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Baleias-corcundas saíram da lista vermelha das espécies em risco de extinção

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Muitas espécies pequenas continuam em risco de desaparecer

Baleias-corcundas saíram da lista vermelha das espécies em risco de extinção


As baleias-corcundas, as autoras das mais complexas e longas canções, já não estão classificadas como “vulneráveis” na mais recente verão da Lista Vermelha das espécies em risco compilada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Passaram para a categoria das espécies cuja sobrevivência no planeta despertam menores perocupações.

A recuperação das populações de “Megaptera novaeangliae” — que fazem migrações anuais de 25.000 quilómetros, passando também pela zona do Açores — deve-se à proibição da sua caça, sublinha um comunicado de imprensa da UICN, uma organização internacional dedicada à conservação da natureza.

“As baleias-corcunda e as baleias -francas [Eubalaena australis] estão a recuperar na maior parte das zonas onde vivem porque têm estado protegidas da caça comercial”, disse Randall Reeves, secretário do Grupo dos Cetátecos da Comissão de Sobrevivência das Espécies da UICN, citado num comunicado desta organização.

Esta boa notícia deve acarretar o reforço de más notícias para as baleias e para os que defendem a sua conservação: pode reforçar o argumento de que é já seguro aliviar a interdição da caça a algumas espécies, que vigora desde 1986.

O Japão, em especial, tem pressionado a Comissão Baleeira Internacional para que lhe seja permitido abater algumas baleias-corcundas. Esta posição levou a comissão à paralisia, com as nações baleeiras a ameaçar abandonar este organismo internacional se a moratória sobre a caça não for aligeirada, e muitas nações que não querem caçar estes grandes mamíferos a recusarem-se terminantemente a fazê-lo, com destaque para a Austrália e os Estados Unidos.

A guerra vai continuar: a recuperação das baleia-corcundas “é uma grande história de sucesso da conservação da natureza, e mostra claramente o que é preciso fazer para garantir a sobrevivência destes gigantes dos oceanos”, comentou Randall Reeves.

E agora as más notícias
Mas nem tudo são boas notícias. Muitas outras espécies de cetáceos, em especial as mais pequenas, continuam em risco, ou então a sua situação deteriorou-se ainda mais. A baleia-azul (Balaenoptera musculus, o maior animal da Terra), a baleia-comum (Balaenoptera physalus) e a baleia-sardinheira (Balaenoptera borealis) continuam todas na lista das espécies em risco.

Choques com navios, enredamento em redes e outras artes de pesca, deterioração do habitat, declínio das espécies que fazem parte da sua alimentação e poluição sonora são algumas causas para a diminuição do número de cetáceos nos oceanos e rios.

Pequenas espécies de cetáceos, como o golfinho de Irrawaddy, ou a franciscana da América do Sul (Pontoporia blainvillei) estão listadas como estando em perigo. A vaquita (Phocoena sinus) do Golfo da Califórnia (México) é, provavelmente, o próximo cetáceo que vai desaparecer da face da Terra, diz o relatório da UICN.


12.08.2008 - 21h05 Clara Barata
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