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A festa celta em Montalegre

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A festa celta em Montalegre

Celtirock, na quinta edição, apresenta em cartaz Gaiteiros de Pitões, Hyubris, Zamburiel e Anxoblas


RUI BRANCO

A aldeia de Vilar de Perdizes, em Montalegre, recebe, este fim-de-semana, a quinta ediçlão do Festival Celtirock. Um certame cuja única preocupação não é só a música, mas, acima de tudo, mostrar as belezas da terra a quem vai de fora.

Vilar de Perdizes entra-nos em casa anualmente através das televisões e dos média em geral por causa do congresso de medicina popular promovido pelo padre Fontes.

A aldeia, no entanto, tem outras preocupações culturais e, por isso mesmo, a Associação Invensons avança para a quinta edição do Festival Celtirock, que se realiza hoje e amanhã.

Para além dos concertos, haverá muita animação na rua, realizam-se jogos tradicionais e visitas guidas ao património da aldeia.

O certame arranca hoje,às 14 horas, com a abertura de barraquinhas que vendem produtos biológicos, locais e de outros lugares.

Segue-se uma visita guiada ao Paço, Forno do Povo e Altar da Penascrita, para depois se poder assistir a animação de rua variada e a jogos populares.

Acontecimento em Vilar de Perdizes sem a presença do padre Fontes não fazia sentido. Por isso mesmo o pároco fará a declamação do "Esconjuro da Queimada", seguida da prova da magnífica poção mágica, que cura todos os males, desde embruxamentos e maus-olhados a constipações. Quem já provou diz que é bem melhor do que a dos gauleses de Astérix...

Os concertos realizam-se todos esta noite.A partir das 20.30, depois das animações com fogo, os Gaiteiros de Pitões tocam os primeiros acordes. Este grupo, composto por 15 elementos, existe desde 1998 e na sua música usa gaitas tradicionais, bombo, caixas e pandeiretas de madeira e pele.Toca música popular portuguesa, passacorredoiras e muiñeiras.

Por volta das 21 horas será a vez de actuarem os Anxoblas. Este colectivo galego tem uma sonoridade muita próxima do minimalismo, com claras influências de compositores como Michael Nyman e Wim Mertens.

De Madrid chegam os Zamburiel, cerca de uma hora mais tarde. Esta formação existe há quatro anos e mistura elementos folk com canções pop. Faz igualmente arranjos de temas tradicionais, adaptando sonoridades da Irlanda, Escócia, Galiza e Castela.

Finalmente, por volta da meia-noite, acontece o derradeiro concerto da edição deste ano, com a actuação dos Hyubris. Há 10 anos, esta banda portuguesa começou por chamar-se Lupakajojo, adoptando a actual denominação em 2001, que significa "desafio dos deuses". Na sua música destaca-se a qualidade da voz suave de Filipa Mota em contraponto com os ritmos fortes que caracterizam esta formação.

Amanhã, à mesma hora, nova visita guiada, desta feita aos frescos da Srª das Neves, Forno do Sameiro e adegas tradicionais.

Repetem-se as animações de rua e os jogos populares.

Mas este último dia vai ser marcado por uma componente audiovisual. Às 21 horas, será exibido o documentário "L'horloge du village", de Philippe Costantini, um retrato de Vilar de Perdizes em 1989.Aqui se vê o isolamento da aldeia e a sua forma de vida ancestral. Este é o último tomo de uma trilogia de Costantini sobre Vilar de Perdizes, depois de "Terra de Abril" e "Les cousins d'Amérique".

A anteceder o encerramento do festival terá lugar uma projecção multimédia com uma retrospectiva do que foi o Celtirock do ano passado. O destaque foi para os concertos, naturalmente, sem no entanto deixar de realçar todo o ambiente que rodeia esta festa de celtas com características únicas no país.

Para um fim-de-semana bem passado fazemos uma derradeira recomendação: a gastronomia local .


JN
 
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