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Variante da Solum vai “exigir sacrifício durante um ano”

vwfilipe™

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Set 23, 2006
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«Para cada troço da variante vamos ter que fazer um sacrifício durante um ano, para depois termos um benefício durante 30», afirmou ontem Álvaro Maia Seco, presidente da sociedade Metro Mondego, comentando o estudo de impacte ambiental da Variante da Solum, disponível desde ontem para consulta pública.
O documento revela que o tempo total para a fase de construção da obra será de 21 meses e conclui que «os impactes negativos do projecto ocorrem durante a fase de construção, assumindo um carácter temporário». Os consequências negativas estão associadas à obstrução temporária de vias, que podem causar «dificuldades e alteração de segurança nos acessos rodoviários e pedonais» e «aumentar os níveis de incomodidade».
Os impactes negativos são considerados «reduzidos» do ponto de vista da geologia, dos recursos hídricos, da qualidade do ar e do ordenamento do território. Já as consequências relacionadas com o ambiente sonoro e paisagístico são consideradas «moderadas e pontualmente elevadas». A nível paisagístico, a implantação da variante criará mesmo «um desconforto visual significativo».
A construção do trajecto levará à afectação de serviços como electricidade, gás, abastecimento de água ou saneamento. Mas Álvaro Maia Seco recorda que «não é possível fazer obras de construção civil sem ter alguns impactes negativos». «Para fazer omeletas temos que partir alguns ovos», concluiu.
O traçado proposto pela Metro Mondego para a zona da Solum tem sido alvo de forte contestação por parte dos moradores daquela zona da cidade, existindo mesmo um manifesto de protesto na internet, que já recolheu mais de trezentas assinaturas. Os moradores lamentam que o trajecto passe em frente às entradas principais de um jardim-escola, de um infantário e de uma escola primária, destruindo «zonas nobres de utilização pedonal e colocando graves problemas relacionados com a poluição sonora».
No entanto, o estudo de impacte ambiental avisa que as consequências negativas para a população podem ser «muito minimizadas», por a zona da Solum se tratar de uma área «nova», com «amplos espaços nas vias de implementação que permitem na maioria dos casos alternativas adequadas» durante o período de construção do trajecto ferroviário. Também por isso a construção da variante será faseada, com quatro troços.
Esforço inicial
vai ser recompensado
Após 21 meses de «sacrifício» a obra estará pronta e tem início a fase de exploração do projecto, onde o estudo de impacte ambiental revela consequências «muito positivas» do ponto de vista sócio-económico e a nível de «ordenamento do tráfego, estacionamento, qualidade ambiental, requalificação e dinamização urbana». Por isso, a avaliação global da Variante da Solum é positiva. Esta proposta «serve assim muito melhor os objectivos de qualidade urbana e de vida que a anterior solução de manutenção do traçado no Ramal da Lousã», lê-se no documento.
O estudo de impacte ambiental pode ser consultado até 26 de Setembro, na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro ou na Câmara Municipal de Coimbra. O resumo não técnico pode ser consultado na Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais ou através da Internet, em http:// Agência Portuguesa do Ambiente - Página Inicial. A entidade responsável pela elaboração dos estudos técnicos é a Metro Mondego. A Agripro Ambiente Consultores, contratada pela Rede Ferroviária Nacional – REFER – realizou o estudo de impacte ambiental.
 
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