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Vizinhos mortos à porta de casa

Lordelo

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A mulher, de 85 anos, costumava aproveitar as manhãs para caminhar com a ajuda de um andarilho. Ontem, pelas 09h25, encontrou um vizinho, de 64 anos, e estavam a conversar quando aconteceu a tragédia: foram atropelados por um carro ligeiro de mercadorias e morreram.

Maria do Rosário Ribeiro e Isidro de Jesus Vieira residiam em Casal Duro, Porto de Mós, e estavam à porta de casa quando foram colhidos pelo veículo, conduzido por Joana Marques, de 20 anos, uma vendedora de bebidas residente em Mira de Aire.

Os dois idosos foram atingidos com violência pela zona do farol esquerdo e do pára-brisas do ligeiro de mercadorias, projectados para a berma e morreram logo de seguida. Os bombeiros de Mira de Aire e a equipa médica do INEM ainda tentaram a reanimação, mas os seus esforços foram infrutíferos. Foi accionado de imediato o apoio para os familiares das vítimas, tendo dois psicólogos chegado antes dos corpos serem removidos. A condutora, que ficou muito abalada com o acidente, disse que os idosos estavam "no meio da estrada e com o impacto da colisão foram projectados para a berma".

Os familiares das vítimas negam que eles estivessem a atravessar a estrada. "Estavam a conversar na berma, como era habitual", contou Manuel Inácio da Luz, marido de Maria do Rosário Ribeiro, que se encontrava em Porto de Mós na altura do acidente. "Quando cheguei já ela tinha morrido e estavam de volta do meu vizinho", disse o viúvo.

"É HORRÍVEL, SEI QUE OS MATEI"

"É horrível, porque sei que os matei e estou sempre a lembrar--me do embate e das pessoas estendidas no chão", contou Joana Marques, a condutora do ligeiro de mercadorias, ainda no local do acidente. Entre lágrimas, a jovem explicou que saiu logo do carro e foi à casa mais próxima pedir para ligarem para o 112, pois o seu telemóvel estava sem rede. Não há testemunhas do atropelamento, estando as causas do acidente a ser apuradas pelo Núcleo de Investigação Criminal da Brigada de Trânsito da GNR de Leiria, que esteve a recolher os vestígios deixados na estrada municipal. Os funerais dos dois vizinhos, ambos casados e com filhos, serão os primeiros a realizar-se na nova Casa Mortuária de Casal Duro, benzida há duas semanas pelo pároco. "Quem diria que tão depressa ia haver dois mortos para enterrar", lamenta Manuel Inácio da Luz, recordando que Isidro foi uma das pessoas que "mais ajudou a fazer a casa mortuária".

«CM»
 
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