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Morte de espécies de anfíbios pelo mundo é um sinal de desastre ambiental

xicca

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Extinção em massa
Morte de espécies de anfíbios pelo mundo é um sinal de desastre ambiental


Os anfíbios resistiram bravamente às últimas extinções em massa que assolaram a Terra, mas talvez não sejam poupados na próxima, que já pode ter começado. A ameaça vem de um fungo aquático, que já exterminou mais de 200 espécies.

Segundo estudo feito por David Wake e Vance Vredenburg, do Museu de Zoologia Vertebrada da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, as taxas de extinção de anfíbios subiram a níveis nunca vistos, em um sinal inequívoco de que há algo errado.

O estudo, publicado esta semana no site Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), destaca que a maior culpa do extermínio é das mudanças climáticas, do desflorestamento e de uma doença mortal que tem pulado de uma espécie a outra.

Os autores questionam se a Terra estaria no início de sua sexta extinção em massa e apontam que os anfíbios fornecem uma resposta clara. Pelo menos um terço dos mais de 6,3 mil espécies de anfíbios no mundo está ameaçado.


-Não há dúvida que estamos em uma extinção em massa neste momento. Os anfíbios vivem na Terra há 250 milhões de anos. Eles conseguiram se perpetuar enquanto os dinossauros não. Mas agora os anfíbios parecem estar sendo eliminados.

Os cientistas explicam que é normal que espécies apareçam, enquanto outras desaparecem. Mas os casos de mortandade elevada têm peso maior do que o surgimento de novas espécies. Daí, tem-se um desequilíbrio.

Diversos fatores têm sido apontados como causadores de mudanças profundas nas populações de anfíbios, mas o artigo destaca uma doença infecciosa emergente, a quitridiomicose, como diretamente responsável pelo fim de mais de 200 espécies. Nenhuma outra doença representa uma ameaça tão grande à biodiversidade.

O problema é causado por um fungo aquático de origem desconhecida, o primeiro do tipo a atingir invertebrados e, no caso, apenas anfíbios. Segundo os autores do estudo, entender a ecologia da quitridiomicose ajudará não apenas aos anfíbios, mas também aos humanos, uma vez que ainda não se sabe se o patógeno poderá atingir outras espécies.

Os pesquisadores acreditam que esta extinção emergente é diferente das demais.

- Meu sentimento é que por trás destas mortes está a mão pesada do Homo sapiens - disse Wake.

Um exemplo de espécie ameaçada é o sapo-de-perna-amarela de Sierra Nevada, que foi identificada com quitridiomicose em 2001. Nos anos seguintes, foram registrados casos de enorme mortandade e de colapso de populações da espécie.

De acordo com os autores, ainda não se sabe como o fungo, que é surpreendentemente virulento, provoca a morte.

- É preciso entender o que está matando esses animais. Essa doença é um exemplo notável de um patógeno que pula fronteiras e causa destruição - Vredenburg.



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Grunge

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Mais de 50% dos anfíbios da Europa em risco de desaparecer

Mais de 50% dos anfíbios da Europa em risco de desaparecer

Mais da metade dos anfíbios da Europa pode estar extinta até 2050, alertou uma equipa de investigadores na Grã-Bretanha.

Alterações climáticas, destruição do habitat e doenças são os principais factores que ameaçam a sobrevivência das espécies a longo prazo, acrescentaram.

Segundo os cientistas da Sociedade Zoológica de Londres (ZSL), os animais em Itália e da Península Ibérica são os mais expostos ao risco.

Uma recente avaliação global constatou que um terço de todos os anfíbios estão ameaçados de desaparecer da superfície do planeta.

O naturalista britânico David Attenborough destacou o papel dos anfíbios no ambiente, dizendo que «desempenham um papel-chave» no funcionamento de vários ecossistemas.

Ao anunciar os resultados da pesquisa, o investigador da ZSL Trent Garner afirmou que o clima provavelmente terá um impacto acentuado nas condições necessárias para a sobrevivência dos animais.

Segundo Garner, as projecções já feitas «mostram que as alterações climáticas alteram os habitats dos anfíbios». «Estimamos que um grande número de espécies enfrente a perda do habitat, chegando à extinção», frisou.

Garner acrescentou que espécies em Itália, Península Ibérica e na região do Mediterrâneo vão enfrentar o pior das mudanças de clima, mas anfíbios em todas as partes da Europa serão afectados. Assim como a ameaça do clima, os investigadores advertiram que duas doenças infecciosas - um fungo chytrid e o ranavirus - também são uma grave ameaça para a sobrevivência dos animais a longo prazo.





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Grunge

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Até 2050 podem desaparecer 50% dos anfíbios existentes no continente europeu

Até 2050 podem desaparecer 50% dos anfíbios existentes no continente europeu

Esta possibilidade é levantada num estudo levado a efeito pela Zoological Society of London (ZSL) e que foi publicamente divulgado, no fim do passado mês, no site da organização.

Segundo este estudo, as zonas onde as mudanças se prevêem mais severas são a Costa Mediterrânica e a Península Ibérica mas, um pouco por todo o continente, a diminuição do número de animais ou mesmo a extinção de algumas espécies não é posta de parte.

Na Europa, a maior ameaça aos anfíbios são as alterações climáticas e algumas doenças próprias destes animais e que podem dizimar grandes comunidades em pouco tempo.

Esta situação não é exclusiva da Europa. Um pouco por todo planeta são lançados alertas para o estudo e protecção de muitas espécies que só podem ser encontradas em ecossistemas muito recônditos e que, todos os dias, sofrem os efeitos da desmatação das florestas e da contaminação das linhas de água e charcos onde os anfíbios vivem.

Já na Austrália, para além da soma destes factores, acresce a verdadeira praga de sapos venenosos que se tem estendido ao longo de todo o território, por um lado alimentando-se das espécies autóctones de pequena dimensão, por outro, envenenando e levando à morte todos os animais que deles se alimentam, incluindo crocodilos e serpentes venenosas.

Depois de, no início do ano, ter sido a dado o alerta sobre a grave situação dos anfíbios nas florestas tropicais pela Tropical Rainforest Conservation, vem agora esta prestigiada instituição britânica alertar para o que se pode esperar na Europa até meados deste século, e as notícias não são nada animadoras.

Desde o início dos anos oitenta do século passado que, sistematicamente, têm vindo a ser lançados alertas a nível global e, até agora, nada parece ter conseguido parar o desaparecimento de anfíbios a nível mundial.

Neste, que foi considerado o Ano Internacional da Rã, a ZSL vai realizar um encontro em Londres, nos dias 20 e 21 de Novembro entre as 9h00 e as 17h00, com muitos dos grandes especialista mundiais, para debater estes e outros temas e tentar encontrar soluções concertadas pata protecção dos anfíbios.

A organização deste evento ficou a cargo de Lesley Dickie (EAZA & Amphibian Ark), Kevin Zippel (Amphibian Ark) e de Jenny Pramuk (WCS)






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