• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Aposentam-se por dia 63 funcionários públicos

Hdi

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 10, 2007
Mensagens
3,920
Gostos Recebidos
0
Administração pública. É uma inevitabilidade de qualquer administração envelhecida. Por cada dia que passou na primeira metade deste ano, 63 funcionários públicos passaram à reforma. É esta a principal porta de saída da função pública e o Governo tem-se esforçado por a manter bem aberta
No primeiro semestre deste ano, reformaram-se 11 610 funcionários públicos, o que corresponde a uma média de 63 trabalhadores por dia. Se este ritmo se mantiver, a administração pública perderá este ano cerca de 23 mil funcionários.

Em termos comparativos, regista-se uma ligeira descida homóloga, de 2,1%, mais fraca do que a verificada um ano antes (3,2%). Apesar disso, os dados oficiais publicados no boletim de execução orçamental dão conta de um inusitado aumento do número de novas aposentações em Junho. Foram 2679 os trabalhadores que, nesse mês, passaram à situação de reforma - o nível mais alto desde Fevereiro de 2006.

A esmagadora maioria (59%) dos novos reformados é oriunda da administração central. Os restantes vêm da administração local (12%), das forças militares e de segurança (9%) e da administração regional (5%).

Pressão sobre os serviços

A passagem à situação de reforma é a principal porta de saída de funcionários da administração pública. O envelhecimento dos recursos humanos da máquina do Estado (sobretudo em algumas áreas como a Segurança Social e a Justiça, por exemplo)

torna este fenómeno cada vez mais pesado. Actualmente, quase um terço dos funcionários têm mais de 50 anos e a situação é mais preocupante se restringirmos a avaliação aos serviços de atendimento ao cidadão.

Perante isto, os dirigentes públicos sentem-se pressionados a contratar novos trabalhadores. Porém, a necessidade de reduzir o défice do Estado impôs restrições: em média, os serviços apenas podem fazer uma contratação por cada duas aposentações. A habitual circular, que transmite aos vários organismos públicos as regras de elaboração do orçamento para o ano seguinte, publicada recentemente, manteve inalterada esta regra de contenção das admissões.

De resto, se alguns dirigentes e organismos públicos estão preocupados com a aposentação dos seus trabalhadores, este fluxo tem também as suas virtudes para o Governo, que fixou a ambiciosa meta de reduzir em 75 mil o universo de funcionários públicos. Não é por acaso que o Ministério das Finanças veio flexibilizar os requisitos da aposentação antecipada ao deixar cair a obrigatoriedade de um funcionário cumprir 36 anos de carreiras para se reformar antes da idade legal.

São precisamente as pensões antecipadas que explicam que o aumento gradual da idade legal de reforma não se tenha reflectido na idade efectiva em que os funcionários se reformam. Em 2007, esta permaneceu praticamente inalterada nos 59,5 anos e o tempo de serviço sofreu, inclusivamente, uma quebra.

DN Online
 
Topo