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Gaia - Caça à multa, Ambiente de desânimo entre os agentes da Policia Municipal

C.S.I.

GF Ouro
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Mil e duzentas viaturas rebocadas por ano, sete bloqueamentos e duas multas de trânsito por dia: eis os objectivos que os polícias municipais de Gaia têm de cumprir. Deles depende a sua avaliação e, consequentemente, futuras promoções.

A vocação da Polícia Municipal (PM), conforme estabelece a própria ficha de avaliação de desempenho, é a de "garantir a manutenção da tranquilidade pública e a segurança da comunidade local, mediante um policiamento de proximidade, prevenção e visibilidade". Todavia, metade desta avaliação depende de cinco itens: 1200 rebocamentos de viaturas e 30 fiscalizações a estabelecimentos por ano, sete bloqueamentos e duas multas de trânsito diárias, bem como a obrigação de 30% das autuações serem feitas na presença do infractor. A classificação obedece a três níveis: ‘Não Cumpriu’, ‘Cumpriu’ e ‘Superou’.

"Esta situação tem provocado grande desmoralização entre a maioria dos agentes, pois entendemos que o papel da polícia fica desvirtuado. Se é para passar multas, mais vale criar uma empresa municipal como a EMEL", disse ao CM um agente da PM.

Sinal evidente desta insatisfação é o facto de três quartos das quase cinco dezenas de efectivos pretenderem abandonar a corporação, candidatando-se a outras instituições e forças de segurança, com a ASAE à cabeça das preferências.

Para além desta avaliação, contam para classificação final as ‘competências comportamentais’ (40 por cento) e a ‘atitude pessoal’ (dez por cento). "Mas a verdade é que os outros dois parâmetros estão dependentes dos objectivos. Apenas o reforçam", constata a mesma fonte.

"Saímos com os olhos postos nas infracções e nem damos por situações a que podíamos acorrer em benefício das populações", acrescenta o mesmo agente.

Em contradição está a candura do discurso do comandante, Telmo Moreira, que, ainda recentemente, em entrevista ao semanário local ‘Gaiense’ afirmava: "O nosso trabalho não se restringe a passar multas. Todos os dias o nosso objectivo é passar o menos multas possível." Uma filosofia que o CM não pôde confirmar porque este responsável se encontra de férias fora do País.

PORMENORES

Avaliação

O desempenho dos agentes depende em 50 por cento do cumprimento dos objectivos. Ficam 40 por cento para as ‘competências comportamentais’ e 10 por cento para a ‘atitude pessoal’.

Autorizações

As acções de fiscalização a estabelecimentos têm de ser precedidas de autorização e indicações dos superiores hierárquicos. A estes cabe o poder discricionário de permitir ou não que se efectue a fiscalização.

Malvistos

A população revela desconfiança na actuação da Polícia Municipal de Vila Nova de Gaia.

CÂMARAS LUCRAM

As câmaras vão ganhar mais com as multas. Recentemente foi aprovado um decreto-lei determinando que a receita das coimas de contra-ordenação feitas pelas polícias municipais passe a reverter em 55 por cento para os municípios, face aos anteriores 30 por cento.

OBJECTIVOS SOBEM

Os objectivos a cumprir por cada agente têm vindo a tornar-se mais exigentes de ano para ano. Se em 2006, a avaliação do desempenho se ficava pelo aumento de percentagens relativamente ao ano anterior, em 2007, as coisas tornaram-se mais claras: passaram a ser necessárias quatro viaturas rebocadas por dia de trabalho, quatro bloqueamentos, quatro autuações por infracção ao código da estrada e vinte participações anuais referentes a fiscalizações dos regulamentos municipais. Para 2008, o comandante da Polícia Municipal e os Recursos Humanos da autarquia subiramafasquia:1200remoções anuais de viaturas, sete bloqueamentos por dia, duas autuações por infracção ao código da estrada e trinta participações anuais de fiscalização aos regulamentos municipais. Também a percentagem das "autuações elaboradas com contacto directo com o infractor" subiu de dez para trinta por cento.

AUMENTAM AS RECEITAS

Objectivos mais ambiciosos para os agentes traduzem-se em mais receitas. Em comparação com o primeiro trimestre de 2007, no mesmo período deste ano a autarquia duplicou as verbas recebidas com reboques e bloqueamentos, quantias que revertem integralmente para os seus cofres. Por outro lado, os serviços exercidos por agentes, pagos por particulares, também são um bom negócio, porque são considerados serviços de escala normal e o agente nada recebe a mais. n

José Guilherme Aguiar, vereador da Câmara Municipal de Gaia, responsável, entre outros pelouros, pela Protecção Civil, Polícia Municipal e Segurança

"E A BT? ANDA AOS GAMBOZINOS?"

Correio da Manhã –Por que razão é que a avaliação dos polícias municipais é feita com base no número de multas que passam?

