Sistema electrónico de leilão de bens inclui viaturas automóveis na casa dos 100 euros.
O sistema electrónico de venda de bens penhorados, da Direcção-Geral de Impostos, pode ser uma boa forma de conseguir preços baixos. Além de vários carros na casa dos 100 euros, é possível encontrar uma capela por 9,40 euros.
Esta quinta-feira, o sistema electrónico de venda de bens penhorados, da Direcção-Geral de Impostos (DGCI), tinha em curso 3059 vendas, a maioria das quais correspondentes a imóveis. O valor com que é posto à venda cada artigo é apenas o preço-base do bem em causa, já que o sistema funciona através de leilão. Ganha a melhor proposta enviada para os serviços de Finanças, em carta fechada (há a modalidade de negociação particular, mas tem fraca expressão).
O sistema abre a possibilidade de fazer negócios em conta. Para tentar ficar com um Citroën Visa de 1985 basta cobrir os 100 euros de preço-base com que foi posto à venda. Uma mota Gilera de 50cc fica por 126 euros, mas um comprador mais ambicioso poderá concorrer à compra de um Peugeot 505, com 22 anos, por 140 euros. Perdendo a cabeça, há um Opel Corsa, um Citroën AX e um Citroën BX, cada um por 175 euros. Nos três casos, a data de fabrico não anda muito longe do ano em que caiu o Muro de Berlim.
A nível de imóveis, também há preços atractivos. Por 9,40 euros, um amante de arquitectura sacra pode tentar adquirir a Capela de Nossa Senhora das Dores, situada na freguesia de Friões, concelho de Valpaços, distrito de Vila Real. O imóvel pertencia a um particular que, por força de dívidas fiscais, viu os bens serem apreendidos pelo sistema automático de penhoras e posteriormente postos à venda segundo os valores com que estavam registados. Este mesmo contribuinte tem à venda, pelas finanças, um prédio de dois pavimentos, com 40 metros quadrados, por 3,22 euros.
Para as carteiras mais recheadas, também há bons negócios. Nos carros, o artigo mais caro das 342 vendas em curso no sistema é um conjunto de 19 viaturas pesadas penhoradas à Xistractor - Comércio de Veículos SA, postas a leilão em "pacote" por um valor-base de 60.500 euros.
A segunda transacção mais cara nos veículos atinge 28.700 euros e diz também respeito a uma venda em bloco (quatro ligeiros de passageiros e de mercadorias). Individualmente, contudo, a viatura mais cara à venda é um camião Mercedes-Benz, cujo preço-base é 27.300 euros. Pertencia à Ceicol, uma empresa de construção que tem outro tractor de mercadorias em leilão, por 13.650 euros.
No sistema electrónico da DGCI, encontra-se ainda um veículo pesado de passageiros, da marca MAN, que foi executado ao Óquei Clube Barcelos. O preço-base é de 24.500 euros. Encontra-se ainda um tractor Volvo por 18 mil euros e um Mercedes de passageiros por 16 mil. Quem tenha realmente bastante liquidez financeira pode tentar voos mais altos. O bem penhorado à venda no sistema da DGCI com valor mais elevado é uma fracção correspondente ao Estádio do Boavista, colocada a leilão por 28,3 milhões de euros.
Uma das dificuldades do sistema pode ser a ambiguidade provocada pela descrição demasiado sintética dos artigos em causa. Encontra-se um "vibrador eléctrico, em razoável estado de conservação", por 84 euros, tal como uma "máquina de lubrificar marca Flexibim", pelo mesmo preço. Ambos os artigos pertenciam à Ceicol, a supracitada empresa de construção.
Jornal de Notícias
O sistema electrónico de venda de bens penhorados, da Direcção-Geral de Impostos, pode ser uma boa forma de conseguir preços baixos. Além de vários carros na casa dos 100 euros, é possível encontrar uma capela por 9,40 euros.
Esta quinta-feira, o sistema electrónico de venda de bens penhorados, da Direcção-Geral de Impostos (DGCI), tinha em curso 3059 vendas, a maioria das quais correspondentes a imóveis. O valor com que é posto à venda cada artigo é apenas o preço-base do bem em causa, já que o sistema funciona através de leilão. Ganha a melhor proposta enviada para os serviços de Finanças, em carta fechada (há a modalidade de negociação particular, mas tem fraca expressão).
O sistema abre a possibilidade de fazer negócios em conta. Para tentar ficar com um Citroën Visa de 1985 basta cobrir os 100 euros de preço-base com que foi posto à venda. Uma mota Gilera de 50cc fica por 126 euros, mas um comprador mais ambicioso poderá concorrer à compra de um Peugeot 505, com 22 anos, por 140 euros. Perdendo a cabeça, há um Opel Corsa, um Citroën AX e um Citroën BX, cada um por 175 euros. Nos três casos, a data de fabrico não anda muito longe do ano em que caiu o Muro de Berlim.
A nível de imóveis, também há preços atractivos. Por 9,40 euros, um amante de arquitectura sacra pode tentar adquirir a Capela de Nossa Senhora das Dores, situada na freguesia de Friões, concelho de Valpaços, distrito de Vila Real. O imóvel pertencia a um particular que, por força de dívidas fiscais, viu os bens serem apreendidos pelo sistema automático de penhoras e posteriormente postos à venda segundo os valores com que estavam registados. Este mesmo contribuinte tem à venda, pelas finanças, um prédio de dois pavimentos, com 40 metros quadrados, por 3,22 euros.
Para as carteiras mais recheadas, também há bons negócios. Nos carros, o artigo mais caro das 342 vendas em curso no sistema é um conjunto de 19 viaturas pesadas penhoradas à Xistractor - Comércio de Veículos SA, postas a leilão em "pacote" por um valor-base de 60.500 euros.
A segunda transacção mais cara nos veículos atinge 28.700 euros e diz também respeito a uma venda em bloco (quatro ligeiros de passageiros e de mercadorias). Individualmente, contudo, a viatura mais cara à venda é um camião Mercedes-Benz, cujo preço-base é 27.300 euros. Pertencia à Ceicol, uma empresa de construção que tem outro tractor de mercadorias em leilão, por 13.650 euros.
No sistema electrónico da DGCI, encontra-se ainda um veículo pesado de passageiros, da marca MAN, que foi executado ao Óquei Clube Barcelos. O preço-base é de 24.500 euros. Encontra-se ainda um tractor Volvo por 18 mil euros e um Mercedes de passageiros por 16 mil. Quem tenha realmente bastante liquidez financeira pode tentar voos mais altos. O bem penhorado à venda no sistema da DGCI com valor mais elevado é uma fracção correspondente ao Estádio do Boavista, colocada a leilão por 28,3 milhões de euros.
Uma das dificuldades do sistema pode ser a ambiguidade provocada pela descrição demasiado sintética dos artigos em causa. Encontra-se um "vibrador eléctrico, em razoável estado de conservação", por 84 euros, tal como uma "máquina de lubrificar marca Flexibim", pelo mesmo preço. Ambos os artigos pertenciam à Ceicol, a supracitada empresa de construção.
Jornal de Notícias