- Entrou
- Set 24, 2006
- Mensagens
- 9,473
- Gostos Recebidos
- 1
Estarreja: hospital não está preparado para estes acidentes
Protocolo vai assegurar manutenção das urgências para o complexo químico
Os dois feridos que resultaram da explosão na Quimigal foram transportados para os hospitais da Universidade de Coimbra com queimaduras graves no corpo. A fábrica situa-se no «Quimiparque» de Estarreja, um complexo constituído por várias unidades que operam com produtos químicos.
Este facto poderá reacender o debate acerca do hospital local, cujo encerramento nocturno das urgências esteve em discussão até à assinatura de um protocolo entre a Câmara Municipal de Estarreja e a Administração Regional de Saúde do Centro. Protocolo esse que estabeleceu o fecho das urgências das 00h00 às 8h00, mas que a autarquia conseguiu assegurar a manutenção para casos de acidentes no complexo químico.
No entanto, o hospital não está preparado para qualquer acidente que envolva produtos químicos. «Não temos uma unidade de queimados. Temos um serviço de urgências com produtos farmacêuticos preparados para intoxicações químicas. Estamos habituados a tratar pequenas queimaduras, mas nada como isto. Nem Aveiro tem essas condições, essas unidades de queimados só existem nos hospitais centrais, como Coimbra», afirmou Lucinda Godinho, enfermeira-directora do hospital de Estarreja, ao PortugalDiário.
«O que pretendíamos era que a urgência estivesse permanentemente aberta para atender alguns casos de acidente no complexo químico. Se houver um quadro mais grave como o de hoje, sempre aconteceu assim: o hospital de Estarreja recebe as vítimas, encaminha para Aveiro que, por sua vez, poderá encaminhar para Coimbra. Desta vez, a intervenção do INEM rompeu com o quadro normal», explicou José Eduardo Matos, presidente da Câmara Municipal de Estarreja.
Hospital preparado para acidentes do foro respiratório, os mais frequentes
O objectivo de assistência do hospital às várias fábricas que trabalham com produtos químicos na região não pode, portanto, ser cumprido a cem por cento, ainda que a unidade esteja preparada para a maioria dos acidentes.
«O protocolo estabelece que o hospital abra as suas portas a qualquer hora em caso de acidente no complexo químico. Por exemplo, no último acidente que se deu, também em relação a trabalhos de manutenção, as vítimas de gases inalados foram atendidas em Estarreja», revelou José Eduardo Matos.
«Está tudo relacionado com as estatísticas. Os acidentes mais frequentes são do foro respiratório e são esses que nós conseguimos resolver aqui. Estamos mais preparados para esses acidentes», acrescentou Lucinda Godinho.
A questão colocava-se: se as urgências do hospital não podem receber todos os feridos, faz sentido mantê-las abertas especificamente para o complexo químico? «Este protocolo faz sentido devido precisamente a essa especificidade. Quando fomos confrontados com o plano de reestruturação das urgências do Governo e depois de fecharem as urgências de Espinho, Ovar e Anadia, a nossa grande preocupação passou a ser precisamente o complexo químico e conseguimos», respondeu o presidente da autarquia.
IOL
Protocolo vai assegurar manutenção das urgências para o complexo químico
Os dois feridos que resultaram da explosão na Quimigal foram transportados para os hospitais da Universidade de Coimbra com queimaduras graves no corpo. A fábrica situa-se no «Quimiparque» de Estarreja, um complexo constituído por várias unidades que operam com produtos químicos.
Este facto poderá reacender o debate acerca do hospital local, cujo encerramento nocturno das urgências esteve em discussão até à assinatura de um protocolo entre a Câmara Municipal de Estarreja e a Administração Regional de Saúde do Centro. Protocolo esse que estabeleceu o fecho das urgências das 00h00 às 8h00, mas que a autarquia conseguiu assegurar a manutenção para casos de acidentes no complexo químico.
No entanto, o hospital não está preparado para qualquer acidente que envolva produtos químicos. «Não temos uma unidade de queimados. Temos um serviço de urgências com produtos farmacêuticos preparados para intoxicações químicas. Estamos habituados a tratar pequenas queimaduras, mas nada como isto. Nem Aveiro tem essas condições, essas unidades de queimados só existem nos hospitais centrais, como Coimbra», afirmou Lucinda Godinho, enfermeira-directora do hospital de Estarreja, ao PortugalDiário.
«O que pretendíamos era que a urgência estivesse permanentemente aberta para atender alguns casos de acidente no complexo químico. Se houver um quadro mais grave como o de hoje, sempre aconteceu assim: o hospital de Estarreja recebe as vítimas, encaminha para Aveiro que, por sua vez, poderá encaminhar para Coimbra. Desta vez, a intervenção do INEM rompeu com o quadro normal», explicou José Eduardo Matos, presidente da Câmara Municipal de Estarreja.
Hospital preparado para acidentes do foro respiratório, os mais frequentes
O objectivo de assistência do hospital às várias fábricas que trabalham com produtos químicos na região não pode, portanto, ser cumprido a cem por cento, ainda que a unidade esteja preparada para a maioria dos acidentes.
«O protocolo estabelece que o hospital abra as suas portas a qualquer hora em caso de acidente no complexo químico. Por exemplo, no último acidente que se deu, também em relação a trabalhos de manutenção, as vítimas de gases inalados foram atendidas em Estarreja», revelou José Eduardo Matos.
«Está tudo relacionado com as estatísticas. Os acidentes mais frequentes são do foro respiratório e são esses que nós conseguimos resolver aqui. Estamos mais preparados para esses acidentes», acrescentou Lucinda Godinho.
A questão colocava-se: se as urgências do hospital não podem receber todos os feridos, faz sentido mantê-las abertas especificamente para o complexo químico? «Este protocolo faz sentido devido precisamente a essa especificidade. Quando fomos confrontados com o plano de reestruturação das urgências do Governo e depois de fecharem as urgências de Espinho, Ovar e Anadia, a nossa grande preocupação passou a ser precisamente o complexo químico e conseguimos», respondeu o presidente da autarquia.
IOL