Súbito agravamento do estado do mar
A Somague, empresa encarregue da obra de construção dos molhes do Douro, onde 18 trabalhadores tiveram de ser resgatados por helicópteros, atribuiu ontem o incidente a um 'súbito agravamento', do estado do mar.
Segundo explica a construtora, em comunicado, as previsões das entidades competentes, nomeadamente do Instituto Hidrográfico, apontavam para um agravamento da agitação marítima junto à costa Norte do País a partir da noite e madrugada de segunda para terça.
Contudo, e 'contrariando as previsões, o referido agravamento ocorreu a partir das 16h00 de segunda-feira, coincidindo com a preia-mar, originando esta coincidência de condições de mar extremas', que motivaram que a equipa 'ficasse isolada e retida na cabeça do molhe',
Dada a 'impossibilidade de evacuação por via marítima', a Somague diz terem sido dadas aos trabalhadores 'instruções', para se refugiarem no cimo do farol e ali aguardarem o resgate por via aérea.
Segundo salienta, nenhum dos trabalhadores chegou a correr 'efectivo risco de vida', e 'todos souberam, perante condições de tempo assustadoras, manter a serenidade e um sangue frio que cumpre salientar',
Destacando o 'orgulho', pela atitude dos funcionários, a construtora agradece a 'todas as autoridades envolvidas', desde a Capitania do Porto do Douro à Protecção Civil, Marinha, Força Aérea Portuguesa, PSP e Instituto de Socorros a Náufragos.
Conforme refere a Somague no comunicado, todas estas entidades, 'em estreita colaboração com os responsáveis da obra e com enorme profissionalismo, competência e coragem, muito contribuíram para a resolução da ocorrência',
Molhe do Douro. Agravamento do estado do mar na origem do incidente
Fonte: O Primeiro de Janeiro