foi pelo caminho contrário. Mesmo assim, Costa Alves lembra - "porque as pessoas se esquecem" - que no ano passado Julho foi não só mais fresco como mais húmido do que este ano.

"Porque temos presente a tendência do aquecimento global e tivemos quatro anos consecutivos entre 2003 e 2006, muito quentes, somos levados a associar esse fenómeno a uma tendência de aumento linear das temperaturas", explica o meteorologista e professor universitário. "Mas isto não é linear", conclui.

Quanto ao contributo da chuva de Verão para o desagravamento da seca, ambos os especialistas minimizam a relevância. "A seca tem a ver com o que não chove no inverno e não com o verão", diz Ilda Simões. Mas Costa Alves vê vantagens na manutenção de níveis elevados de humidade, que ajudam a prevenir os fogos florestais. Um relatório de Julho do IM dava conta de que 49% do território português ainda se encontrava em situação de seca e outro tanto em situação normal. |

DN
 
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