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A África acolhe a partir de hoje, em Accra, Ghana, o primeiro encontro internacional sobre o clima, antecâmara da conferência ministerial de Poznan, a realizar- -se em finais de Dezembro, soube--se de fonte oficial.
Segundo a ONU, a conferência de Poznan será um fórum onde os países ricos deverão dar o seu engajamento futuro tendente a diminuir a emissão dos gases.
As Nações Unidas sublinham ainda que urge entrar no fundo da questão, a fim de se adoptar o calendário saído há oito meses na conferência de Bali (Indonésia).
A ONU sustenta que a comunidade internacional deve se engajar para concluir até Dezembro de 2009, em Copenhaga, um acordo na luta contra o efeito de estufa, que é o prolongamento do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.
A "reunião de Accra é a mais importante para determinar de que instrumentos dispõem os países ricos com vista a darem o seu engajamento", sustentou o secretário executivo da Convenção da ONU sobre as Mudanças Climáticas (CNUCC- sigla em francês), Yvo de Boer.
O responsável da CNUCC sublinhou que "é muito importante determinar quais os resultados saídos de Accra que permitirão decidir em Poznan sobre a amplitude das reduções de emissões nos países desenvolvidos".
Em Accra, peritos de países envolvidos no Protocolo de Kyoto (todos, salvo os Estados-Unidos) vão examinar os contornos de após-Kyoto, com vista a determinar os gases com o efeito de estufa, como medi-los e que sectores económicos mais contribuem para integrar essas emissões.
O actual Protocolo de Kyoto tem como objectivo a redução em oito por cento, até 2012 das emissões de gases de efeito estufa dos países que rubricaram o relatório de 1990.
Por outro lado, o Banco Mundial (BM) vai lançar brevemente um programa piloto em 10 países africanos, no quadro da luta contra as mudanças climáticas, soube-se em Dakar de fonte da instituição bancária internacional.
De acordo com Ian Noble, especialista em mudança climática no Banco Mundial, a instituição vai trabalhar com os governos, com o sector privado e com as organizações da sociedade civil, bem como com as colectividades locais de 10 países africanos para instaurar um programa piloto de desenvolvimento face à mudança climática.
Jornal de Angola