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Navio do GreenPeace em Portugal

Mr.T @

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Sabiam que podem visitar o Arctic Sunrise ? É uma oportunidade única para conhecer o Navio da Greenpeace entre os dias 21 e 23 de Agosto.

O horário da visita e o mapa do local estão em:

Navio da Greenpeace chega a Lisboa! Vem conhecê-lo

Quem não puder ir pode seguir os últimos acontecimentos no blogue:

Marés Vivas

Se quiserem podem divulgar esta notícia junto dos vossos amigos, colocar em blogues, páginas hi5 ou fóruns de debate.

Abraço Mr.T @ :espi28:
 

Grunge

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Navio da Greenpeace chega a Lisboa quinta-feira

Navio da Greenpeace chega a Lisboa quinta-feira

Um dos três navios da Greenpeace, o quebra-gelo Artic Sunrise, chega a Lisboa quinta-feira, ao cais de Alcântara, depois de três meses no Mediterrâneo a denunciar actividades destrutivas e a documentar as áreas marinhas que necessitam de protecção.

A paragem do navio em águas portuguesas tem como objectivo divulgar a campanha de mercado de peixe da Greenpeace, que tem como objectivo diminuir a comercialização no mercado nacional de espécies consideradas em vias de extinção, como o salmão, o bacalhau ou o espadarte, e ajudar a salvar os oceanos.

Antes de se juntar à frota da Greenpeace, em 1995, o Arctic Sunrise era um navio utilizado na caça às focas baptizado com o nome de Polar Bjorn, e chegou mesmo a ser confrontado por activistas da Greenpeace quando fazia a entrega de equipamentos para a construção de uma pista de aterragem dentro de uma reserva de pinguins na Antárctica, que se destinava à exploração de petróleo e de reservas minerais pelo governo francês.

A primeira campanha do Arctic Sunrise, já nas mãos da Greenpeace, foi uma acção para acabar com o descarte de instalações petrolíferas no mar. Foram lançados ao mar vários activistas que ocuparam a reserva de petróleo Brent Spar, localizada no Mar do Norte, para evitar que fosse afundada uma instalação com 14.500 toneladas.

O Arctic Sunrise tem participado em muitas outras campanhas da Greenpeace, entre as quais uma investigação à poluição de plataformas de petróleo no Mar do Norte, perseguições de embarcações piratas que pescavam ilegalmente no Oceano Índico, confrontos com poluidores no Mediterrâneo.

No último Outono, no oceano Antárctico, o Arctic Sunrise chegou a ser atacado e danificado pelo navio-fábrica da frota baleeira japonesa, o Nisshin Maru.




lusa
 

xicca

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Greenpeace: Navio Artict Sunrise mostra em Lisboa três meses de histórias

Greenpeace: Navio Artict Sunrise mostra em Lisboa três meses de histórias em busca de barcos ilegais


O capitão do Artic Sunrise acaba de pôr os olhos em terra. Parece uma maré viva de histórias a atracar em Lisboa. O navio da Greenpeace vem marcado por três meses de alto mar em busca dos barcos de pesca ilegal.

A serenidade do homem dos olhos azuis que manda na embarcação tem o peso do cansaço de uma vida a bordo, onde se trabalha 24 horas por dia. No Arctic Sunrise, voluntários e activistas, dos 20 aos 60 anos, fazem turnos para manter as máquinas a trabalhar e vigiar os mares que querem salvar.

Nos últimos três meses o quebra-gelo Arctic Sunrise navegou pelos mares do Mediterrâneo a procurar barcos de pesca ilegal, a convencer governos a criar reservas marinhas e a alertar os vendedores e consumidores para o aumento das espécies piscícolas em vias de extinção.

A Lusa acompanhou os últimos três dias desta missão, que terminou quinta-feira com o atracar do navio no cais de Alcântara, em Lisboa, provocando em alguns membros da tripulação um misto de alegria e tristeza pelo adeus ao mar e pelo regresso a casa por mais uma temporada.

