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Portalegre: "Vingança" familiar - Filha declara morte do pai

Hdi

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O insólito remonta aos finais do mês de Julho, mas a história só veio ao de cima no mês passado quando um dos netos de António e Maria, nomes fictícios, se dirigiu à Caixa Geral de Depósitos (CGD) para levantar o crédito da pensão do avô. O titular da conta foi informado ao balcão de que o crédesito não foi efectuado, em virtude de ter sido comunicado à Caixa Geral de Aposentações o óbito de António. Uma das filhas do casal de idosos contou ao nosso jornal toda a trama. "Há 15 anos uma das minhas irmãs comprou a casa dos nossos pais. Passados uns anos colocou-os fora de casa, deixou de lhes falar e eles tiveram de arranjar outra habitação. Há cerca de dois anos começou a falar novamente aos nossos pais e fez com que fossem morar para uma casa junto da dela para poder olhar por eles, acabando também por ficar titular da conta. Ao fim de cerca de 10 meses, e visto que ela ficava sempre com o dinheiro, falei com a minha mãe e aconselhei-a a ir ao notário, tirar o nome dela da conta e colocar um dos netos". Assim foi e no mês de Junho, quando a irmã se dirigiu à Caixa para levantar a reforma e o subsídio de férias do pai deparou-se que a mesma já não se encontrava, dado que havia sido levantada pelos actuais titulares da conta. Tudo decorria com normalidade, até que, no mês de Agosto, quando os titulares da conta se dirigiram ao banco para levantar o crédito da pensão constataram que o mesmo não foi feito. "Contactei telefonicamente a Caixa Geral de Aposentações onde fui informada que o referido crédito não foi efectuado em virtude de ter sido comunicado o óbito do meu pai", relatou ao nosso jornal uma das filhas. Frisando que "foi com grande indignação" que recebeu tal informação, porque "o meu pai se encontra vivo", a filha adianta que o óbito foi declarado à Caixa Geral de Aposentações "no dia 20 de Junho, por e-mail. Sabemos que a morte foi declarada pela filha, anterior titular da conta". Apesar de bastante debilitado, António encontra-se vivo. Vítima de um Acidente Vascular Cerebral, o idoso encontra-se, desde o dia 27 de Junho, internado "no quinto piso" do Hospital Doutor José Maria Grande. A filha recorda ainda que "no dia 4 de Agosto recebemos uma carta da Caixa Geral de Aposentações, mas ao lermos não fizemos caso e pensámos que era apenas uma informação caso ele viesse a falecer".

Encetando todos os esforços para resolver a situação, a filha salienta ainda que "agora estamos em dívida para com a Caixa Geral de Aposentações com o ordenado de Junho e o subsídio de férias". Com tal acontecimento, a condição de vida dos idosos agravou-se um pouco, isto porque o casal conta apenas com a reforma de Maria (cerca de 380 euros).Um valor que, de acordo com a filha, "não dá para as despesas de água, luz, gás, alimentação e medicamentos", pois após o pagamento da renda de casa (300 euros), "ficam apenas com 80 euros".

Depois do relato desta história, a filha adiantou ainda ao Fonte Nova que "estamos a ponderar avançar com o caso para tribunal, pois uma filha não pode dar o pai como morto só para se vingar da mãe. Não se brinca com a vida das pessoas assim". Assegura mesmo que "vamos com isto até às últimas consequências".

Jornal Fonte Nova
 
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