Bolsa de Lisboa: 29 de Agosto de 2008

Bolsa abre a subir impulsionada por Jerónimo Martins e EDP Renováveis.

A bolsa nacional abriu a subir ligeiramente impulsionado pelas acções da Jerónimo Martins e da EDP Renováveis. O PSI-20 avançava 0,06% com a Galp e a Portugal Telecom a impedirem maiores ganhos.

O PSI-20 cotava nos 8.560,47 pontos com 10 cotadas a subir, 4 a descer e 6 inalteradas.

A Jerónimo Martins avançava 1,47% para 6,22 euros, sendo o título que mais impulsionava o índice principal.

A Mota-Engil ganhava 0,57% para 3,52 euros, depois de ter apresentado os resultados do primeiro semestre antes da abertura do mercado. A construtora registou uma quebra dos lucros consolidados de 77,2%, face ao período homólogo mas, excluíndo o ganho de capital obtido no ano passado com a venda da Martifer, os resultados subiram 7,3%.

Jornal de Negócios

Bolsa regressa aos ganhos com ajuda da PT

BCP segue em silêncio, PT deslizaA praça nacional já inverteu o sentimento negativo desta manhã e segue a transaccionar no verde, com a EDP a ajudar.

Em Lisboa, o índice PSI20 avança 0,07 por cento para os 8.561,22 pontos, a acompanhar o sentimento das principais praças europeias que seguem com ganhos entre os 0,12% e os 0,71%.

Por cá, a empurrar para cima está a EDP. A eléctrica nacional soma 0,14% para os 3,42 euros, seguida da EDP Renováveis que avança também 0,14% para os 6,96 euros. No entanto, a Galp contraria ao ceder 0,29% para os 13,66 euros. A petrolífera nacional voltou a aumentar a gasolina e o gasóleo em 1 cêntimo esta semana, disse fonte oficial da empresa à Agência Financeira.

A subir está ainda o BES que trepa 0,28% para os 8,82 euros e o BPI que escala 1,35% para os 2,24 euros. Já o BCP segue em silêncio nos 1,17 euros.

Mota-Engil avança 2% em dia de resultados

Destaque para as acções da Mota-Engil que avançam 2,00% para os 3,57 euros. O Grupo anunciou hoje que atingiu, no primeiro semestre deste ano, lucros de 19,2 milhões de euros, o que representa uma queda superior a 77% face ao homólogo. No entanto, excluindo-se o ganho de capital registado com a venda da Martifer no ano passado, os lucros registariam um crescimento de 7,3%.

Nota pela positiva ainda para as acções da Brisa e da Cimpor que somam 1,28% e 2,67%, respectivamente.

Do lado oposto, cartão vermelho para as acções da Sonaecom e da Portugal Telecom que caem 0,25% e 0,28%, respectivamente. Recorde-se que o CEO da Sonae, Paulo Azevedo anunciou que a Sonae não pretende retirar a Sonaecom de bolsa, apesar das acções desta subsidiária de telecomunicações terem descido mais de 40% desde o início de 2008.

A liderar as perdas está, contudo, a Jerónimo Martins que deslizou 2,77% para os 5,96 euros, depois do banco de investimento JPMorgan ter anunciado esta sexta-feira que reduziu o seu preço-alvo para a empresa de 7,70 para 7,40 euros, devido à depreciação da moeda polaca.

Agência Financeira

Sector da construção e BPI sobem mais de 3% e impulsionam a bolsa nacional

O principal índice da bolsa nacional encerrou a última sessão da semana a ganhar, impulsionado pelas subidas acentuadas do sector da construção e do BPI. O PSI-20 subiu 0,52%, elevando para mais de 2% o ganho do mês, o primeiro em quatro meses.

O índice encerrou a cotar nos 8.600,31 pontos, com 11 acções a subir, seis a descer e três inalteradas. A bolsa nacional acompanhou a tendência de ganhos das congéneres europeias, que foram hoje animadas pela apresentação de resultados e de estimativas do Carrefour e pela expectativa de que novas operações de fusões e aquisições surjam.

Esta expectativa surge no dia em que foi noticiado que o Commerzbank, o segundo maior banco alemão, está próximo de chegar a um acordo para comprar o Dresdner Bank à Allianz, a maior seguradora europeia, por 9 mil milhões de euros, segundo fontes próximas do processo citadas pela Bloomberg.

A bolsa nacional beneficiou hoje dos ganhos acentuados verificados pelo sector da construção e pelo BPI.

A Cimpor valorizou hoje 4,26% para 4,285 euros, uma tendência partilhada pela Mota-Engil, que subiu hoje 4% para os 3,64 euros, no dia em que apresentou os resultados referentes ao primeiro semestre. A Mota anunciou que lucros, atribuíveis ao grupo, cifraram-se em 14,1 milhões de euros, o que representa uma queda de 82,5% face ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, os números ficaram acima das estimativas dos analistas. Espírito Santo Research, CaixaBI e BPI consideram “positivos” os resultados apresentados empresa.

A Soares da Costa, apesar de estar fora do PSI-20 não foi excepção e subiu 6,52% para os 1,47 euros. Já a Teixeira Duarte, que apresenta os resultados do semestre esta tarde, ganhou 0,98% par aos 1,03 euros.

Na banca, o destaque foi para o BPI, que somou 3,61% para os 2,295 euros. O Banco Comercial Portugues (BCP) e o Banco Espírito Santo (BES) também subiram mas os ganhos foram menos expressivos. O maior banco privado nacional cresceu 0,85% para os 1,18 euros, enquanto o BES subiu 0,28% para os 8,82 euros.

A Energias de Portugal (EDP) também contribuiu para a subida do índice ao ganhar 1,46% para os 3,47 euros, bem como a EDP Renováveis, que somou 0,29% para os 6,97 euros.

Já o sector das telecomunicações travou maiores ganhos, depois de ontem ter sido o destaque do dia, com ganhos acentuados registados pela Zon e pela Sonaecom que reagiram a declarações de Paulo Simões, adjunto da Comissão Executiva da Sonae, que adiantou que a empresa que vai anunciar detalhes da sua estratégia no início de 2009, admitindo realizar aquisições.

No entanto, hoje a empresa liderada por Rodrigo Costa desceu 0,37% para os 5,36 euros e a Sonaecom fechou estável nos 1,95 euros.

A Portugal Telecom (PT) perdeu 0,14% para os 7,14 euros.

Jornal de Negócios