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Ministros português e brasileiro da Cultura acertam política comum
Os ministros da Cultura de Portugal e do Brasil reuniram-se hoje, em Brasília, para acertar projectos para o desenvolvimento de uma política comum da cultura baseada na Língua Portuguesa.
"Queremos criar práticas e políticas culturais que nos aproximem daquilo que cada um de nós é, que facilitem o nosso conhecimento, a nossa relação, a nossa expansão, partindo do desenvolvimento da língua enquanto instrumento de liberdade e de expressão e instrumento de identidade", disse à agência Lusa o ministro português.
Na avaliação de José António Pinto Ribeiro, uma política de articulação causa "maior impacto e melhor efeito".
"Eu farei tudo o que puder politicamente para que nós consigamos aprofundar o conhecimento da Língua Portuguesa e a sua divulgação enquanto língua de instrução, de comércio, de contacto, de relação, de identidade e de expressão", sublinhou.
Questionado, entretanto, sobre as resistências que existem em Portugal em relação ao Acordo Ortográfico, o ministro disse que este movimento não é tão forte.
"Há resistências de algumas pessoas, e não são muitas, que têm uma relação emocional, clássica, física e sensorial com a Língua. Mas ninguém será abatido, preso ou punido se não aderir às novas normas. O Acordo é uma simplificação da Língua", assinalou.
Pinto Ribeiro lembrou que em Portugal a palavra "mãe" foi escrita com 'e' até 1931, desta data até 1946, a grafia passou a ser com 'i', voltando depois a palavra a ser escrita com 'e'.
"E a mãe era sempre a mesma. Não mudou. Se nós queremos ter um instrumento de política comum de toda Língua Portuguesa nas organizações internacionais, nas relações com outros países como segunda língua, temos que ter uma escrita comum", explicou.
Na avaliação do ministro português, o Acordo Ortográfico fortalece a cooperação entre os países de Língua Portuguesa e também beneficia as diásporas na manutenção e conservação da sua identidade.
"Neste momento, nós percebemos não só que o Brasil é muito maior, mais importante, mais rico e mais poderoso do que nós mas que, independentemente das dimensões e dos tamanhos, somos, todos os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, iguais", destacou.
Nesta perspectiva, Pinto Ribeiro defendeu uma política concertada em que "se evite a redundância e se obtenha uma grande eficácia na actuação".
Quanto à nova política do governo português para o património, o ministro instou as empresas lusas instaladas no Brasil a participarem no projecto.
A proposta inspira-se em soluções adoptadas em outros países europeus que cobram uma taxa sobre todas as empreitadas de obras públicas, montante que se destina ao restauro do património classificado.
"Como não há uma conjuntura económica favorável em Portugal para o lançamento de uma taxa, pensamos ser possível pedir aos empresários que, voluntariamente, entreguem esses valores em obras, usando os seus recursos já instalados, para fazer o restauro do património imobiliário", explicou.
Pinto Ribeiro disse que, ao mesmo tempo, o governo pretende recuperar o património não material, a memória e investir na digitalização de livros.
"As empresas portuguesas instaladas no Brasil que quiserem colaborar serão muito bem-vindas", salientou.
Após o encontro com o novo ministro da Cultura do Brasil, Juca Ferreira, Pinto Ribeiro retornou ao Rio de Janeiro, onde passava férias.
O ministro interrompeu as férias para atender a um pedido de Juca Ferreira, que propôs o encontro em Brasília, visando discutir políticas comuns para o fortalecimento da Língua Portuguesa.
lusa
Os ministros da Cultura de Portugal e do Brasil reuniram-se hoje, em Brasília, para acertar projectos para o desenvolvimento de uma política comum da cultura baseada na Língua Portuguesa.
"Queremos criar práticas e políticas culturais que nos aproximem daquilo que cada um de nós é, que facilitem o nosso conhecimento, a nossa relação, a nossa expansão, partindo do desenvolvimento da língua enquanto instrumento de liberdade e de expressão e instrumento de identidade", disse à agência Lusa o ministro português.
Na avaliação de José António Pinto Ribeiro, uma política de articulação causa "maior impacto e melhor efeito".
"Eu farei tudo o que puder politicamente para que nós consigamos aprofundar o conhecimento da Língua Portuguesa e a sua divulgação enquanto língua de instrução, de comércio, de contacto, de relação, de identidade e de expressão", sublinhou.
Questionado, entretanto, sobre as resistências que existem em Portugal em relação ao Acordo Ortográfico, o ministro disse que este movimento não é tão forte.
"Há resistências de algumas pessoas, e não são muitas, que têm uma relação emocional, clássica, física e sensorial com a Língua. Mas ninguém será abatido, preso ou punido se não aderir às novas normas. O Acordo é uma simplificação da Língua", assinalou.
Pinto Ribeiro lembrou que em Portugal a palavra "mãe" foi escrita com 'e' até 1931, desta data até 1946, a grafia passou a ser com 'i', voltando depois a palavra a ser escrita com 'e'.
"E a mãe era sempre a mesma. Não mudou. Se nós queremos ter um instrumento de política comum de toda Língua Portuguesa nas organizações internacionais, nas relações com outros países como segunda língua, temos que ter uma escrita comum", explicou.
Na avaliação do ministro português, o Acordo Ortográfico fortalece a cooperação entre os países de Língua Portuguesa e também beneficia as diásporas na manutenção e conservação da sua identidade.
"Neste momento, nós percebemos não só que o Brasil é muito maior, mais importante, mais rico e mais poderoso do que nós mas que, independentemente das dimensões e dos tamanhos, somos, todos os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, iguais", destacou.
Nesta perspectiva, Pinto Ribeiro defendeu uma política concertada em que "se evite a redundância e se obtenha uma grande eficácia na actuação".
Quanto à nova política do governo português para o património, o ministro instou as empresas lusas instaladas no Brasil a participarem no projecto.
A proposta inspira-se em soluções adoptadas em outros países europeus que cobram uma taxa sobre todas as empreitadas de obras públicas, montante que se destina ao restauro do património classificado.
"Como não há uma conjuntura económica favorável em Portugal para o lançamento de uma taxa, pensamos ser possível pedir aos empresários que, voluntariamente, entreguem esses valores em obras, usando os seus recursos já instalados, para fazer o restauro do património imobiliário", explicou.
Pinto Ribeiro disse que, ao mesmo tempo, o governo pretende recuperar o património não material, a memória e investir na digitalização de livros.
"As empresas portuguesas instaladas no Brasil que quiserem colaborar serão muito bem-vindas", salientou.
Após o encontro com o novo ministro da Cultura do Brasil, Juca Ferreira, Pinto Ribeiro retornou ao Rio de Janeiro, onde passava férias.
O ministro interrompeu as férias para atender a um pedido de Juca Ferreira, que propôs o encontro em Brasília, visando discutir políticas comuns para o fortalecimento da Língua Portuguesa.
lusa