Os olhos do capitão misturam-se com o mar. Levou a cabo mais uma missão, marcada na pele queimada pelo sol. Precisa de se esforçar para contar os anos de vida que já navegou. "Na Greenpeace estou, talvez, há 10 anos, mas ando no mar pelo menos desde os meus 16", diz Peter Bouket, de 58 anos.

É um dos seis capitães da Greenpeace e já comandou todos os três navios da organização, mas mostra a sua preferência pelo quebra-gelo Arctic Sunrise. O Esperanza, diz, é "grande demais" e o Rainbow Warrior não é o seu "género".

Ao contrário do resto da tripulação, que acumula diferentes tarefas, o trabalho do comandante cinge-se à navegação, cabendo-lhe também a decisão de interromper o curso do navio quando encontra pelo caminho alguma pesca ilegal ou uma espécie em apuros que possa ajudar a salvar.

Às vezes são eles que precisam de ser salvos. O corpo franzino e a estatura média de Texas Joe, o operador de rádio do navio, não denunciam as aventuras que já viveu a bordo dos navios da Greenpeace, nem a dezena de vezes que foi preso em acções da organização.

Em Outono passado, no Antárctico, quando o Arctic Sunrise foi deliberadamente atacado por um navio da frota baleeira japonesa duas vezes maior e seis vezes mais pesado, danificando o navio da Greenpeace, Texas Joe teve de ser transportado para o hospital, embora sem ferimentos graves.

"Eu estava no insuflável [um dos quatro botes do navio da Greenpeace] que colocámos junto à baleia para evitar que fosse atingida quando os japoneses, inesperadamente, porque nunca o tinham feito antes, decidiram lançar o arpão e eu fui atingido. Ainda caí, mas agarrei-me à corda do arpão e tive sorte, porque só se rasgou o meu colete salva-vidas", conta, baixando os olhos ao lembrar que a baleia acabou por morrer.

Este operador de rádio do Canadá não esconde o medo das detenções ou de ser ferido numa missão, mas diz que todas essas emoções são ultrapassadas pela convicção que tem na missão da Greenpeace em travar a destruição do ambiente.

"Temos de desobedecer às regras em algumas situações. Se ninguém o fizer tudo vai continuar na mesma. É claro que tenho receio do que me pode acontecer, especialmente desde que fui pai pela primeira vez há ano e meio. Mas alguém tem de zelar pelo futuro das próximas gerações", conta este tripulante de 33 anos.

Na missão para salvar os oceanos, o navio da Greenpeace recebeu a bordo mais de 20 activistas e voluntários de 15 nacionalidades diferentes, entre as quais do Líbano, Chile, Argentina, Turquia, Brasil, Canadá e de vários países da Europa.

No navio, as rotinas diárias têm horas fixas: pequeno-almoço entre as sete e as oito, almoço entre o meio-dia e a uma e jantar entre as seis e as sete, sendo sempre as refeições seguidas de uma hora para as limpezas.

Os alimentos que entram no navio têm origem biológica ou, não havendo esta alternativa nos portos onde atraca, são comprados em pequenos mercados locais, mas nunca nos supermercados.

O peixe é proibido a bordo, embora alguns activistas o comam nas suas casas, e a separação do lixo para reciclagem é rigorosa, desde a orgânica (restos de alimentos), ao metal, vidro e papel, chegando ao pormenor de se separar o pequeno papel que segura um pacote de chá.

Todos os tripulantes ficam no mar apenas três meses, findos os quais têm de aguardar igual período para poder voltar a embarcar neste ou noutro dos três navios da organização.

Os voluntários da Greenpeace, que ao contrário dos activistas não têm qualquer vínculo contratual, receiam sempre não voltar a embarcar por causa da quantidade de pedidos que chegam de todas as partes do mundo.

O Arctic Sunshine fica agora até meados de Setembro em Lisboa. Até domingo pode ser visitado pelo público em Alcântara, seguindo depois para reparação de rotina para preparar nova viagem, desta vez rumo ao Brasil e ao Congo (África), onde vai continuar a luta da organização contra o corte ilegal de madeira.


Lusa/fim
 
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