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Turbinas eólicas causam hemorragias internas aos morcegos

xicca

GF Ouro
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Os morcegos têm motivos para temer as turbinas eólicas. Um estudo científico mostra que o movimento das pás causa uma diminuição da pressão atmosférica, fazendo rebentar os vasos sanguíneos dos pulmões destes mamíferos.

Desde que os postes para gerar energia eólica começaram a ser instalados por todo o mundo, começaram a aparecer cadáveres de morcegos à volta das turbinas. O pormenor estranho era a ausência de feridas ou hematomas externos em muitos indivíduos, que tornava inexplicável a razão da morte dos mamíferos. No caso das aves, os cadáveres aparecem com feridas e hematomas, indicando um choque contra as pás.

Ultimamente, a proporção entre morcegos e aves mortas tem-se tornado mais preocupante. Há locais em que o número de cadáveres dos mamíferos é quatro vezes maior do que o das aves, o que é estranho tendo em conta que o sonar detecta melhor objectos em movimento do que parados.

Erin Baerwald, da Universidade do Calgary, Canadá, investigou a questão no campo eólico em Alberta. “Enquanto apanhávamos carcaças, reparei que um grande número não parecia ter feridas externas”, explicou.

Dos 75 morcegos que dissecou, 69 apresentavam hemorragias internas. “Uma descida na pressão atmosférica ao redor das pás das turbinas é uma ameaça indetectável, e explica o grande número de fatalidades de morcegos”, diz a cientista. A velocidade com que as pás giram faz com que a pressão atmosférica desça. Quando os morcegos se aproximam demais das turbinas, esta diferença de pressão faz rebentar os vasos sanguíneos dos pulmões. Chama-se a esta condição barotrauma.

O artigo de Erin Baerwald é publicado hoje na revista científica Current Biology . O estudo mostra que 90 por cento das fatalidades envolveram hemorragia interna e só metade dos morcegos é que tocaram nas pás. A hemorragia não acontece nas aves porque a estrutura pulmonar é diferente e mais resistente.

Os investigadores portugueses também já detectaram este fenómeno. Uma das primeiras barreiras para se entender a verdadeira proporção do problema é a quantificação. “Os corpos são rapidamente apanhados pelos predadores e é geralmente difícil encontrar os cadáveres dos morcegos”, explica ao PÚBLICO Jorge Palmeirim, biólogo e professor na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Muitas espécies de morcegos portugueses estão bem monitorizadas, principalmente as cavernícolas (as que vivem em grutas). Mas existem outras espécies que não existem dados populacionais nem se conhece a ecologia, o que impossibilita saber o efeito que esta pressão tem. “Estamos a falar de mais um factor de mortalidade que afecta espécies que já por si estavam ameaçadas”, explica o perito em morcegos.

A diminuição de insectos (o alimento dos morcegos), os atropelamentos, as sebes com arame farpado são factores que pressionam estes mamíferos, cuja ecologia não prevê este tipo de pressão. Por ano, os morcegos têm uma cria, o que não chega para responder às altas taxas de mortalidade.

Já existem propostas para lutar contra o problema. Parar as turbinas durante os meses em que os morcegos migram é uma das ideias. “Devia haver capacidade para controlar a actividade das turbinas”, diz Jorge Palmeirim. O biólogo sugere a paragem das turbinas durante as alturas em que existe menos vento, que é quando os morcegos estão mais activos nessas zonas.



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xicca

GF Ouro
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Parques eólicos aumentam mortalidade de aves



Portugal conta com 1360 aerogeradores espalhados de Norte a Sul. Tendo em conta um estudo desenvolvido pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), por ano morrerão entre zero e 6,24 aves por aerogerador. No limite, anualmente morrerão, tendo em conta o número de máquinas instaladas em território nacional, entre 0 e 8486 aves em Portugal devido à existência de parques eólicos.

Embora os estudos existentes não sejam conclusivos, Teresa Saraiva, do grupo de trabalho focado na energia eólica e seus impactes sobre a avifauna, pertencente à SPEA, alerta que o «panorama em Portugal não é mau, quando comparado com outros países». A especialista explica que, de um modo geral, se constroem parques eólicos em sítios que «respeitam as condições naturais, com um número reduzido de máquinas e de forma espaçada». De qualquer modo, alerta, «nos últimos tempos, têm sido aprovados parques eólicos enormes, pelo que esta tendência positiva se pode inverter».

De acordo com dados disponibilizados pela SPEA, o Sul do País tem-se revelado mais mortal para as aves que chocam com os aerogeradores. No parque eólico de Fonte dos Monteiros, em Vila do Bispo, a organização estimou uma mortalidade de 55,77 a 94,56 aves por ano.

Defendendo que os parques eólicos devem ser instalados preferencialmente fora de áreas protegidas, Paulo Lucas, da Quercus, alerta para o facto de não se conhecer como é feito o controlo das medidas compensatórias. «Gostaríamos que houvesse uma entidade que fizesse o controlo absoluto destas medidas», diz.



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foxrunner

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Já estou mesmo a ver os ecologistas a protestar
dizendo que temos de abandonar a energia eolica para preservar as aves,esperem só:naodigas:


cumps
 

Paulo-480

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Já estou mesmo a ver os ecologistas a protestar
dizendo que temos de abandonar a energia eolica para preservar as aves,esperem só:naodigas:


cumps

Amigo isto não é brincadeira, todos temos que estar preocupados com esta situação todos os animais existentes no planeta servem para equilibrar o ecosistema, tal como o nosso organismo precisa de globulos brancos para manter o equilibrio de ameaças, os morcegos e outros animais fazem a sua parte pela natureza, excepto o homem, este só destrói.
 

cacarvo

GF Ouro
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Boas, com todo o respeito pelos animais, até tenho alguns animais e os adoro muito, ninguem manda estar perto dos postes, são mesmo morcegos... :naodigas:
 
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