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Famílias cortam consumo pela primeira vez em 5 anos

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Actividade económica está há oito meses em queda
A economia portuguesa voltou em Julho a apresentar sinais de forte abrandamento, com as famílias a cortarem nas compras de bens e a consumirem menos 0,4% do que em igual mês do ano passado, de acordo com dados provisórios, extraídos dos indicadores avançados, ontem divulgados pelo Banco de Portugal.

Depois de, em Junho, o consumo ter estagnado, no mês seguinte verificou-se, pela primeira vez, desde 2003, um corte nas compras de bens alimentares e não alimentares. Nesse ano, a economia portuguesa estava em plena recessão económica e durante oito meses consecutivos as famílias reduziram os gastos domésticos. Seria necessário recuar até Abril de 1983 para descobrir um cenário semelhante de quebra nas compras domésticas.

Já esta semana, o INE relatava uma forte degradação do estado anímico das famílias ao divulgar que a confiança dos consumidores tinha atingido o mínimo de 22 anos, ao mesmo tempo que os comerciantes se queixavam de fracas vendas. Factos que podem ser explicados pelo alto nível do desemprego, inflação, aumentos sucessivos das taxas de juro e baixas actualizações salariais. Um mix que está a subtrair poder de compra aos consumidores.

Pelo oitavo mês consecutivo, a actividade está em forte abrandamento. Em Julho, a economia terá crescido apenas 0,3% em comparação com igual mês do ano passado e avizinha-se agora da estagnação, de acordo com indicadores avançados para a economia que perspectivam o comportamento da produção industrial , das vendas dos lojistas, comércio externo e quadro financeiro das famílias.

Existem mais sinais de que as famílias estão a contrair gastos. Se as empresas estão a contratar mais empréstimos bancários - para financiar operações de tesouraria e reestruturar dívidas -, os consumidores estão agora a refrear o apetite pelo crédito bancário, o que é explicado pelo elevado preço do dinheiro.

Para os próximos três meses, os bancos antevêem um aperto nos critérios de concessão de crédito às empresas e famílias, já que a própria banca - sem crescimento dos depósitos, por falta de poupança das famílias portuguesas - espera algumas dificuldades no acesso ao dinheiro nos principais mercados bancários internacionais.



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