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Inspecção "chumba" um milhão de carros por ano

xicca

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Mais de cinco milhões de viaturas examinadas em 2007. Taxa de reprovação é de 18,77%


Em 5,4 milhões de inspecções e reinspecções a veículos automóveis feitas no ano passado, mais de um milhão acabou em reprovação, sobretudo devido a problemas nas luzes e equipamento eléctrico. A partir de desta quarta-feira, há novos prazos para levar o carro à inspecção.

Até hoje, os veículos tinham de ser inspeccionados durante o mês da matrícula. Com as novas regras, anunciadas ontem pelo Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT), as viaturas devem ser apresentadas nos centros de inspecção durante os três meses que antecedem o dia em que o automóvel foi matriculado pela primeira vez, uma informação que pode ser encontrada no livrete ou no Documento Único Automóvel.

O IMTT justifica esta mudança com a necessidade de distribuir melhor as inspecções ao longo do mês, evitando o "grande afluxo de veículos, que habitualmente se apresentam nos últimos dias do mês nos centros de inspecção". Em termos mensais, verifica-se também uma tendência de concentração das inspecções no mês de Julho, algo que deverá igualmente ser resolvido com os novos prazos.

O presidente da Associação de Centros de Inspecção Automóvel (ANCIA) congratula-se com a alteração de prazos. "Vai acabar com os tempos de espera muito demorados no final do mês, nos centros com mais inspecções. Resolve um problema que é sentido quer pelos centros quer pelos utentes", considera Fernando Teixeira.

Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Clube Português, admite que os novos prazos podem diminuir o tempo de espera. Mas, no que respeita à defesa dos automobilistas, põe a tónica na supervisão da actividade dos centros: "A nossa principal preocupação é que haja uma fiscalização rigorosa. Tem de haver clientes-mistério a actuar de forma sistemática", frisa.

De acordo com um relatório do IMTT sobre a actividade dos 171 centros de inspecção em Portugal, relativo a 2007, houve um total de 5,4 milhões inspecções e reinspecções a veículos, o que representa um aumento de 4,53% face ao ano anterior e de 15,53% face a 2003. Do total de viaturas examinadas, houve reprovações em cerca de um milhão.

A taxa de reprovação é, assim, de 18,77%, e o relatório do IMTT destaca a tendência de decréscimo neste indicador, desde 2003. Para Fernando Teixeira, a taxa de reprovação em Portugal está em linha com a média europeia e a progressiva redução nos "chumbos" é explicada pela melhoria do parque automóvel e pelo papel pedagógico dos centros de inspecção: "As inspecção são rigorosas e as deficiências não estão a ser deixadas para trás. Isso reflecte-se no utente, que tenta apresentar o carro nas melhores condições", sustenta o presidente da ANCIA.

De acordo com o IMTT, o distrito onde se verificou maior taxa de reprovação foi Faro, onde 24,82% das inspecções e reinspecções resultaram em "chumbo". O distrito com o melhor resultado foi o Porto, cujas reprovações representaram 16,11% do total de viaturas examinadas.

Em todos os tipos de veículos, o mau funcionamento de luzes e equipamento eléctrico foi o principal motivo para as reprovações. Nos ligeiros, os problemas relacionados com o quadro e os acessórios são o segundo motivo, e só depois aparecem os aspectos relacionados com suspensão, direcção e travões. Nos pesados, que têm a maior taxa de reprovação, o sistema de travagem é o segundo principal motivo de "chumbo".



JN
20.08.08
 
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