PT e EDP determinam subida da bolsa nacional
O mercado accionista nacional encerrou a primeira sessão da semana em terreno positivo a beneficiar dos ganhos da Portugal Telecom (PT) e da Energias de Portugal. Numa sessão em que os congéneres europeus terminaram sem uma tendência definida, o PSI-20 somou 0,29%, apesar das quedas da Galp Energia e da Cimpor.
O índice de referência da bolsa nacional avançou 0,29% para os 8.625,62 pontos, com sete empresas a negociar em alta, 12 em queda e uma estável. Os principais índices europeus oscilaram entre quedas de 0,40% e ganhos de 0,23%. A penalizar a negociação estiveram os produtores de matérias-primas depois de os preços dos metais terem recuado. Pelo lado positivo destaque para o sector das tecnológicas.
Os mercados norte-americanos estão encerrados, devido ao feriado do dia do Trabalhador.
A PT foi um dos títulos que favoreceu o bom desempenho da bolsa portuguesa ao terminar com um ganho de 2,17% para os 7,295 euros, enquanto o restante sector nacional de telecomunicações fechou em queda. A operadora liderada por Zeinal Bava acompanhou, assim, o sector das telecomunicações europeu, com o índice Dow Jones Stoxx para o sector a ganhar 0,59%. A Zon Multimédia recuou 1,72% para os 5,268 euros e a Sonaecom perdeu 1,79% para os 1,915 euros.
A EDP ganhou 0,86% para os 3,50 euros após ter anunciado que a sua participada no Brasil acordou a venda da operadora de TV Cabo e internet de banda larga, Esc 90 Telecomunicações, por 94,6 milhões de reais (39,4 milhões de euros).
Ainda no sector energético, a EDP Renováveis desceu 0,29% para os 6,95 euros, enquanto a Galp Energia cedeu 1,86% para os 13,475 euros. A REN também perdeu 0,46% para os 3,046 euros.
A Sonae Indústria caiu 0,45% para os 2,638 euros, no dia em que o Millennium Investment Banking (IB) cortou o preço-alvo atribuído à empresa para os 6,10 euros, mantendo a recomendação de “comprar”. O banco apresentou um cenário alternativo em que a avaliação poderia descer para os 3,85 euros.
A Jerónimo Martins foi um dos destaques positivos da sessão ao valorizar 1,99% para os 5,946 euros, a corrigir da queda de 4,89% registada na passada sexta-feira em que foi penalizada pela revisão em baixa do preço-alvo das suas acções pela JPMorgan. A retalhista também beneficiou da subida da avaliação por parte do Deustche Bank que agora atribui ao título um preço-alvo de 6,90 euros e recomenda “comprar”.
A Mota-Engil caiu 0,41% para os 3,625 euros, depois de na semana passada ter apresentado uma queda de 82,5% nos lucros do primeiro semestre. Já as acções da Cimpor encerraram nos 4,204 euros, com uma queda de 1,89%. A cimenteira divulgou também na semana passada os seus resultados dos primeiros seis meses do ano, que os analistas consideraram negativos. O UBS baixou o preço-alvo para 4 euros e recomenda “vender”.
No sector financeiro, o comportamento dos títulos foi distinto. O Banco Comercial Português (BCP) fechou inalterado nos 1,18 euros, o Banco Espírito Santo (BES) subiu 0,27% para os 8,844 euros e o BPI desceu 0,39% para os 2,286 euros.
Em forte queda fechou a Teixeira Duarte que recuou 2,72% para os 1,002 euros, com os investidores a reagirem negativamente aos resultados reportados no final da semana passada. A companhia divulgou prejuízos de 255,9 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, valor que compara com o lucro de 34 milhões de euros alcançado no período homólogo.
Fonte Inf.- Jornal de Negócios
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