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53 países africanos prometem aliança

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Acordo visa criar políticas integradas entre a Saúde e o Ambiente

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Mais de 50 países africanos assinaram esta sexta-feira a «Declaração de Libreville» sob o compromisso de criar políticas integradas entre a Saúde e o Ambiente, medidas que poderão salvar milhões de africanos, segundo a Organização Mundial da Saúde, escreve a Lusa.
Entre as medidas acordadas pelos 53 países presentes em Libreville, Gabão, está o compromisso de estabelecer uma aliança estratégica centrada nos dois sectores, de forma a desenvolver planos de acção comuns e concertados.

Durante quatro dias, 80 ministros da Saúde e do Ambiente e mais de 200 especialistas africanos e internacionais focaram atenções nas questões ambientais e nas suas implicações na saúde das populações, um debate que também serviu para reconhecer que o actual trabalho tem sido insuficiente para enfrentar os números reais do continente.

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Só em 2002, segundo os dados mais recentes fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os factores ambientais estiveram associados à morte de cerca de 2,4 milhões de pessoas.

A organização internacional afirma que os riscos ambientais contribuem em cerca de 25 por cento para o total das doenças existentes no mundo, um valor que aumenta para aproximadamente para 35 por cento em regiões como a África Subsariana.

«A assinatura desta declaração é o primeiro passo na direcção de salvar a vida de milhões de pessoas dos efeitos nocivos das alterações climatéricas», afirmou o director da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a região de África, Luís Sambo.

«Vamos trabalhar juntos de forma a promover alianças estratégicas entre a Saúde e o Ambiente. Estou contente por termos conseguido assegurar um compromisso político de forma a catalizar mudanças instituicionais que são necessárias para melhorar a saúde e o bem-estar das comunidades na região», reforçou.

O documento hoje assinado propõe ainda o reforço das competências das áreas da Saúde e do Ambiente, tanto a nível nacional como regional, mas também promete «um equilíbrio na repartição dos recursos orçamentais nacionais para os programas intersectoriais» a desenvolver.

A declaração pretende ainda «garantir a integração dos objectivos acordados nas áreas da Saúde e do Ambiente em estratégias nacionais de redução da pobreza através da aplicação de programas intersectoriais, com o objectivo de acelerar a realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio» definidos pelas Nações Unidas até 2015.

Como promessa fica também a realização daqui a dois anos, em 2010, de uma segunda Conferência Interministerial.

Água não potável, um saneamento básico quase inexistente, um sobrepovoamento urbano e habitações impróprias, um tratamento de resíduos irregular ou as actuais alterações climatéricas são alguns dos muitos problemas identificados pela OMS em África.


IOL
 
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