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Autores portugueses no Centro Português de Fotografia

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Autores portugueses no Centro Português de Fotografia
Dois olhares fotográficos para assinalar Dia Mundial


ISABEL PEIXOTO
Duas mostras de autores portugueses são, esta terça-feira, inauguradas no Centro Português de Fotografia, no Porto. "De um chão nosso" e "Viagens" são as propostas da instituição para assinalar o Dia Mundial da Fotografia.

"Viagens" é constituída por 42 imagens a preto e branco captadas por Manuel Araújo, técnico superior de fotografia no Arquivo Histórico do Porto e docente na Escola Artística e Profissional Árvore. Das duas exposições, esta é a que apresenta um carácter mais lúdico, visto que reúne um conjunto de realidades que despertaram a atenção do autor em diversas viagens que fez, entre 1999 e 2000.

As catedrais rupestres da Capadócia, a mesquita azul de Istambul, as ruínas de Éfeso e o Museu das Civilizações da Anatólia, em Ancara, são alguns dos elementos fotografados por Manuel Araújo na Turquia. Da Grécia, o autor mostra, por exemplo, imagens de Tessalónica e do monte Olimpo, enquanto de Paris se destacam o Louvre, a zona de La Défense, ou o Centro Pompidou. Alemanha, Áustria e República Checa são outros países que o autor fotografou nestas suas viagens. A mostra está patente até ao dia 14 de Setembro.

Para ver até 4 de Novembro é a exposição "De um chão nosso", da autoria do arquitecto Mário João Mesquita, que contou para este trabalho com a colaboração de Sónia Pinto Basto. Tendo como tema único o Douro vinhateiro (classificado como Património Mundial da UNESCO), o autor explora aqui não o ângulo que mais é dado a conhecer da região, ou seja, os vinhedos e as vindimas, mas a realidade fria da desertificação.

Num conjunto de 80 imagens captadas durante o ano passado, são dados a conhecer sítios e edifícios da designada arquitectura rural, numa espécie de reverso da medalha face às tradicionais imagens dos socalcos da região, habitualmente usadas em campanhas promocionais. Nesta abordagem documental, as povoações aparecem praticamente desertas. Em jeito de contraponto, o elemento humano surge nas fotografias de Sónia Pinto Basto.

Mário João Mesquita visitou um conjunto muito abrangente de aldeias que, embora dispersas pelo vasto Douro, formam entre si uma rede com significado e conteúdo de uma mesma identidade. Segundo o autor, este trabalho "pretende registar e fixar em suporte fotográfico sítios, percursos, edifícios e conjuntos edificados mais ou menos anónimos, mais ou menos chãos, descendo à escala dos materiais e dos pormenores, contribuindo para a valorização dos contextos das comunidades em torno do vale do Douro".

Mesão Frio, Vila Real, Santa Marta de Penaguião, Peso da Régua, Sabrosa, Alijó, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Murça, Mirandela, Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Meda, S. João da Pesqueira, Tabuaço, Armamar, Lamego e Resende são os concelhos que Mário João Mesquita dá a conhecer nesta outra face do Douro vinhateiro.

A inauguração de "Viagens" e "De um chão nosso" está marcada para logo, às 19 horas.

A partir de 22 de Novembro, o Centro Português de Fotografia proporciona ao público a sua grande aposta de final de ano, com a exibição da mostra "Livro vermelho da fotografia chinesa", da autoria do fotojornalista Li Zhensheng. Inaugurada em 2003, a exposição já foi vista em vários países da Europa e também no México e nos Estados Unidos.

"Livro vermelho da fotografia chinesa" é o resultado de uma reportagem clandestina sobre a revolução cultural chinesa, que o autor apresenta em cinco períodos distintos. A mostra pode ser vista até Março próximo e vai ocupar cinco salas.


JN
 
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