José Guilherme Aguiar – Esse não é o único factor de avaliação. Há outros parâmetros, mas é óbvio que o trabalho de um polícia também tem de ser avaliado pelo número de multas que passa.

– Então o espírito é de caça à multa ?

–Não, a prova é que a maioria do patrulhamento é feito em locais em que o fluxo de trânsito é complicado, como o caso da avenida da República e o cais de Gaia. Aliás, digo-lhe ainda que 80 por cento da nossa actuação é direccionada para as notificações, autos e reboque de veículos abandonados na via pública.

– A avaliação é feita com base na quantidade de reboques, bloqueamentos e multas?

– E o que faz a BT, a controlar a velocidade e o álcool? Anda a caçar gambozinos? A Polícia Municipal não existe para salvar pessoas. Para isso, temos os bombeiros. Faz parte das suas competência legais a fiscalização do trânsito.

– Tem conhecimento de que esta situação esteja a causar insatisfação no seio da PM ?

–Pelo contrário. No primeiro ano em que foi constituída a PM havia até o descontentamento por os agentes não saberem quais os parâmetros. Agora, com esta definição quantitativa, sabem exactamente como são avaliados.

– Quem determina os quantitativos a atingir?

– É a directora dos recursos humanos, juntamente com o comandante da PM. Quanto a mim, a única intervenção que tenho na avaliação é no caso dos agentes que atingem o ‘muito bom’.


João Carlos Malta/Luís Lopes
 

Luis Portug@l

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Concluindo, a filosofia do Presidente da Câmara Municipal de Gaia (porque a PM depende dele ) é espremer , massacrar e sacar o máximo possível ao cidadão.

Tudo isto mete nojo
 

Lordelo

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Boas eu repeti esta noticia 2 minutos depois coloquei em regionais não a vi lá agora se acham que é nacional,fico sem saber o que é regional ou nacional as minhas desculpas.
 

Lordelo

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Após a notícia que denunciava a existência de objectivos quantitativos de bloqueamentos e reboques de automóveis para determinar a avaliação dos agentes da Polícia Municipal (PM) em Gaia, viveu-se ontem na corporação um ambiente de grande tensão entre os elementos da PM, na tentativa de saber de onde partiu a informação.

Tomar conhecimento sobre se a fonte de informação foi um agente, um técnico superior de polícia ou proveniente do sindicato, passou a constituir o novo intuito da hierarquia da Polícia.

Este ambiente teve repercussão, também, durante uma formatura após o almoço, onde foi dito aos agentes que "as horas extraordinárias estavam em risco de acabar", apresentando esta decisão como uma consequência da fuga de informação para os jornais.

O CM apurou que no seio da corporação, a denúncia da situação foi acolhida "com surpresa mas alívio". Isto porque, finalmente, foi revelada uma situação em que a maioria dos agentes vive com grande desconforto.

A questão dos objectivos numéricos é, aliás, tão vincada, que está muito bem definida a margem dos níveis de classificação do "não cumpriu", "cumpriu" e "superou". Nos reboques 1199 dá reprovação, entre 1200 e 1599, vale o cumprimento do objectivo e mais de 1600 a superação da meta.

«CM»
 

ricar

GF Prata
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anda tudo atraz do mesmo gitooooooooooooooo ,,massaaaaaaaaa,,,,
 

Satpa

GF Ouro
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Ultimato a agentes

Gaia: Carta de Guilherme Aguiar a funcionários da Polícia municipal

Ultimato a agentes


Os agentes e funcionários daPolíciaMunicipal (PM) de Gaia receberam ontem uma carta do vereador da Protecção Civil, José Guilherme Aguiar, para tal 'incumbido' pelo presidente Luís Filipe Menezes, informando que os agentes têm 48 horas para, estando descontentes, manifestarem o desejo de deixar o serviço na PM e indicarem para onde gostariam de ser transferidos.


'Caso não se sinta actualmente motivado para continuar a prestar serviço na Polícia Municipal [...], a Câmara está na disposição de promover de imediato, como é seu dever, a sua eventual mobilidade para um serviço municipal mais adequado ao seu interesse e perfis profissionais', reza a missiva apresentada sob o tema ‘Transferência de Serviço’.

Esta situação acontece dois dias depois de o CM ter publicado uma reportagem em que dá conta do descontentamento dos agentes pelo esvaziamento das suas funções como polícias municipais, sendo antes relegados para meros fiscais de trânsito obrigados a cumprir quantitativos de reboques e bloqueamento de viaturas.

Após os primeiros avisos, anteontem, durante uma formatura em que foi colocada a hipótese do fim das horas extraordinárias, a Câmara de Gaia ameaça agora transferir os descontentes, propondo-se a enviar os polícias para outros serviços da autarquia.

