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Coimbra: Máquina de lavar atirada pela janela

xicca

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A morar há apenas um par de meses numa habitação social do Bairro do Ingote, Carlos Mendes achou por bem contar ao Diário de Coimbra um insólito episódio vivido a 8 deste mês. Um vizinho do primeiro andar terá alegadamente atirado uma máquina de lavar roupa pela janela, caindo esta junto à entrada para a sua casa, na cave do mesmo bloco. «Acho que estas coisas, ainda que doutra forma, também são dignas de notícia», disse, lembrando a cobertura mediática dos recentes tiroteios naqueles bairros e das questões levantadas pela insegurança.
De acordo com o morador da Rua Cidade de Pádua, que diz não conhecer nem nunca ter conversado com o vizinho, «a máquina poderia ter caído quando alguém saía de casa e ferido as pessoas». O electrodoméstico terá sido atirado naquele dia, à noite, mais ou menos na altura em que Carlos Mendes passeava o cão por aquela zona das traseiras de sua casa. «Já era hábito o barulho à noite, o arremesso de pedras, restos de comida e beatas, que sujam o local, mas a máquina foi o limite», queixou-
-se o morador, que acabaria por chamar a polícia.
A PSP confirmou ao nosso jornal ter tomado conta da ocorrência, tendo estado no local uma brigada da polícia de intervenção. «Constatou-se que havia uma máquina no terreno, alegadamente atirada pelo vizinho», referiu fonte da PSP.
No dia seguinte, Carlos Mendes – que vive com a esposa Maria Conceição Sousa, ela titular da habitação cedida pela autarquia e «uma pessoa com problemas de saúde» – apresentou queixa na 2.a Esquadra, a que será dado o devido seguimento, segundo a força policial.
O queixoso diz ainda ter contactado a Associação de Moradores do Bairro do Ingote (AMBI), o Departamento da Habitação e a Polícia Municipal. «O que é facto é que até hoje a máquina está no local. Nada foi feito. Espero que ao menos o indivíduo seja intimado», refere.
Mediar conflitos
Manuela Braz, presidente da AMBI, esteve de férias e diz não ter tido ainda conhecimento, pelo menos formal, desta situação. Explicou que «o prédio é, à excepção das caves, constituído por apartamentos que foram comprados pelos seus moradores e terá, inclusive, responsáveis de condomínio». De qualquer forma, como sócios da AMBI, «os moradores devem dirigir-se à associação a apresentar os seus problemas, aos quais daremos o encaminhamento mais correcto». «Se, de facto, foi assim que aconteceu, então poderia ter sido perigoso para as pessoas», admitiu.
Também a técnica responsável do Centro Municipal de Acção Social, Teresa Pechincha, diz não ter ainda chegado a si nenhuma informação sobre este caso. Ainda assim, destas duas entidades, a intervenção prevista passa mais por tentar mediar os conflitos e apelar ao entendimento entre os vizinhos.
Carlos Mendes explica que vivia numa «situação precária com a esposa» e que a atribuição da casa pela autarquia foi bem-vinda. Está satisfeito com a zona, que considera «sossegada», mas lamenta a alegada atitude daquele vizinho. «Fiz questão de apresentar queixa, porque acho que não é por vivermos numa habitação social que o devemos deixar de o fazer. As coisas agora estão mais sossegadas, desde que veio cá a polícia, mas não sei como será o dia de amanhã».




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