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Greenpeace chumba supermercados portugueses

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Greenpeace chumba supermercados portugueses


Organização ambiental acusa grandes superfícies de não respeitarem a compra de peixe sustentável


Todos os supermercados que operam em Portugal desrespeitam a compra de peixe sustentável de acordo com um ranking da Greenpeace, hoje divulgado, que coloca o Lidl na melhor posição e o grupo Sonae (Modelo e Continente) na pior, noticia a Lusa.

Baseando-se na lista vermelha de espécies piscícolas em vias de extinção, que inclui desde o atum ao bacalhau do Atlântico, a Greenpeace enviou em Maio passado questionários às grandes superfícies perguntando quais os critérios da compra de peixe e o tipo de informação disponibilizada aos consumidores sobre peixe sustentável.

«A maioria dos supermercados nem respondeu, e isso deu-lhes pontos negativos. Mas fomos aos locais verificar também a política de aquisição e etiquetagem do peixe, assim como a venda de espécies incluídas na lista vermelha. Com base nisso, realizámos o ranking», explicou a líder desta campanha em Espanha, Paloma Colmenareio, numa conferência a bordo do navio Artic Sunrise, atracado desde esta quinta-feira no cais de Alcântara, e que terminou em Lisboa uma campanha sobre os oceanos que durou três meses.

A rede Lidl ocupou a primeira posição do ranking, muito embora a sua pontuação correspondesse a apenas 40 por cento do cumprimento dos critérios da Greenpeace, o que colocou a rede de supermercados alemã na lista vermelha do ranking, tal como todas as outras grandes superfícies que operam em Portugal.

A seguir ao Lidl surgem no ranking os supermercados Pingo Doce e Feira Nova, com uma pontuação de 3,12 por cento, Pão de Açucar e Jumbo (2,32 por cento) e Intermarché e Ecomarché (2,10 por cento).

Na última posição do ranking ficou o grupo Sonae, que detém a rede de supermercados do Continente e Modelo, e cuja pontuação foi de 1,81 por cento.

«Os supermercados portugueses são cúmplices na destruição dos oceanos»

A Greenpeace denuncia que em Portugal os supermercados «nem sequer» têm uma política escrita da compra de peixe sustentável e que alguns retiram uma ou outra espécies das suas prateleiras, das mais ameaçadas de extinção, mas não têm trabalhado rumo à sustentabilidade de forma sistemática.

«Os supermercados portugueses são cúmplices na destruição dos oceanos ao não se comprometerem com a sustentabilidade dos produtos de peixe», afirmou a responsável pela campanha dos oceanos em Espanha, adiantando que os consumidores podem pressionar os supermercados pedindo informação sobre a compra do peixe.

«Muitos supermercados dizem ser impossível conhecer a origem do peixe. Isso não é verdade, pois só conhecendo essa origem é que é possível saber se a pesca foi ou não legal, e sustentável. É possível fazê-lo e isso acontece em muitos países, como a Suécia ou a Alemanha. O objectivo do ranking é precisamente ajudar os supermercados a melhorar a sua posição», afirmou Fenke Nagel, líder do projecto oceanos na Holanda.


Em Portugal, os supermercados são os principais pontos de venda de peixe, concentrando mais de 70 por cento das vendas de peixe e produtos do mar.

O peixe sustentável é aquele que é proveniente de uma indústria pesqueira cujas práticas podem ser mantidas indefinidamente sem reduzir a capacidade das espécies em manterem a sua população.


IOL
 
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