Na carta, Guilherme Aguiar justifica a decisão da Câmara com a 'preocupação permanente no que toca a todos aos seus colaboradores se sentirem profissionalmente motivados e e empenhados'.

SINDICATO DA PM CONFIRMA DESMOTIVAÇÃO

O Sindicato Nacional das Polícias Municipais (SNPM) reagiu ontem em comunicado, referindo-se ao caso da PM de Gaia, afirmando que 'não faz sentido a pressão que tais objectivos acarreta no exercício diário de funções, dado que qualquer agente, face a uma infracção, tem o dever legal de agir, independentemente de haver ou não objectivos'.

O SNPM defende ainda que, para além das suas funções de fiscalização, as Polícias Municipais também cooperam com as forças de segurança na manutenção da ordem pública. O sindicato exige uma carreira especial que iria 'resolver grande parte do descontentamento generalizado do efectivo das PM'.

Ainda segundo o mesmo comunicado, essa desmotivaçãot em sidoespecialmentenotória nos concursos de adm issão ao SEF, Finanças, Oficiais de Justiça e ASAE, ao ingresso das quais 'a maioria do efectivo de várias Polícias Municipais se candidatou'. Os sindicalistas pediram uma audiência ao vereador responsável pela PM, Guilherme Aguiar.


João Carlos Malta/Luís Lopes
 

Luis Portug@l

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Gaia: Carta de Guilherme Aguiar a funcionários da Polícia municipal

Ultimato a agentes


Os agentes e funcionários daPolíciaMunicipal (PM) de Gaia receberam ontem uma carta do vereador da Protecção Civil, José Guilherme Aguiar, para tal 'incumbido' pelo presidente Luís Filipe Menezes, informando que os agentes têm 48 horas para, estando descontentes, manifestarem o desejo de deixar o serviço na PM e indicarem para onde gostariam de ser transferidos.


'Caso não se sinta actualmente motivado para continuar a prestar serviço na Polícia Municipal [...], a Câmara está na disposição de promover de imediato, como é seu dever, a sua eventual mobilidade para um serviço municipal mais adequado ao seu interesse e perfis profissionais', reza a missiva apresentada sob o tema ‘Transferência de Serviço’.

Esta situação acontece dois dias depois de o CM ter publicado uma reportagem em que dá conta do descontentamento dos agentes pelo esvaziamento das suas funções como polícias municipais, sendo antes relegados para meros fiscais de trânsito obrigados a cumprir quantitativos de reboques e bloqueamento de viaturas.

Após os primeiros avisos, anteontem, durante uma formatura em que foi colocada a hipótese do fim das horas extraordinárias, a Câmara de Gaia ameaça agora transferir os descontentes, propondo-se a enviar os polícias para outros serviços da autarquia.

Na carta, Guilherme Aguiar justifica a decisão da Câmara com a 'preocupação permanente no que toca a todos aos seus colaboradores se sentirem profissionalmente motivados e e empenhados'.

SINDICATO DA PM CONFIRMA DESMOTIVAÇÃO

O Sindicato Nacional das Polícias Municipais (SNPM) reagiu ontem em comunicado, referindo-se ao caso da PM de Gaia, afirmando que 'não faz sentido a pressão que tais objectivos acarreta no exercício diário de funções, dado que qualquer agente, face a uma infracção, tem o dever legal de agir, independentemente de haver ou não objectivos'.

O SNPM defende ainda que, para além das suas funções de fiscalização, as Polícias Municipais também cooperam com as forças de segurança na manutenção da ordem pública. O sindicato exige uma carreira especial que iria 'resolver grande parte do descontentamento generalizado do efectivo das PM'.

Ainda segundo o mesmo comunicado, essa desmotivaçãot em sidoespecialmentenotória nos concursos de adm issão ao SEF, Finanças, Oficiais de Justiça e ASAE, ao ingresso das quais 'a maioria do efectivo de várias Polícias Municipais se candidatou'. Os sindicalistas pediram uma audiência ao vereador responsável pela PM, Guilherme Aguiar.


João Carlos Malta/Luís Lopes



A câmara em vez de pedir desculpa aos cidadãos

Passou a fase da chantagem.

As câmaras e os governos existem para promover o bem estar das populações e não para andar a perseguir e a extorquir-lhes dinheiro por tudo e por nada.

Num pais civilizado , ia essa cambada toda para a rua


Enfim Portugal no seu melhor, mas que pais mais triste.




A
 
T

TIN

Visitante

A câmara em vez de pedir desculpa aos cidadãos

Passou a fase da chantagem.

As câmaras e os governos existem para promover o bem estar das populações e não para andar a perseguir e a extorquir-lhes dinheiro por tudo e por nada.

Num pais civilizado , ia essa cambada toda para a rua


Enfim Portugal no seu melhor, mas que pais mais triste.




A

Nem mais,
É a triste realidade desta sociedade cada vez mais conspurcada...
Um abraço.
 
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