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Teatrão sem “tecto” e de estreia marcada

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Falta de vistoria impede transferência. Temporada arranca a 24 de Setembro
«O ano é de candidaturas», no caso, «os concursos para obter apoios do Ministério da Cultura» são, segundo Isabel Craveiro, responsável de O Teatrão, em Setembro. A companhia pretende avançar com uma candidatura com vista a subsídios que permitam constituir um espaço com programação cultural própria, na cidade. Tenciona, por isso, apresentar como sede a Oficina Municipal do Teatro (OMT) - a casa prometida há anos - e quer mesmo abrir, como espaço programado, já em Janeiro.
Mas, e a pouco mais de três semanas da próxima estreia da companhia, marcada para dia 24 de Setembro, o processo para as transferências continua “preso”. Depois de cinco anos de impasse - e polémica - desta vez é uma vistoria a travar a mudança das companhias: a da Escola da Noite para o Teatro da Cerca, saindo da OMT, que poderá assim, finalmente, acolher O Teatrão, que durante cinco anos se acomodou no Museu dos Transportes.
Em Julho, a autarquia dava o final desse mesmo mês para que tudo se resolvesse; esperava-se, então, a obtenção das licenças para aqueles espaços, a atribuir pela Inspecção-Geral das Actividades Culturais. Mais de um mês depois, continua a não haver licenças, aguardando-se, por esta altura, uma vistoria.
«Temos uma ambição pela excelência», advoga Isabel Craveiro, «que não pode ser amputada», referindo-se a actriz ao receio de que, por falta de sede, não possam concretizar a candidatura junto do Ministério da Cultura e que, por isso, fique em causa, a pretensão de dinamizarem a OMT como espaço programado. Um projecto que pretendem com animação, própria, muito para além do teatro e a envolver todas as entidades da cidade, sobretudo as que estão instaladas nas imediações da Oficina, como o ISEC ou a Escola de Hotelaria.
Já quanto à estreia, agendada para dia 24, Isabel Craveiro localiza-a na indefinição com que a companhia privou na última quase meia dúzia de anos: «sabemos que vamos estrear, dia 24, só não sabemos onde». «Se não estiver resolvido, encontramos um espaço alternativo, somos mestres do improviso», brinca, para a seguir, de ar grave, garantir que «nem este, nem nenhum outro espectáculo, volta a ser no Museu!». «Não, não de forma nenhuma».
Esta é a única certeza da companhia, por esta altura, que com uma estreia à porta, não pode imprimir cartazes nem fazer rigorosamente nada do tanto que implica a preparação de um espectáculo.
Não voltar ao Museu dos Transportes é a sentença que sai da conferência de imprensa, ontem de manhã, para a divulgação das actividades dos próximos três meses. Não só pela falta de condições no local – que se agravara já nos últimos tempos – mas como prova de que exigem, definitivamente, a solução que aguardam, «paciente e respeitosamente», há anos.
Mário Nunes, vereador da Cultura, garantia, horas depois, ao Diário de Coimbra, que a situação vai estar resolvida a tempo, explicando que «falta apenas uma vistoria» para que avance o processo das licenças. Não arrisca prazos – «isso é da competência das actividades culturais», diz – mas acredita que possam ser «de um dia ou dois». Sobretudo quando Setembro – e o fim das pausas de Agosto, entenda-
-se – está à porta.
 
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