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«Boa noite. Vou ter que os revistar». A frase vai tornar-se habitual a partir de quinta-feira à entrada de bares e restaurantes para mais de 100 pessoas onde haja espaços para dançar, que ficam abrangidos pelas novas regras de segurança, noticia a Lusa.
O vigilante passa a raqueta de detecção de metais ao longo do corpo dos clientes e das bolsas que transportem. Se apitar, a pessoa terá que revelar o objecto que fez disparar o alarme.
Se recusar, não pode entrar no espaço, especificou à agência Lusa uma fonte do gabinete do ministro da Administração Interna, onde foi produzido o decreto-lei com a nova regulamentação.
A regra estará patente num aviso bem visível à porta: «A entrada neste estabelecimento é vedada às pessoas que se recusem a passar pelo equipamento de detecção de objectos perigosos ou de uso proibido».
Passa a ser obrigatório
Na prática, a nova legislação só muda a lotação dos espaços que vão ter o controlo nas entradas e obrigatoriedade de montar vídeovigilância no interior, disse à Lusa uma responsável da Associação de Restauração e Similares de Portugal (ARESP).
Até agora apenas restaurantes e bares com capacidade para mais de 200 pessoas estavam abrangidos. A partir de quinta-feira serão todos os que alberguem mais de 100 clientes, um número de estabelecimentos que nem o Governo nem a ARESP conseguem quantificar.
Mas se para os frequentadores o «preço» é serem revistados e filmados, já os proprietários dos espaços pagam outra factura, sempre superior a mil euros e que poderá atingir mesmo os cinco mil.
Detector de metais
Inclui-se neste custo a raqueta para detectar os metais, que a secretária-geral adjunta da ARESP Ana Jacinto diz custar entre 150 e 200 euros mas uma empresa que as comercializa, do grupo QUALIseg, diz custar 600 euros.
Há ainda a possibilidade de os comerciantes optarem pelo último grito em equipamentos do género, uma luva de kevlar que treme ao passar por objectos metálicos e que custa 1.900 euros.
«Quando colocados perante as duas hipóteses, os comerciantes não hesitam e optam pela raquete», três vezes mais barata, disse à Lusa um gestor de clientes do QUALIseg, Sérgio Falagueira.
Para a vídeovigilância fica guardada a maior fatia do investimento, já que as câmaras e o sistema de gravação digital terão um preço que oscilará entre os mil e os 5.000 euros, consoante a menor ou maior qualidade dos equipamentos, disse à Lusa um gestor do grupo distribuidor Optivisos, Sílvio Almeida.
Entre quatro a oito câmaras
O número de câmaras exigido varia, para este tipo de espaços, entre as quatro e as oito. A lei obriga a guardar num sistema digital durante 30 dias as imagens captadas.
O conjunto possibilita ainda visionar as imagens remotamente através de qualquer computador ligado à Internet, explicou Sílvio Almeida.
A responsável da ARESP Ana Jacinto disse à Lusa que a associação a que pertence tem vindo a manter reuniões no Ministério da Administração Interna para esclarecer aspectos da lei que considera não estarem claros.
Um deles, disse, era a alegada obrigatoriedade de instalar pórticos de detecção de metais nas entradas dos estabelecimentos, que começou a correr entre os empresários do sector, e que não se confirmaria.
A ARESP, que representa 25 mil empresários, diz, através da porta-voz, que «a legislação vai ficar em vigor e terá que ser cumprida», mas preferia que a detecção de metais, o vigilante à porta e o sistema interno de vídeo fossem trocados pelo «policiamento remunerado», com agentes da PSP e da GNR pagos a garantirem a segurança destes espaços de diversão.
Garantido pela lei está que serão aquelas forças policias a assegurarem a fiscalização do sistema de controlo de entradas e gravação de imagens.
IOL
O vigilante passa a raqueta de detecção de metais ao longo do corpo dos clientes e das bolsas que transportem. Se apitar, a pessoa terá que revelar o objecto que fez disparar o alarme.
Se recusar, não pode entrar no espaço, especificou à agência Lusa uma fonte do gabinete do ministro da Administração Interna, onde foi produzido o decreto-lei com a nova regulamentação.
A regra estará patente num aviso bem visível à porta: «A entrada neste estabelecimento é vedada às pessoas que se recusem a passar pelo equipamento de detecção de objectos perigosos ou de uso proibido».
Passa a ser obrigatório
Na prática, a nova legislação só muda a lotação dos espaços que vão ter o controlo nas entradas e obrigatoriedade de montar vídeovigilância no interior, disse à Lusa uma responsável da Associação de Restauração e Similares de Portugal (ARESP).
Até agora apenas restaurantes e bares com capacidade para mais de 200 pessoas estavam abrangidos. A partir de quinta-feira serão todos os que alberguem mais de 100 clientes, um número de estabelecimentos que nem o Governo nem a ARESP conseguem quantificar.
Mas se para os frequentadores o «preço» é serem revistados e filmados, já os proprietários dos espaços pagam outra factura, sempre superior a mil euros e que poderá atingir mesmo os cinco mil.
Detector de metais
Inclui-se neste custo a raqueta para detectar os metais, que a secretária-geral adjunta da ARESP Ana Jacinto diz custar entre 150 e 200 euros mas uma empresa que as comercializa, do grupo QUALIseg, diz custar 600 euros.
Há ainda a possibilidade de os comerciantes optarem pelo último grito em equipamentos do género, uma luva de kevlar que treme ao passar por objectos metálicos e que custa 1.900 euros.
«Quando colocados perante as duas hipóteses, os comerciantes não hesitam e optam pela raquete», três vezes mais barata, disse à Lusa um gestor de clientes do QUALIseg, Sérgio Falagueira.
Para a vídeovigilância fica guardada a maior fatia do investimento, já que as câmaras e o sistema de gravação digital terão um preço que oscilará entre os mil e os 5.000 euros, consoante a menor ou maior qualidade dos equipamentos, disse à Lusa um gestor do grupo distribuidor Optivisos, Sílvio Almeida.
Entre quatro a oito câmaras
O número de câmaras exigido varia, para este tipo de espaços, entre as quatro e as oito. A lei obriga a guardar num sistema digital durante 30 dias as imagens captadas.
O conjunto possibilita ainda visionar as imagens remotamente através de qualquer computador ligado à Internet, explicou Sílvio Almeida.
A responsável da ARESP Ana Jacinto disse à Lusa que a associação a que pertence tem vindo a manter reuniões no Ministério da Administração Interna para esclarecer aspectos da lei que considera não estarem claros.
Um deles, disse, era a alegada obrigatoriedade de instalar pórticos de detecção de metais nas entradas dos estabelecimentos, que começou a correr entre os empresários do sector, e que não se confirmaria.
A ARESP, que representa 25 mil empresários, diz, através da porta-voz, que «a legislação vai ficar em vigor e terá que ser cumprida», mas preferia que a detecção de metais, o vigilante à porta e o sistema interno de vídeo fossem trocados pelo «policiamento remunerado», com agentes da PSP e da GNR pagos a garantirem a segurança destes espaços de diversão.
Garantido pela lei está que serão aquelas forças policias a assegurarem a fiscalização do sistema de controlo de entradas e gravação de imagens.
IOL