Matapitosboss
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Prometidos civis do quadro de mobilidade ainda não chegaram, mas poucos agentes podem ser rendidos.
O Governo não dá números, mas as associações sindicais já as fizeram: na PSP e GNR são 27 mil os agentes em funções operacionais. Apenas 57% dos 47 mil que as compõem. O MAI queria mais, mas há muitos obstáculos no caminho.
A promessa tem mais de um ano e meio: José Sócrates, em Fevereiro de 2007, garantiu que 1800 cargos em funções de suporte na GNR e PSP iriam ser desempenhados por funcionários civis no quadro da mobilidade da administração pública, permitindo a libertação de efectivos para o patrulhamento.
O objectivo era ainda maior: com "as alterações orgânicas das forças, a externalização de funções e os serviços partilhados", o chefe de Governo apontava para a "libertação de 4800 efectivos".
Mas o Executivo tem-se deparado com sérias dificuldades, nomeadamente em tirar homens de tarefas não operacionais, como o próprio ministro admitiu na passada semana: "Ainda não foi possível. Estamos a fazê-lo, mas ainda não o conseguimos completamente". As razões? Primeiro, a relutância da parte dos civis em serem recolocados. Por outro lado, os agentes que poderão vir a ser libertados para funções operacionais são poucos.
Segundo a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP), dois mil agentes, entre os cerca de 21 mil efectivos, estarão destacados para serviços não operacionais. Mas "só 200 a 250 é que reúnem condições para efectuar serviços operacionais", garantiu ao JN Ricardo Santos, da associação. Isto porque a grande parte dos administrativos é constituída por agentes em final de carreira, que nunca efectuaram acções de rua e agentes com graus de incapacidade (ligeira, mas que os inibem de funções operacionais). Na GNR existirão mais efectivos que podem ser transferidos dos serviços administrativos para acções operacionais. Quantos ao certo não se sabe. É que, diz Costa Lima das Relações Públicas, "a GNR está no auge de uma reestruturação interna e é prematuro estar a falar de números enquanto ela não estiver completada".
José Alho, da Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda, estima que "apenas um terço dos 26 mil militares da GNR" esteja em actividade de patrulha". Mas o dirigente salvaguardou que, à semelhança da PSP, nem todos os restantes guardas estarão em condições de sair para a rua, até porque "há serviços de apoio logístico e operacional - as comunicações via rádio, por exemplo - que não podem ser feitos por civis".
A "muito breve prazo" será aberto um um concurso para algumas funções não técnicas da GNR, que permitirá a libertação de militares para o terreno, disse Costa Lima ao JN. Mas até ao momento e segundo José Alho, ainda não entrou qualquer civil do quadro de mobilidade especial naquela força.
Em relação à PSP não há números oficiais. E a falta de agentes na rua já levou o Sindicato Nacional de Polícia entregar uma proposta no MAI: pôr os polícias a fazer horas extraordinárias. "Aguardamos feedback", diz Armando Ferreira.
Fonte Inf.- Jornal de Notícias
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O Governo não dá números, mas as associações sindicais já as fizeram: na PSP e GNR são 27 mil os agentes em funções operacionais. Apenas 57% dos 47 mil que as compõem. O MAI queria mais, mas há muitos obstáculos no caminho.
A promessa tem mais de um ano e meio: José Sócrates, em Fevereiro de 2007, garantiu que 1800 cargos em funções de suporte na GNR e PSP iriam ser desempenhados por funcionários civis no quadro da mobilidade da administração pública, permitindo a libertação de efectivos para o patrulhamento.
O objectivo era ainda maior: com "as alterações orgânicas das forças, a externalização de funções e os serviços partilhados", o chefe de Governo apontava para a "libertação de 4800 efectivos".
Mas o Executivo tem-se deparado com sérias dificuldades, nomeadamente em tirar homens de tarefas não operacionais, como o próprio ministro admitiu na passada semana: "Ainda não foi possível. Estamos a fazê-lo, mas ainda não o conseguimos completamente". As razões? Primeiro, a relutância da parte dos civis em serem recolocados. Por outro lado, os agentes que poderão vir a ser libertados para funções operacionais são poucos.
Segundo a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP), dois mil agentes, entre os cerca de 21 mil efectivos, estarão destacados para serviços não operacionais. Mas "só 200 a 250 é que reúnem condições para efectuar serviços operacionais", garantiu ao JN Ricardo Santos, da associação. Isto porque a grande parte dos administrativos é constituída por agentes em final de carreira, que nunca efectuaram acções de rua e agentes com graus de incapacidade (ligeira, mas que os inibem de funções operacionais). Na GNR existirão mais efectivos que podem ser transferidos dos serviços administrativos para acções operacionais. Quantos ao certo não se sabe. É que, diz Costa Lima das Relações Públicas, "a GNR está no auge de uma reestruturação interna e é prematuro estar a falar de números enquanto ela não estiver completada".
José Alho, da Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda, estima que "apenas um terço dos 26 mil militares da GNR" esteja em actividade de patrulha". Mas o dirigente salvaguardou que, à semelhança da PSP, nem todos os restantes guardas estarão em condições de sair para a rua, até porque "há serviços de apoio logístico e operacional - as comunicações via rádio, por exemplo - que não podem ser feitos por civis".
A "muito breve prazo" será aberto um um concurso para algumas funções não técnicas da GNR, que permitirá a libertação de militares para o terreno, disse Costa Lima ao JN. Mas até ao momento e segundo José Alho, ainda não entrou qualquer civil do quadro de mobilidade especial naquela força.
Em relação à PSP não há números oficiais. E a falta de agentes na rua já levou o Sindicato Nacional de Polícia entregar uma proposta no MAI: pôr os polícias a fazer horas extraordinárias. "Aguardamos feedback", diz Armando Ferreira.
Fonte Inf.- Jornal de Notícias
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